Hoje, 30 de Setembro, o querido Ir.'. M.'.I.'. Analdo Meira da Cunha comemora a passagem de mais uma primavera. Que o G.'.A.'.D.'.U.'. continue a guiar seus passos e derrame sobre a sua família uma chuva de bênçãos, é o desejo da Loja São José Nº14 da qual você também faz parte.
domingo, 30 de setembro de 2012
PADRES MAÇONS
Dentre os inúmeros mitos envolvendo a Maçonaria e a Igreja Católica está o fato de padres não poderem ser maçons. Pelo lado maçônico não existe problema algum, desde que o profano, seja ele padre ou não, se encaixe no perfil estabelecido pela Maçonaria. Para desmistificar este fato, disponibilizamos abaixo uma lista(incompleta) de padres maçons:
- Bispo Azeredo Coutinho 33.`. (Escritor português prelado de Pernambuco.)
- Bispo Conde de Irajá 33.`. (Sagrador, coroador e celebrante do casamento de Dom Pedro II.)
- Conego Dr. João Carlos Monteiro 3.`.
- Conego Francisco L. de Brito Medeiros Campos 3.`.
- Conego Ismael de Senna Ribeiro Nery 18.`.
- Frei Antonio do Monte Carmelo 18.`.
- Frei Candido de Santa Isabel Cunha 18.`.
- Frei Carlos das Mercês Michelli 7.`.
- Frei Francisco de Monte Alverne 33.`. (Maior pregador do século XIX.)
- Frei Francisco de Santa Thereza Sampaio 7.`. (Grande polemista)
- Frei Francisco de São Carlos 33.`.
- Frei Joaquim do Amor Divino Caneca 7.`.
- Frei Norberto da Purificação Paiva 33.`.
- Monsenhor Pinto de Campos .`. (Escritor pernambucano.)
- Padre Albino de Carvalho Lessa 3.`.
- Padre Antonio Alvares Guedes Vaz 18.`.
- Padre Antonio Arêas 3.`.
- Padre Antonio da Immaculada Conceição 3.`.
- Padre Antonio João Lessa 7.`.
- Padre Auliciano Pereira de Lyra 33.`.
- Padre Bartholomeu da Rocha Fagundes 30.`.
- Padre Candido Ferreira da Cunha 33.`. ( 1º Presidente da Constituinte do Brasil.)
- Padre Diogo Feijó 33.`. ( Regente do Brasil, na menoridade de D. Pedro II.)
- Padre Ernesto Ferreira da Cunha 17.`.
- Padre Francisco João de Arruda 3.`.
- Padre Francisco José de Azevedo 18.`. (Inventor da primeira maquina de escrever.)
- Padre Francisco Marcondes do Amaral 3.`.
- Padre Francisco Peixoto Levante 15.`.
- Padre Guilherme Cypriano Ribeiro 3.`.
- Padre Januário da Cunha Barbosa 7.`. ( Orador sacro, fundador do Instituto Histórico Brasileiro. )
- Padre João da Costa Pereira 3.`.
- Padre João José Rodrigues de Carvalho Celeste 7.`.
- Padre Joaquim Ferreira da Cruz Belmonte 33.`.
- Padre José Capistrano de Mendonça 30.`.
- Padre José da Silva Figueiredo Caramurú 32.`.
- Padre José Luiz Gomes de Menezes 33.`.
- Padre José Roberto da Silva 3.`.
- Padre José Sebastião Moreira Maia 3.`.
- Padre Lourenço de Albuquerque Loyola 3.´.
- Padre Manoel Cavalcante de Assis Bezerra de Menezes 3.´.
- Padre Manoel Telles Ferreira Pita 7.´.
- Padre Paulo de Maia 3.´.
- Padre Thomaz dos Santos Mariano Marques 3.´.
- Padre Torquato Antonio de Souza 3.´.
- Padre Vicente Ferreira Alves do Rosário 33.´.
- Vigário Eutychio Pereira da Costa 33.´. ( Deleg. do Grão Mestre no Pará em 1.877 - Bol G.O.B. 1.918 pág. 1.123.)
- (Garantimos a autenticidade dos presentes nomes, pois se acham registrados na Grande Secretaria Geral da Ordem no Rio de Janeiro - Do Popular ( Victoria, de 16 de Maio de 1.908.)
- Padre Vicente Gaudinieri ( Iniciado na Loja Modestia nº 0214, em Morretes, transferido para Palmeira-PR, onde, por coincidência em 1º/02/1.898 foi fundada a Loja Conceição Palmeirense, a qual mais tarde, mudou o nome para Loja Moria. Participou como fundador da Loja Luz Invisível, está registrado no Livro de Obreiros nº 1, na página nº 23.)
- Padre Guilherme Dias ( A Loja Luz Invisível nº 33 - Curitiba, possue correspondência deste irmão, quando passou a residir na cidade de Ponta Grossa.)
- Bispo Claudio, nome de batismo: Claudemir Pereira do Nascimento ( Dom Claudio de Deus ) - Iiniciado em 15/05/1975, na ARLS BEITH-EL nº 1.788, subordinada ao Gr.·. Or.·. SP, posteriormente por solicitação do Grão Mestre, filiou-se na ARLS RETIDAO E PRUDENCIA nº 2.143, onde ocupou diversos cargos, inclusive o de V.·.M.·.. Em 1996, recebeu o Grau 33. Foi condecorado com o título de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, o qual recebeu em Barcelona, Espanha através do Grande Prior de Portugal. - Continua ativo na ARLS JEAN BAPTISTE WILLERMOZ 626, juridicionada a GLSP, onde, tambem exerceu o cargo de V.·.M.·.. Filiado à ARLS VALE DO NILO n° 23 - em Japeri, Estado do Rio de Janeiro, sob auspícios da GLMERJ em 15 de dezembro de 2.010. Membro ativo do Corpo Filosófico OLIDIO SAMPAIO COELHO, em Japeri, RJ.
Pesquisa realizada por Hiran Luiz Zoccoli.
sábado, 29 de setembro de 2012
A "SANTA" INQUISIÇÃO
"Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres" Albert Einstein
Inquisição
A Inquisição foi
criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana.
Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma
ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos
eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas
que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira,
onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.
Conceito de Heresia
Em fins do século XVIII, a Igreja
Católica sentiu-se ameaçada por uma série de críticas feitas aos dogmas sobre
os quais se apoiava a Doutrina Cristã. Essas críticas e dúvidas sobre a verdade
absoluta da mensagem da Igreja aumentaram, e os indivíduos que partilhavam
dessas idéias contestadoras da doutrina oficial do catolicismo eram chamados de
hereges.
A palavra heresia origina da palavra grega "hairesis" e do latim
haeresis e significa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja
Católica em matéria de fé. No que diz respeito propriamente ao conceito de
heresia, foi aceita a definição do teólogo medievalista M. D. Chenu, de que
herege é "o que escolheu'' , o que isolou de uma verdade global uma
verdade parcial, e em seguida se obstinou na escolha.
A Inquisição
Medieval
Inquisição medieval foi produto de
uma longa evolução durante a qual a Igreja e o Papado sentiam-se ameaçados em
seu poder. Mas para que a caça aos hereges surtisse efeito era necessário o
apoio do Estado, dos soberanos temporais, o que mostra a implicação política
dessas perseguições, principalmente numa época em que a Igreja e o Estado
estavam unidos.
Apesar do controle da Igreja, não foi possível conter a difusão das heresias,
principalmente dos cátaros ou albigenses, contestadores dos dogmas a Igreja e
que no sul da França constituíram-se numa espécie de Igreja contra a Igreja de
Roma.
Domingos de Gusmão, criador da Ordem dos Dominicanos organizou em 1219 uma
confraria chamada "milícia de Jesus Cristo". Os membros da milícia de
São Domingos foram os primeiros a utilizar e aplicar técnicas de crueldade e
violência, que foram copiadas nos séculos XVI, XVII e XVIII pela Inquisição
moderna.
Através da ideologia do catolicismo, a Igreja oferecia aos seus fiéis, na Idade
Média como hoje, uma mensagem de salvação, de vida eterna, que poderia ser
alcançada através da crença em Jesus Cristo. O ideal da Igreja era manter a
unidade da doutrina, que nesse tempo ainda se encontrava fraca para manter as
dissidências. O problema do bem e do mal, da natureza humana e da Igreja, sobre
a própria conduta da vida e sobre o fim do homem.
Em 12 de maio de 1314 dá-se o primeiro auto-de-fé e seis indivíduos acusados de
heresia foram queimados. Já em Valência houve um auto que se tornou célebre,
pois foram queimados vinte e cinco pessoas que não quiseram arrepender-se,
abjurar-se de suas crenças e confessar que a Igreja estava certa. A medida que
as heresias alastravam-se, o herege passou a ser visto como uma perigosa ameaça
e como um traidor de Deus. Então percebe-se que a Igreja Católica
funcionava como uma espécie de "empresa", com uma determinada ordem e
hierarquia, estabelecendo sua organização, suas leis, suas regras punitivas e
suas promessas de gratificação. Já os infratores das regras eram punidos com: a
excomunhão, o confisco de todos os seus bens, o exílio, a prisão perpétua, os
açoites e até a sua morte na fogueira.
Como no século XVIII a Espanha não estava unida politicamente, com isso a
Inquisição medieval atuou apenas em alguns bispados, sem penetrar no Reino de
Castela até o final do século XV. Com a união das coroas o rei e a rainha da
Espanha se aproveitaram desta força para perseguirem os nobres e principalmente
os judeus. No primeiro caso, eles reduziram o poder da nobreza, já no segundo,
eles se aproveitaram deste poder para torturar e matar os judeus, tomando-lhes
seus bens.
Origens
da Inquisição na Espanha Moderna
Foi na Espanha e Portugal, durante a
época moderna, ou seja nos séculos XVI, XVII e XVIII, que a Inquisição alcançou
seu apogeu. Durante a Idade Média os mais tolerantes da Europa, países onde
haviam coexistido durante séculos grupos étnicos e religiosos diferentes. Um
fenômeno básico levou ao estabelecimento do Tribunal da Inquisição: a
existência, no território ibérico, de três grandes comunidades, a cristã, a
muçulmana e a judia.
Os judeus habitavam em bairros que eram chamados em Portugal de
"judarias", e na Espanha de "aljamas," e que ficavam
situados nas mais belas áreas das cidades, diferentes dos insulabres e sórdidos
''guetos''. A guerra de ''Reconquista'', na qual os cristãos lutaram durante
séculos para expulsar os árabes, chamados de ''infiéis'', que ocupavam desde o
ano de 711 vastas regiões da Península Ibérica, nunca teve o mesmo caráter que
as Cruzadas.
Com a centralização do poder, no
final do século XV, os judeus, apesar de, numerosos e influentes, nunca tiveram
o domínio político sobre a Espanha, como os mouros, e viviam no território
hispânico muito tempo antes destes. Suas origens remontavam ao período antes de
Cristo e existem na Espanha lápides mortuárias com inscrições em hebraico
datadas do século III d.C. A maneira diferente como judeus e árabes
trajavam-se, suas leis dieléticas, suas ocupações sócio-profissionais
específicas, seus costumes nunca foram considerados ou mencionados como
delitos, nem as diferenças culturais vistas com desconfiança. Os judeus
freqüentavam as festas religiosas e os batismos dos seus cristãos, e estes eram
convidados para as cerimônias das crianças judias. Já os cristãos convidavam
judeus para entoarem suas ladainhas durante o sepultamento de seus familiares,
e os casamentos mistos também não eram raros.
O IV Concílio de Latrão, reunido em 1215, determinou que todos os judeus
usassem obrigatoriamente um distintivo, para que não fossem confundidos com os
cristãos. Nem em Portugal, nem na Espanha esta ordem foi cumprida. A liberdade
e tolerância que desfrutaram durante tão longo período sob a bandeira árabe
permitiu o desenvolvimento amplo de suas potencialidades, e os judeus alcançaram
posições de grande prestígio, tanto na área política como na
econômico-financeira. Seu estilo de vida comparava-se ao das classes
aristocráticas.
O avanço dos conhecimentos de arte náutica, a expansão marítima e o
desenvolvimento do comércio foram fatores que, levaram ao amadurecimento de uma
classe média, ansiosa de participar nos lucros e de ascender socialmente. O
confronto desta burguesia cristã com a já sedimentada e tradicional burguesia
judaica foi explorado pelas facções do poder, principalmente a Igreja, que
procurava liderar uma intensiva propaganda antijudaica, responsabilizando os
judeus por todos os males que afligiam a nação. No decorrer do século XIV,
gradativamente, aumentaram os pedidos de restrições as atividades aos judeus.
Para escaparem da morte os judeus procuravam voluntariamente o batismo.
A partir disso, dá-se início a uma política racista que procurava
justificativas acusando todos os conversos de serem falsos cristãos, mas que na
verdade nasceu do conflito entre a burguesia cristã-velha e a burguesia
cristã-nova.
Essa política disseminou contra as conversões, dando origem aos "estatutos
de pureza de sangue", segundo o qual nenhum descendente de judeu e mouro,
até a sexta ou sétima geração, podia pertencer as corporações profissionais,
cursar nas universidades, ingressar nas ordens religiosas ou militares ou
ocupar qualquer posto oficial. O fato de terem sido as corporações
profissionais as primeiras instituições a adotar os estatutos de pureza de
sangue, e não a Igreja, mostra claramente que se tratava de um problema social,
mesmo que tivesse envolvimento religioso.
O Tribunal da Inquisição na Espanha foi criado com o objetivo extirpar a
heresia judaica e eliminar os conversos suspeitos de a praticarem, acusados de
estarem contagiando a sociedade espanhola. O Tribunal da Inquisição espalhou-se
por todas as cidades da Espanha dentre elas podemos citar Granada, Castela,
Aragão, Sevilha, Catalunha e Valência. Tudo isso foi feito pela ordem do
inquisidor geral Tomás de Torquemada, chefe do mosteiro dominicano de Santa
Cruz em Segóvia.
Santo
Ofício da Inquisição em Portugal
O sucessor de Dom Manuel no trono,
Dom João III, influenciado pela Espanha e sob a alegação de que os judeus
batizados a força e seus descendentes não eram cristãos verdadeiros, solicita
ao papa autorização para instalar em Portugal um tribunal que funcionasse nos
moldes do espanhol.
Os portugueses de origem judaica perseguidos pela Inquisição espalharam-se
pelos quatro cantos do mundo, levando seus costumes, religião, língua,
alimentação, folclore, literatura, que preservaram durante séculos.
No que diz respeito a Inquisição portuguesa, sua implantação
política também se revelou bem clara desde o seu estabelecimento. Quando o
tribunal da Inquisição portuguesa entrou em funcionamento regular, as forças
políticas e espirituais da nação estavam unidas: rei e inquisidor eram a mesma
pessoa.
Métodos
de Ação do Tribunal
O
Tribunal da Inquisição orientava-se, como já dissemos, por um Regimento
Interno, onde estavam sistematizados as leis, jurisprudência, ordens e prazos a
serem seguidos.
Os crimes julgados pelo Tribunal eram de duas natureza: contra a fé, como judaísmo, protestantismo, luteranismo, deísmo, libertinismo, molinismo, maometismo, blasfêmias, desacatos, críticas aos dogmas; e contra a moral e os costumes, como bigamia, sodomia, feitiçaria etc, com toda sua série de modalidades, e que se misturavam com o campo religioso.
Os crimes contra a fé eram considerados mais graves do que os crimes contra os costumes e a moral, e as suas penas eram muito mais severas. Os réus acusados de crime contra a fé tinham quase sempre seus bens confiscados , enquanto os infratores dos costumes recebiam sentenças leves e raramente pena de morte.
A base sob a qual se apoiava a Inquisição era a denúncia. Aceitavam-se denúncias de qualquer categoria de pessoas e mesmo cartas anônimas. O crédito das testemunhas dependia exclusivamente do arbítrio dos inquisidores. "Ouvir dizer" e "suposições" também eram considerados provas.
Quando um indivíduo era denunciado, um funcionário da Inquisição ia a sua casa, acompanhado pelo juiz do fisco, que seqüestrava tudo que o suspeito possuía, antes mesmo de ter provas de ter provas de sua culpa. Depois de prendê-lo, passava ferros e trancas nas portas da casa e ninguém mais podia entrar a não ser os funcionários da Inquisição. A família ficava na rua, sem abrigo, as crianças à mercê da caridade dos vizinhos, esperando que alguém as socorresse. Muitas vezes os filhos jamais reviam seus pais e famílias ficavam para sempre separadas, como aconteceu tantas vezes com os presos no Brasil. Outras vezes, a Inquisição mandava que se arrasasse a casa em que haviam morado o herege e sua família, para que não ficasse dele um sinal sobre a terra. Os descendentes de um penitenciado pela Inquisição eram considerados infames por várias gerações e impedidos de qualquer participação na sociedade.
Um suspeito podia ser preso a qualquer momento, sem saber o que se queria dele. Nunca ficava conhecendo o nome de quem o acusou, nem lhe era comunicado o motivo da prisão, nem o lugar em que havia cometido o crime de que era acusado, nem com que havia pecado. Com o tempo a Inquisição introduziu uma farsa, um advogado de defesa, mas este não podia examinar o processo, era escolhido pelos Inquisidores, sendo um funcionário do Tribunal.
Todo réu, para salvar-se, tinha de confessar-se culpado, e acusar as pessoas de sua intimidade: pais, irmãos, parentes, amigos. Se não denunciasse a família era considerado diminuto, isto é, estava escondendo culpados. Caso não mencionasse todos os nomes, a confissão era considerada incompleta. Nesse caso, mandavam-no para a câmara de tortura. Confuso, no desespero de querer salvar-se, o réu prometia denunciar mais, e acusava todas as pessoas que conhecia: amigos de infância, pais, filhos, irmãos, parentes etc.
A pena de morte pela fogueira recebiam os réus que recusavam confessar-se culpados. Eram chamados contumazes, pois, negando, continuavam persistindo no crime. E também os relapsos, que, já tendo sido condenados, tornavam a pecar. Se no último momento, antes de se aplicar a pena de morte, o réu se dizia arrependido, e pedia para morrer na Lei de Cristo, era primeiramente estrangulado e depois atirado na fogueira. Se, porém, persistia em dizer que queria morrer na lei de Moisés, era queimado vivo. Os que fugiam eram queimado "em efígie", isto é, simbolicamente.
A flagelação era um castigo dos mais comuns. O indivíduo era açoitado através das ruas da cidade, despido até a cintura, muitas vezes montado num burro, enquanto as pessoas lhe atiravam pedras e detritos.
Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem idéias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi do astrônomo italiano Galileu Galilei, que escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno que foi julgado e condenado a morte pelo tribunal.
As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
Os crimes julgados pelo Tribunal eram de duas natureza: contra a fé, como judaísmo, protestantismo, luteranismo, deísmo, libertinismo, molinismo, maometismo, blasfêmias, desacatos, críticas aos dogmas; e contra a moral e os costumes, como bigamia, sodomia, feitiçaria etc, com toda sua série de modalidades, e que se misturavam com o campo religioso.
Os crimes contra a fé eram considerados mais graves do que os crimes contra os costumes e a moral, e as suas penas eram muito mais severas. Os réus acusados de crime contra a fé tinham quase sempre seus bens confiscados , enquanto os infratores dos costumes recebiam sentenças leves e raramente pena de morte.
A base sob a qual se apoiava a Inquisição era a denúncia. Aceitavam-se denúncias de qualquer categoria de pessoas e mesmo cartas anônimas. O crédito das testemunhas dependia exclusivamente do arbítrio dos inquisidores. "Ouvir dizer" e "suposições" também eram considerados provas.
Quando um indivíduo era denunciado, um funcionário da Inquisição ia a sua casa, acompanhado pelo juiz do fisco, que seqüestrava tudo que o suspeito possuía, antes mesmo de ter provas de ter provas de sua culpa. Depois de prendê-lo, passava ferros e trancas nas portas da casa e ninguém mais podia entrar a não ser os funcionários da Inquisição. A família ficava na rua, sem abrigo, as crianças à mercê da caridade dos vizinhos, esperando que alguém as socorresse. Muitas vezes os filhos jamais reviam seus pais e famílias ficavam para sempre separadas, como aconteceu tantas vezes com os presos no Brasil. Outras vezes, a Inquisição mandava que se arrasasse a casa em que haviam morado o herege e sua família, para que não ficasse dele um sinal sobre a terra. Os descendentes de um penitenciado pela Inquisição eram considerados infames por várias gerações e impedidos de qualquer participação na sociedade.
Um suspeito podia ser preso a qualquer momento, sem saber o que se queria dele. Nunca ficava conhecendo o nome de quem o acusou, nem lhe era comunicado o motivo da prisão, nem o lugar em que havia cometido o crime de que era acusado, nem com que havia pecado. Com o tempo a Inquisição introduziu uma farsa, um advogado de defesa, mas este não podia examinar o processo, era escolhido pelos Inquisidores, sendo um funcionário do Tribunal.
Todo réu, para salvar-se, tinha de confessar-se culpado, e acusar as pessoas de sua intimidade: pais, irmãos, parentes, amigos. Se não denunciasse a família era considerado diminuto, isto é, estava escondendo culpados. Caso não mencionasse todos os nomes, a confissão era considerada incompleta. Nesse caso, mandavam-no para a câmara de tortura. Confuso, no desespero de querer salvar-se, o réu prometia denunciar mais, e acusava todas as pessoas que conhecia: amigos de infância, pais, filhos, irmãos, parentes etc.
A pena de morte pela fogueira recebiam os réus que recusavam confessar-se culpados. Eram chamados contumazes, pois, negando, continuavam persistindo no crime. E também os relapsos, que, já tendo sido condenados, tornavam a pecar. Se no último momento, antes de se aplicar a pena de morte, o réu se dizia arrependido, e pedia para morrer na Lei de Cristo, era primeiramente estrangulado e depois atirado na fogueira. Se, porém, persistia em dizer que queria morrer na lei de Moisés, era queimado vivo. Os que fugiam eram queimado "em efígie", isto é, simbolicamente.
A flagelação era um castigo dos mais comuns. O indivíduo era açoitado através das ruas da cidade, despido até a cintura, muitas vezes montado num burro, enquanto as pessoas lhe atiravam pedras e detritos.
Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem idéias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi do astrônomo italiano Galileu Galilei, que escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno que foi julgado e condenado a morte pelo tribunal.
As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
Os Autos de Fé
Durante
o auto-de-fé, os réus ouviam suas sentenças. Os condenados a morrer na
fogueira, depois da cerimônia eram transportados para o lugar onde se erguia o
queimadeiro.
O auto-de-fé começava com a procissão seguida de uma missa. O sermão tinha uma importância toda especial, e o pregador era sempre escolhido entre os mais distinguidos membros do clero.
Desde o estabelecimento do tribunal da Espanha em 1480, até 1808, foram queimados 31.912 hereges (em efígie 17.659). Foram penitenciadas 291.450 pessoas, num total de 341.021. De 1780 até 1820 houve cerca de 5.000 processados.
Todos esses dados são aproximados e com o avanço das pesquisas devem ser renovados.
O auto-de-fé começava com a procissão seguida de uma missa. O sermão tinha uma importância toda especial, e o pregador era sempre escolhido entre os mais distinguidos membros do clero.
Desde o estabelecimento do tribunal da Espanha em 1480, até 1808, foram queimados 31.912 hereges (em efígie 17.659). Foram penitenciadas 291.450 pessoas, num total de 341.021. De 1780 até 1820 houve cerca de 5.000 processados.
Todos esses dados são aproximados e com o avanço das pesquisas devem ser renovados.
A
Inquisição no Brasil
A Inquisição interferiu profundamente
na vida colonial durante mais de dois séculos, atingiu as regiões mais
distantes e perseguiu portugueses residentes no Brasil e brasileiros
natos, e as leis racistas estão textualmente registradas na legislação
portuguesas.
Inicialmente o trabalho árduo, com poucas recompensas imediatas, o perigo das
viagens, a hostilidade dos índios, as doenças foram fatores que não estimularam
a vinda de portugueses. Dom Manuel não sabendo o que fazer com o Brasil,
arrendou-o a um grupo de mercadores cristãos-novos, que foram os primeiros a
explorar o país economicamente.
O regimento trazido por Tomé de Souza era bastante maleável e a vida familiar
na colônia decorria sem interferência das autoridades nos comportamentos nem nos
credos religiosos. Temos notícias de cristãos-novos que praticavam livremente o
judaísmo em São Vicente na Primeira metade do século XVI.
Quando Felipe segundo da Espanha incluiu Portugal entre seus domínios, em 1550,
reforçou por razões políticas o tribunal da Inquisição, e a perseguição às
heresias também se intensificou. As denúncias sobre as infrações religiosas na
colônia chegavam ininterruptamente aos ouvidos dos inquisidores, assim como as
notícias sobre a riqueza dos colonos. Agentes inquisitoriais foram enviados
para o Brasil, visitadores, comissários e familiares, para investigar, prender
os suspeitos de heresias. Perante o visitador são apresentadas as mais variadas
heresias, feitiçarias, bruxarias, sodomia, bigamia, blasfêmias, desacatos, e os
crimes de religião: judaísmo, luteranismo.
O auge de perseguições inquisitoriais no Brasil deu-se na primeira metade do
século XVIII, quando a produção do ouro, dominava a economia colonial.
Na Paraíba, por exemplo, havia uma importante comunidade cristo-judia,
constituída principalmente de haviadores de cana. Entre 1729 e 1736 a
Inquisição prendeu 48 pessoas, que foram processadas em Lisboa, sendo uma das
mulheres, Guiomar Nunes, queimada.
Considerações
Finais
Por tudo que foi visto, podemos
verificar as maldades feitas pela Inquisição. Como exemplo dessas maldades
podemos citar as caças aos hereges (principalmente judeus, árabes, muçulmanos,
negros), não podia ter outra religião que não fosse o catolicismo, eram presos,
torturados, flagelados e principalmente queimados vivos em praça. Mas, a pior
dor deixada pela Inquisição foi o empobrecimento cultural e econômico, que
foram absorvidas por Portugal e Espanha, pois não puderam praticar estudos
sobre física, biologia, medicina, agricultura, matemática. Já economicamente a
burguesia, estava muito bem, por causa do desenvolvimento do capitalismo
comercial que crescia cheio de dinamismo e criatividade, foi castrada pela
Inquisição e pelo Estado. Consequentemente, isso também afetou o Brasil, pois
naquele tempo o mesmo era colônia de Portugal e seguia todas as normas
estabelecidas pela Inquisição.
A Inquisição durante muitos séculos conseguiu manter com a união da política e
da religião, através de meios burocráticos o poder sobre as pessoas para não o
livre arbítrio do pensamento na forma de estudos, críticas, descobertas,
questionamento e religião.
Trabalho
livre de autoria do Ir.'. Carlos Roberto V. Ferreira
A.'.M.'.
membro da ARLS Horus n° 459
Colaboração do Ir.'. Mário Paiva
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
AS RELIGIÕES E A MAÇONARIA
"A
devoção não está no joelho que se dobra, mas no coração, que não se vê
dobrar"
(Matias Aires)
Desde a antiguidade, por religião entende-se
a relação do homem para com Deus ou com o divino. A religião assenta na
diferença essencial que existe entre o homem e o animal, pois os animais não
têm nenhuma religião. A diferença entre o homem e o animal consiste na
consciência, na qual o homem tem por objeto de sua reflexão sua própria
essência, sua própria espécie. Esta consciência pode converter em objeto outra
realidade, outras coisas, de modo especial, seu próprio ser. Sinal disso é o
pensamento, a linguagem e o amor humanos. Essa diferença entre o homem e o
animal não só fundamenta a religião, mas também seu próprio ser infinito. Nisso
está sua verdade.
Por outro lado, a falsidade da
religião está em o homem tornar independente de si mesmo ou seu próprio ser
infinito, separando-o e apondo-o como diferente de si produzindo a bipolaridade
Deus e Homem.
O medo do desconhecido e a
necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levaram o homem a fundar
diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos - muitas vezes centrados na
figura de um ente supremo - que o ajuda a compreender o significado último de
sua própria natureza.
O ser humano é uma criatura
instintivamente religiosa.
Deus é o nosso mais forte arquétipo.
As religiões com seus princípios e orientações para a busca do superior, do
divino, de Deus e de suas leis, auxiliam extraordinariamente o campo íntimo das
criaturas que as aceitam. Mas será sempre necessário praticar e exemplificar
os ensinos edificantes e não somente frequentar os templos e executar as
cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
A primeira missão das religiões é
provar que existe um Deus que nos criou e que, se o nosso corpo físico é
perecível, a nossa alma é eterna. Provar também que Deus, pela sua imensidade,
está em tudo que existe. E sobre o respeito que devemos ter por Deus e a
reverência que a Ele devemos consagrar. As religiões foram sempre um conjunto
de práticas pelas quais os homens simples procuram alcançar a amizade de Deus,
os bens supremos da saúde, da força, da paz, da riqueza. Há a que se aplica
especialmente em purificar a idéia de Deus e em afirmar a indestrutibilidade do
espírito humano; outra em mostrar a existência de uma Ordem Universal
realizando-se por Leis; outra ainda, em exaltar o sentimento do dever ou amor
ao próximo e a compaixão por todas as criaturas.
Os valores religiosos verdadeiros,
quando não deturpados em sua essência, constituem-se em poderosos incentivos
para o crescimento e iluminação das almas, por sugerir-lhes, através da fé e da
esperança, melhores condições no pensamento e nas ações.
A Maçonaria proclama, desde a sua
origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas as
religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo.
Em si própria a Maçonaria não é uma
religião. Mas por isso mesmo que se abre a todos os homens, sem distinção de
crenças religiosas. Coloca-se imparcial entre todas as crenças religiosas e
teorias filosóficas, e acima de todas as suas controvérsias, para fazer da
liberdade de pensamento o seu fundamento. Tem o direito de enaltecer o que
cada Religião produziu de melhor.
O pensamento essencial de nossa
liturgia é utilizar todas essas criações do passado, ou pelos menos, uma parte
de suas lendas, de seus símbolos, de suas cerimônias, para delas tirar os
elementos de um sistema destinado a pôr em evidência as qualidades e as
virtudes mais necessárias ao homem: a prática da solidariedade, a justificação
da tolerância, a apologia do dever e do trabalho, o recurso incessante às luzes
da razão e da consciência, a fé na liberdade e no progresso, a convicção de
que, antes de tudo, convém caminhar de acordo com o poder que guia o mundo pela
harmonia e para a retidão.
A Maçonaria deixa livre a cada um dos
seus membros adotar e seguir a religião de sua eleição, sem que os outros nada
tenham a censurar-lhes.
O maçom deve ser fiel e serviçal
entre todos os homens. Sejam eles cristãos, budistas, muçulmanos, judeus,
espíritas ou livres pensadores.
Àquele que é conduzido entre as
colunas de seus templos, a maçonaria diz: "Aqui ninguém te interpelará pela
tua crença, nem te injuriará".
Nossa Instituição coloca, em primeiro
plano, a prática da tolerância ou da solidariedade, visando mais particularmente
ou a glorificação do trabalho ou o culto da vontade ou da Justiça. O iniciado
pode assim contemplar alternativamente diversas fases do ideal a que aspira,
aprendendo aos poucos, que deve procurar mais longe, e mais alto ainda, a
plenitude da vida superior que deseja atingir subindo a escala das Iniciações
Maçônicas.
Diz-se que a Maçonaria não deve
pronunciar-se entre as filosofias, nem entre as Religiões. É exato. Entretanto,
ela não pode se desinteressar das conclusões gerais que comportam o movimento do
espírito. Ficando inteiramente alheia às disputas das Escolas e das Seitas.
Deve, se quiser, exercer influência moral sobre seus adeptos, orientá-los no
domínio do intelectual para um fim conforme as necessidades e as aspirações de
seu tempo.
A Maçonaria, sempre ávida pela
verdade, sempre pronta a aceitar as mais ousadas descobertas das ciências, não
impondo limite ao livre exame, ela fica, na esfera do dever, profundamente
idealista e soberanamente intransigente. Nisso reside a doutrina de que se pode
prevalecer, sem faltar a seus princípios de tolerância e de universalidade.
Enquanto muitos se apegam ao que
julgam ser a verdade conquistada, o Maçom persiste em prosseguir certo de que
ela existe em alguma parte e que está prestes a ser acolhida de onde quer que
venha.
A Maçonaria tem seus objetivos em
comum com a religião porque o objetivo de ambas é a verdade, no sentido mais
alto da palavra, isto é, enquanto Deus, e somente Deus, é a verdade.
A verdade é o todo, é o absoluto, e este é Deus. Como todo, só é pensável e atingível pela mente humana.
A Maçonaria não é adversária da
religião, mas antes, é a sua melhor cooperadora. Porém, condena o fanatismo, a
obsessão religiosa. Não tolera a hipocrisia.
Resumindo, o principal dever do maçom em matéria de religião é o da prática da tolerância absoluta
em relação às crenças alheias, no
elevado intuito de, a despeito dos seus antagonismos, aproximar todos os homens
de boa vontade, sob a bandeira da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.
Colaboração do Ir.'. Mário Paiva
A.'.R.'.L.'.S.'. São José Nº14
CARTA DE DAN BROWN À MAÇONARIA AMERICANA
Aos Convidados da Jurisdição Sul.
É uma grande honra para mim ser convidado a saudá-los mediante esta carta. Esperava poder estar com vocês esta noite pessoalmente, porém o lançamento do meu livro “O símbolo perdido” me manteve longe de Washington.
Nas últimas semanas, como poderiam imaginar, me perguntaram várias vezes o que me atraiu tanto dos maçons como para fazer deles o ponto central do meu novo livro. Minha resposta é sempre a mesma: “Em um mundo onde os homens batalham a propósito de qual definição de Deus é a mais acertada, não acho palavras para expressar adequadamente o profundo respeito e admiração que sinto por uma organização na qual homens de crenças diferentes são capazes de “partilhar o pão juntos” num laço de fraternidade, amizade e camaradagem."
Por favor, aceitem meus humildes agradecimentos pelo nobre exemplo que constituem para a Humanidade. É o meu sincero desejo de que a comunidade maçônica reconheça “O Símbolo Perdido” como o que na realidade é: um intento honrado de explorar reverentemente a história e a beleza da Filosofia Maçônica.
Sinceramente,
Dan Brown
Colaboração do Ir.'.Mário Paiva
A.'.R.'.L.'.S.'. São José Nº14
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
DIAS OBRIGATÓRIOS DA ORDEM DEMOLAY
Quando somos perguntados sobre qual a razão da existência da Ordem DeMolay sempre usamos como resposta os temas recorrentes: filantropia, aprendizado, liderança, patriotismo, cidadania, entre outros.
Mas como isso é colocado em prática?
Cada Capítulo DeMolay, juntamente com o Conselho Consultivo, tem suas formas particulares de agir, mas são norteados pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay, que é uma obediência nacional e tem em seu regulamento, entre as observâncias obrigatórias, o cumprimento às seguintes datas:
- Dia de Devoção. O domingo mais próximo de 18 de março. No dia de Devoção é dever dos membros de cada Capítulo DeMolay frequentar alguma igreja em grupo, na qual tenha sido preparada alguma cerimônia especial.
- Dia do Patriota. Um dia conveniente para o capítulo no mês de setembro. Nesse dia o Capítulo organizará uma reunião especial na qual os grandes acontecimentos patrióticos do país serão lembrados, de modo que a grande luz do patriotismo jamais se ofusque em nossa cidadania.
- Dia educacional. Um dia conveniente no mês de outubro. É dever da cada Capítulo organizar uma programação nesse mês para enaltecer o valor da educação e da escola pública, principal baluarte da liberdade.
- Dia DeMolay de Conforto. Próximo à época do Natal, é aconselhável a cada membro visitar os doentes ou idosos.
- Dia dos Pais e das Mães. Cerimônias públicas em homenagem a ambos.
- Dia do Meu Governo. Em dia conveniente de novembro deve-se organizar um programa de observância que exalte o governo do País.
- Dia em memória a Frank S. Land. No dia 08 de novembro deve-se organizar um programa em Honra ao fundador da Ordem e angariar fundos para a caridade Maçônica.
- Dia em Memória a Jacques DeMolay. 18 de março é o dia em honra da memória do Herói Mártir que dá o nome à nossa Ordem, sendo, a meu ver, a data mais importante do calendário DeMolay.
Edison Teixeira
Chanc.'.
A.'.R.'.L.'.S.'.São José Nº14
terça-feira, 25 de setembro de 2012
SÃO JOSÉ DE ANTIGAMENTE
Vista panorâmica do Centro de São José de Mipibu na primeira metade do século passado.
Muitas dessas construções ainda podem ser vistas atualmente em nossa cidade. Notem que o quarteirão onde situa-se o antigo cinema está praticamente intacto.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
"OS ESSÊNIOS"
Eram originários do Egito, e durante a dominação do
Império Selêucida, em 170 A.C., formaram um pequeno grupo de judeus, que
abandonou as cidades e rumou para o deserto, passando a viver às margens do Mar
Morto, e cujas colônias estendiam-se até o vale do Nilo.
Os essênios pertenciam a uma das cinco seitas judaicas da época, a saber:
Os Fariseus – Flexíveis na interpretação das escrituras, valorizavam a erudição,
questionavam a tradição e adaptavam as leis ás circunstâncias. Acreditavam na
alma imortal e na ressurreição, mas não eram messiânicos.
Os Saduceus – Aristocráticos estavam sempre ao lado de quem detinha o poder.
Dominavam os serviços religiosos no Templo em Jerusalém, e interpretavam
literalmente as leis. Negavam a imortalidade da alma e a ressurreição.
Os Sicários – “Homens com punhal” partilhavam das mesmas crenças dos fariseus, mas
viam a guerrilha contra Roma como um preparo de ações maiores a serem
realizadas na chegada do Reino de Deus.
Os Zelotas – De origem sacerdotal pregavam a expulsão dos romanos e a morte dos
judeus que colaboravam com o invasor, chegando a matar os que se casavam com
mulheres pagãs. Desencadearam a revolta contra os romanos que levou à Guerra
Judaica( 66-70d.C.) Entre os seguidores de Jesus, Pedro, Judas e seu irmão
Thiago teriam sido zelotas.
No meio da corrupção que imperava na época, os essênios conservavam a
tradição dos profetas e o segredo da Pura Doutrina. De costumes irrepreensíveis,
moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao estudo
espiritualista, à contemplação e à caridade, longe do materialismo avassalador.
Segundo alguns estudiosos, foi nesse meio onde passou Jesus, no período que
corresponde entre seus 13 e 30 anos.
Os essênios suportavam com admirável estoicismo os maiores sacrifícios
para não violar o menor preceito religioso. Procuravam servir a Deus,
auxiliando o próximo, sem imolações no altar e sem cultuar imagens. Eram
livres, trabalhavam em comunidade, vivendo do que produziam. Em seu meio não
havia escravos.
Tornaram-se famosos pelo conhecimento e uso das ervas, entregando-se
abertamente ao exercício da medicina ocultista. Em seus ensinos, seguindo o
método das Escolas Iniciáticas, submetiam os discípulos à rituais de Iniciação,
conforme adquiriam conhecimentos e passavam para graus mais avançados.
Mostravam então, tanto na teoria quanto na prática, as Leis Superiores do
Universo e da Vida, tristemente esquecidas na ocasião.
Alguns dizem que eles preparavam a vinda do Messias. Eram uma seita
aberta aos necessitados e desamparados, mantendo inúmeras atividades onde a
acolhida, o tratamento de doentes e a instrução dos jovens eram a face externa
de seus objetivos.
Muitos estudiosos acreditam que a Igreja Católica procura manter
silêncio acerca dos essênios, tentando ocultar que receberam desta seita muitas
influências. Não há nenhum documento que comprove a estada essénia de Jesus, no
entanto seus atos são típicos de quem foi iniciado nesta seita.
A missão dos seguidores do Mestre Verdadeiro foi a de difundir a vinda
de um Messias e nisto contribuíram para a chegada de Jesus. Na verdade, os
essênios não aguardavam um só Messias, e sim, dois. Um originário da Casa de
Davi, viria para legislar e devolver aos judeus a pátria e estabelecer a
justiça.
Esse Messias-Rei restituiria ao povo de Israel a sua soberania e
dignidade, instaurando um novo período de paz social e prosperidade. Jesus foi
recebido por muitos como a encarnação deste Messias de sangue real. No alto da
cruz onde padeceu, lia-se a inscrição: Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
O outro Messias esperado nasceria de um descendente da Casa de Levi.
Este Salvador seguiria a tradição da linhagem sacerdotal dos grandes mártires.
Sua morte representaria a redenção do povo e todo o sofrimento e humilhação por
que teria que passar em vida seria previamente traçado por Deus.
O Messias-Sacerdote se mostraria resignado com seu destino, dando a vida
em sacrifício. Faria purgar os pecados de todos e a conduta de seus atos seria
o exemplo da fé que leva os homens a Deus. Para muitos, a figura do pregador
João Batista se encaixa no perfil do segundo Messias. Até os nossos dias, uma
seita do sul do Irã, os Mandeanos, sustenta ser João Batista o verdadeiro
Messias.
Vivendo em comunidades distantes, os essênios
sempre procuravam encontrar na solidão do deserto o lugar ideal para
desenvolverem a espiritualidade e estabelecer a vida comunitária, onde a
partilha dos bens era a regra. Rompendo com o conceito da propriedade individual,
acreditavam ser possível implantar no reino da Terra a verdadeira igualdade e
fraternidade entre os homens. Consideravam a escravidão um ultraje à missão do
homem dada por Deus.
Todos os membros da seita trabalhavam para si e nas tarefas comuns,
sempre desempenhando atividades profissionais que não envolvessem a destruição
ou violência. Não era possível encontrar entre eles açougueiros ou fabricantes
de armas, mas sim grande quantidade de mestres, escribas, instrutores, que
através do ensino passavam de forma sutil os pensamentos da seita aos leigos. O
silêncio era prezado por eles. Sabiam guardá-lo, evitando discussões em público
e assuntos sobre religião. A voz, para um essénio, possuía grande poder e não
devia ser desperdiçada. Através dela, com diferentes entonações, eram capazes
de curar um doente. Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela alimentação,
físico e higiene pessoal. A capacidade de predizer o futuro e a leitura do
destino através da linguagem dos astros tornaram os essênios figuras magnéticas,
conhecidas por suas vestes brancas. Eram excelentes médicos também. Nos
escritos dos rosacruzes, são considerados como uma ramificação da Grande
Fraternidade Branca, fundada no Egito no tempo do faraó Akenaton.
Em cada parte do mundo onde se estabeleceram, eles receberam nomes
diferentes, às vezes por necessidade de se protegerem contra as perseguições ou
para manterem afastados os difamadores. Mestres em saber adaptar seus
pensamentos às religiões dos países onde se situavam, agiram misturando muitos
aspectos de sua doutrina a outras crenças. O saber mais profundo dos essênios
era velado à maioria das pessoas. É sabido também que liam textos e estudavam
outras doutrinas. De sua teologia e de suas doutrinas se conhece muito pouco.
Não se sabe se tiveram outros livros sagrados além do Pentateuco.
Para ser um essênio, o pretendente era preparado desde a infância na
vida comunitária de suas aldeias isoladas. Já adulto, o adepto, após cumprir
várias etapas de aprendizado, recebia uma missão definida que ele deveria
cumprir até o fim da vida. Vestidos com roupas brancas, ficaram conhecidos em
sua época como aqueles que “são do caminho”. Foram fundadores dos abrigos
denominados “beth-saida” , que tinham como tarefa cuidar de doentes e
desabrigados em épocas de epidemia e fome. Os beth-saida anteciparam em séculos
os hospitais, instituição que tem seu nome derivado de hospitaleiros,
denominação de um ramo essênio voltado para a prestação de socorro às pessoas
doentes. Fizeram obras maravilhosas, que refletem até os nossos dias.
COTIDIANO E FILOSOFIA DOS ESSÊNIOS
É possível conhecer o dia-a-dia dos essênios a
partir de informações do historiador judeu Flávio Josefo ( 37 d.C – 100 d.C)
que com 16 anos viveu durante três anos com um mestre essênio e deixou documentos
relatando as suas experiências.
De acordo com Josefo, os membros da seita acordavam antes do nascer do
Sol. Permaneciam em silêncio e faziam suas preces até o momento em que um
mestre dividia as tarefas entre eles de acordo com a aptidão de cada um. Trabalhavam
durante 5 horas em atividades como o cultivo dos vegetais ou o estudo das
escrituras. Terminadas as tarefas, banhavam-se em água fria e vestiam túnicas
brancas. Comiam uma refeição em absoluto silêncio, só quebrado pelas orações
recitadas pelo sacerdote no início e no fim. Retiravam então a túnica branca,
considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro
banho e jantavam com a mesma cerimônia.
Josefo também nos conta que os essênios tinham com o solo uma relação de
devoção. Um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de
30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam
para relaxar e meditar.
As refeições eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tâmaras e, principalmente,
um tipo muito rústico de pão, que quase não levava fermento. Eles possuíam
pomares e hortos irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes
cisternas e servia como bebida. Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao
suco de frutas e “vinho novo”, um extrato de uva levemente fermentado.
Os hábitos alimentares frugais e a vida metódica dos essênios
garantiam-lhes uma vida saudável. Segundo Josefo, muitos deles teriam atingido
idade extraordinariamente avançada.
Uma das principais obras que permitem o estudo sobre a filosofia essênia é um
manuscrito encontrado em 1785 por um historiador francês em viagens pelo Egito
e pela Síria. É um dialogo entre Josefo e o mestre essênio Banus a respeito das
leis da natureza. Abaixo estão algumas definições:
O Bem - Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como “o
cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a sabedoria de um professor”.
O Mal - O que causa a morte, como a matança de animais. Por esse motivo, o
sacrifício de animais, mesmo que para a alimentação, é condenável.
A Justiça - O homem deve ser justo porque na lei da natureza as penalidades são
proporcionais às infrações. Deve ser pacífico, tolerante e caridoso com todos,
“para ensinar aos homens como se tornarem melhores e mais felizes”.
A Temperança - Sobriedade e moderação das paixões são virtudes, pois os vícios trazem
muitos prejuízos à saúde.
A Coragem - Ela é essencial para “rejeitar a opressão, defender a vida e a
liberdade”.
A Higiene - Uma outra virtude
essencial para os essênios para “renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a
mente à alegria”.
O Perdão - No caso de as leis não serem cumpridas, a penitência é simples e para
se obter o perdão, deve-se “fazer um bem proporcional ao mal causado”.
JESUS CRISTO TERIA SIDO UM ESSÊNIO?
Há dezenas de dúvidas sobre os essênios, mas a hipótese de que Jesus
Cristo teria tido contato com eles é uma das mais intrigantes.
Não há relatos sobre onde esteve nem o que Jesus fez entre seus 13 e 30
anos. Assim, a hipótese que os estudiosos adotam é a de que Jesus, durante esse
tempo, esteve com os essênios e teve sua “clarividência” despertada junto a
esse povo.
Outro fato intrigante, é que, sendo os essênios uma das três mais
importantes seitas da Palestina naquela época, por que o evangelho não fala
deles?
Teria sido o evangelho “censurado”? A verdade ainda é desconhecida, mas, de
acordo com os manuscritos do mar Morto, eis alguns costumes dos essênios:
• Batismo.
• Santa Ceia.
• Caridade.
• Andavam em grupo de doze.
• Jejum.
• Curandeirismo (por imposição das mãos).
O tipo de vida dos essênios se parecia muito com a dos primeiros
cristãos, o que faz algumas pessoas pensarem que Jesus fez parte dessa seita
antes de começar sua missão pública.
O que se tem certeza é de que Jesus pode tê-la conhecido, mas não há
nada que prove que Ele a tenha adotado, e tudo o que se escreveu sobre esse
assunto não tem comprovação.
O LEGADO ESSÊNIO
No fim de 1946 (Novembro ou Dezembro) três pastores
em Ain Feshka, oásis próximo ao Mar Morto, descobrem em uma das grutas da
região uns jarros de argila e em um deles três rolos escritos em hebraico
antigo, o que dificulta a identificação. Esta gruta está situada nos rochedos
de uma falésia a cerca de 1300 metros ao norte de algumas ruínas que os árabes
conhecem pelo nome de Khirbet Qumran.
Assim, com a descoberta, os arqueólogos relacionam o grupo que vivia nessas
ruínas com os possíveis responsáveis pelos manuscritos encontrados. E ao redor,
outras grutas são encontradas contendo outros fragmentos cuidadosamente
embalados em jarros, o que leva a crer que aqueles documentos não estariam ali
por acaso.
No total, são recuperados,
em 11 grutas de Qumran, 11 manuscritos mais ou menos completos e milhares de
fragmentos de mais de 800 manuscritos em pergaminhos e papiros. Escritos em
hebraico, aramaico e grego, cerca de 225 manuscritos são cópias de livros
bíblicos, sendo o restante livros apócrifos. Os manuscritos estão sendo
traduzidos até hoje e muito já foi descoberto.
Pesquisa/Colaboração Ir.'.Mário Paiva
A.'.R.'.L.'.S.'.São José Nº14
A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DA HUMANIDADE
Texto enviado pelo Ir.'.Mário Paiva
Mesmo que a Maçonaria tenha por objetivo básico o fomento e desenvolvimento
de atividade filantrópica e constitua uma escola de ética, moral e
preservação da liberdade e igualdade, ela é uma instituição de característica
política muito forte. É um erro admitir que ela seja apolítica...
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Uma multidão anda desencantada com política.
Julga os políticos causadores de todos os males, um câncer em nossa
sociedade. Estão enojadas com a politicagem. A consideram vil e perniciosa.
Opção de trabalho de indivíduos incompetentes, inescrupulosos, que se
extasiam na busca ao poder por simples vaidade ou no interesse em fazer seu
patrimônio crescer pela corrupção. Será que dentre todos os políticos
profissionais não existe um único que vise governar de forma a resolver problemas?
Serão todos os políticos desonestos? Incompetentes? Estultos? Tudo parece
indicar que sim!
Nosso governo toma empréstimos vultosos de
organismos internacionais para acabar com fome e miséria. Mas, estas chagas
parecem não ter fim! Há décadas usam-se os mesmos jargões: acabar com a
violência, a doença, a ignorância, a fome! Há quem pergunte: crianças devem
passar fome para que se honrem dívidas? O mundo vive respondendo que sim!
Países como o Brasil estão frequentemente contraindo e pagando dívidas!
Milhões de crianças já deram, e dão, suas vidas como pagamento por dívidas, e
outros milhões continuam pagando estas mesmas obrigações com corpos
desnutridos e mentes deformadas. Para pagar estas dívidas criou-se um sistema
moderno de escravos. Nossa floresta amazônica vem sendo destruída à razão de
um campo de futebol por segundo, apenas porque insistimos em saldar dívidas
com gado ou nossa produção agrícola. Existem locais onde sequer se dá tempo
para explorar de forma coerente a madeira existente; incêndios devastam
florestas imensas apenas para dar lugar a alguma indústria pecuária ou
agrária. Adicionalmente, aumentam o efeito estufa!
Que é feito com o que deveria ser fonte de
divisas para acabar com fome e miséria? O que é feito com o dinheiro arrecadado
ás custas das vidas de crianças e cidadãos? É usado para desenvolver e
comercializar mais e melhores armas de guerra. Países como o Brasil são os
responsáveis pelas inúmeras guerras que ocorrem pelo mundo. E isto à custa
das gerações que aqui vivem escravas cativas de um aviltante sistema de
alienação e escravidão!
E porque nosso político não dá um basta? Existem
inúmeros grandes e honestos pensadores políticos. Inclusive, maçons! É
incompetência? O que lhes limita a atuação? É sua formação acadêmica. Todos
os profissionais, em todas as áreas de atuação são treinados tendo por
estribo uma base filosófica mecanicista, um método que visa quebrar um
problema grande em componentes menores, para então tratar de entender e
resolver cada componente em separado. Porém, ao tentar resolver um dos
componentes perde-se a visão de conjunto, da interdependência dos componentes
do problema. Não é possível tentar resolver em separado problemas globais.
Pode-se consertar um componente, mas este vai quebrar de novo em seguida,
apenas porque se ignorou os outros problemas conectados com ele. É necessário
mudar tudo numa só vez, ao mesmo tempo; os ideais, as instituições e os
valores. E nisto a maioria de nossos políticos são incompetentes -
Indiferente da pessoa ou partido político que assuma o poder de comando. É a
razão de suas soluções não se tornarem perenes. É o motivo de seu insucesso!
É a causa de políticos serem execrados pelos eleitores!
Nossa formação cartesiana permite dissecar uma
árvore, mas não nos habilita a entender sua natureza. Um pensador de sistemas
olharia a árvore em suas trocas sazonais, entre árvore e terra, entre Terra e
céu. Ele tem a capacidade de visualizar seu ciclo anual como uma imensa
respiração que a Terra realiza com suas florestas, propiciando oxigênio,
sopro de vida, unindo Terra ao céu e nós ao universo. Não a veria apenas em
relação à vida de toda a floresta, mas como o habitat de pássaros, o lar de
insetos. Ao observar uma árvore como um ente isolado, fica-se intrigado com
os milhões de frutos que ela produz em vida, onde apenas uma ou duas frutas
produzirão outras árvores semelhantes. Mas, se observarmos a árvore como
membro de um sistema vivo maior, tal abundância de frutos fará sentido, pois
centenas de animais e aves sobreviverão graças a ela. Isto é
Interdependência! A árvore não sobrevive sozinha. Para tirar água do solo,
precisa de fungos que crescem na raiz. O fungo precisa da raiz e a raiz
precisa do fungo. Se um morrer, o outro morre também.
Há milhões de relações como esta no mundo, cada
uma envolvendo uma interdependência. A teoria dos sistemas reconhece esta lei
de relações como a essência de todas as coisas vivas. Só um desinformado
chamaria tal noção de ingênua ou romântica, porque a dependência comum a
todos já é um fato científico.
O que ocorre com o exemplo da árvore deveria ser
parte da formação do político. A profissão de político não pode ser executada
por aventureiros, por pessoas despreparadas. Além de profissional
especializado, que sabe pensar, conquistar, manter e expandir o poder de
forma legitima e com força, ele deve se formar no entendimento de sistemas
interdependentes. De modo que, ao resolver o problema da habitação, resolva
também educação, segurança, meio-ambiente, saúde, tráfego, distribuição da
riqueza, tudo junto, tudo interdependente. Se assim o fizer, o resultado será
positivo, gerador de bem estar e felicidade, que é em essência o verdadeiro
objetivo da política.
Mesmo que a Maçonaria tenha por objetivo básico o
fomento e desenvolvimento de atividade filantrópica e constitua uma escola de
ética, moral e preservação da liberdade e igualdade, ela é uma instituição de
característica política muito forte. É um erro admitir que ela seja
apolítica. Por isto, é importante ao Maçom aprender a escolher seu representante
político baseado não apenas por suas característica moral, ética e formação
acadêmica, mas especialmente por sondar se em seu candidato existe noção de
sistemas interdependentes. Esta constitui uma maneira de atuar no objetivo de
realmente propiciar soluções duradouras aos problemas da humanidade.
Ao sermos iniciados como maçons tornam-se nossa
responsabilidade servir como multiplicadores de idéias que levem o Brasil e o
mundo a se tornar realmente independente de sistemas aviltantes que escravizam,
esmagam e trituram o ser humano até só sobrar bagaço!
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