segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO!

Que o ano de 2013 seja repleto de saúde, prosperidade e progresso.

São os votos dos OObr.'. da Loja Maçônica São José Nº14.

Feliz Ano Novo!

domingo, 30 de dezembro de 2012

NE VARIETUR


www.brasilmacom.com.br - NE VARIETUR
Ne varietur, como bem observa AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, trata-se de uma locução latina que significa: “Para que nada seja mudado”; usada para indicar reprodução muito fiel (Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, 11ª Ed., Ed. GAMA).

Por ser expressão não vernácula, vem causando certa confusão quanto a sua pronúncia. Para sanarmos a questão de forma científica e definitiva, pois o dever do Maçom é a busca incessante da Verdade, apoiamo-nos na obra do PE. JÚLIO COMBA, S. D. B., intitulada Gramática Latina, 4º Ed., Ed. Salesiana Dom Bosco, SP, 1991.

A princípio, informa PE. JÚLIO, ser “impossível determinar com exatidão qual fosse a pronúncia da língua latina no tempo dos romanos”, todavia, utilizando-se de regras gramaticais precisas, chegaremos satisfatoriamente à pronúncia mais acertada.

Preleciona o autor, que “uma sílaba longa era pronunciada pelos antigos romanos mais demoradamente do que uma breve”, dando certa impressão, do que seria para a Língua Portuguesa, da tonicidade. “É longa a sílaba que contem um ditongo”, que em Latim são três, a saber: ae, oe, au; e “geralmente breve toda vogal seguida de outra vogal: varietur. Ensina, ainda, que nas “palavras de mais de duas sílabas o acento cairá na penúltima se esta for longa; cairá na antepenúltima de for breve”: varietur.

Isto posto, concluímos que a pronúncia que mais se aproxima do Latim Clássico, é variétur.

Em Maçonaria, na instrução do Ir.·. JOAQUIM GERVÁSIO DE FIGUEIREDO, 33º, ne varietur vem denominar a “assinatura que os IIr.·. são obrigados a apor em todos os diplomas e demais documentos comprobatórios de seus graus, que credenciam sua personalidade maçônica” (Dicionário de Maçonaria, Ed. Pensamento).

Data maxima venia, acrescente-se a este conceito, ser expressão designativa de algo fiel e permanente que possa servir de base à verificação posterior. Por conseguinte, ne varietur é a “assinatura modelo”, ou seja, aquela que não será mudada, pois, uma vez aposta em documento maçônico oficial, servirá de base a posterior verificação de autenticidade.

São as Sessões Iniciáticas, quais sejam: Iniciação, Elevação e Exaltação, as ocasiões por excelência, em que o ne varietur é gravado, após a Consagração e findo Cerimonial correspondente. Com efeito, o ne varietur deverá ser observado em todas as ocasiões em que o Maçom necessitar imprimir sua assinatura, seja qual for o documento.. Desta forma, maçom que grava sua assinatura ao Livro de Freqüências ou de Visitantes de uma Loj.·., está imprimindo seu Ne Varietur.

Por derradeiro, assim dispõe o art. 136, §2º, b, do Regulamento Geral da GLOMAM, acerca das atribuições dos EExp.·.:

§2º- Compete ao 2º Exp.·.:

(...)

b) apresentar aos visitantes o livro onde devem assinar e entrega-lo ao Or.·. para ser confrontada a assinatura com o ne varietur dos seus títulos;

Desta forma, concluímos nossa breve pesquisa, informando aos RResp.·. IIr.·. que o assunto em tela não resta esgotado, mas apenas inicia a discussão.




Maurício Fernandes de Almeida
Ben.·. Loja Simbolica Rio Solimões nº 24
G.·.L.·.O.·.M.·.A.·.M.·. Manaus, Amazonas, Brasil
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sábado, 29 de dezembro de 2012

OS DONS

www.brasilmacom.com.br - OS DONS

A existência do Grande Arquiteto do Universo, inegavelmente, é o elo comum que une os Maçons entre si, essa união oriunda da verdade irrefutável da existência de Deus e incontestavelmente ratificada através do conhecimento dessa existência, pela criação do Universo, quando do nada, Deus completou sua obra criadora, de cuja razão concluímos que Deus é eterno, não teve princípio, nem terá fim.

O poder da criação do Grande Arquiteto do Universo tornou possível a nossa existência e com ela a grande indagação do homem, cuja busca para saber a verdade sobre a sua origem e o seu destino, leva-o a uma só direção, a do seu próprio Criador. Conclusão esta, chegada através dos dons legados pelo Grande Arquiteto do Universo ao próprio homem, criado a sua imagem e semelhança.

Dentre os muitos dons que Deus dotou o homem, há um destaque especial para três deles:

INTELIGÊNCIA

VONTADE

LIBERDADE.

É pelo dom da Inteligência que o homem conclui pela verdade sobre a existência de Deus e o conhecimento e discernimento entre o bem e o mal.

É, pois, no uso do dom da Liberdade que o Maçom tem a opção para direcionar a sua vida, para o bem ou para o mal. É claro que para tal fim, um novo dom é acionado, o da Vontade.

Assim, o Maçom pode e deve direcionar a sua vivência para o bem e, para isto, deverá usar dos dons da Inteligência, da Vontade e da Liberdade, em toda a sua potencialidade. O que deverá ser feito dentro dos princípios de uma moral sadia, pura, condizente e propícia para formar e aperfeiçoar o caráter do Iniciado para que possa prosseguir em direção à meta para a qual foi criado, para a maior glória do Grande Arquiteto do Universo, para amar a si mesmo, e para amar o seu próximo, o seu Irmão.

A moral maçônica é baseada nessa exigência, no amor a Deus, no amor a si mesmo e no amor aos Irmãos, não pode este amor ser isolado ou separado, pois que, se não tiver o Maçom, o amor dentro de si mesmo, não poderá amar o Grande Arquiteto do Universo, nem tampouco amar o seu Irmão.

O simbolismo e alegorias utilizadas pelos Maçons, nada mais são do que meios e sistemas para o aprendizado e aplicação dos ensinamentos da moral que levam os Maçons ao caminho da virtude.

Jamais poderia qualquer ser vivo dotado da Inteligência, Vontade e Liberdade, viver uma vida virtuosa sem que viesse a praticar essa mesma virtude e ensinamentos. É na Lei Maçônica que o homem Maçom exercita o uso daqueles dons através dos mistérios da ordem e passa a conviver fraternalmente, com os Irmãos.

Necessário se faz o estudo de Símbolos, alegorias e dos mistérios maçônicos, pois que, por estes meios, os sentidos do Maçom se fazem mais aguçados e direcionados à verdade e ao uso adequado da Liberdade, cuja prática está inserida no viver a virtude todas as horas e, de tal sorte que, despojado do orgulho e da ignorância, possa galgar os degraus da moral sã e da sabedoria, com a finalidade de atingir a meta principal, a perfeição.

As dificuldades na vida profana, a inexistência da moral, da virtude e do amor, tornam o homem desprovido de armas que o defendam das vicissitudes, dos inimigos que o rodeiam, desde o amanhecer ao pôr-do-sol, culminando por precipitá-lo no abismo das paixões, da desonra, do desamor, da ignomínia, tornando-o um homem infeliz. É no simbolismo que são marcados os pontos de partida para a perfeição e justiça e mais, para chegar à verdadeira paz e tranqüilidade, tão almejada pelo homem, e que é tão difícil de conseguir, se não tivermos uma porta que se abra para nos acolher e direcionar à luz da verdade.

Na Ordem Maçônica, isto se processa de forma livre e espontânea, pois que o Maçom é conduzido à luz da Verdade, à Felicidade, à Paz e à Perfeição, exigindo, no entanto, daquele que entra para a Ordem Maçônica seja instruído adequadamente e preparado para receber essa Luz. Se assim não fora, poderia a Maçonaria influir negativamente junto ao Iniciado e este vislumbraria a luminosidade e o brilho da verdadeira luz que ilumina o caminho do Amor, da Moral e da Virtude.

Todavia, é preciso dosar cada instrução, para que esses ensinamentos sejam bem aproveitados e praticados na vida quotidiana, de forma efetiva e condizente com os princípios maçônicos, daí deduzirmos a importância das alegorias e Sinais no conhecimento gradativo dos mistérios desvendados pela inteligência do Maçom, emanados dos exemplos daqueles que caminham à nossa frente pelo mesmo caminho, outrora palmilhados pelos nossos Mestres.

Sai o Iniciado da sua ignorância à medida que seus estudos vão se aprofundando e com essas instruções vai praticando, através do labor em Loja e da prática do bem viver, descobrindo a verdade e trabalhando para o aperfeiçoamento da humanidade.

Analisando a busca do homem pelo uso de seus dons, no encontro da verdade, se torna imprescindível o trabalho de polir a aspereza das paixões que o envolvem com o verniz da virtude, o que faz quando usa os Símbolos e o instrumental para construir a sua perfeição, pautando a sua conduta em Loja e fora dela, erigindo a grande obra de construção da sua vida, no convívio com os Irmãos, onde do alto se destacam, a Honra, o Equilíbrio, a Igualdade e a Justiça, para que possa conduzir-se de forma justa e perfeita.

Para tal mister, invocamos fora do Templo, a memória dos Símbolos, desenhos e traçados, usando a nossa imaginação e a nossa inteligência, para que tenhamos presente a existência do Grande Arquiteto do Universo, luz da verdade que nos iluminará o caminho ao longo da nossa vida discernindo o bem do mal, usando a nossa Vontade e a nossa Liberdade para nos despirmos das paixões e vestirmos as vestes da Virtude, de cuja lembrança está no uso do Avental de trabalho, desde o amanhecer ao pôr-do-sol, erigindo templos à virtude e cavando sepulturas ao vício, para que vivamos como irmãos, de forma que haja, um dia, uma humanidade mais feliz e que ao final de nossa existência neste oriente possamos prestar contas pelo uso dos dons recebidos.


Ir.·. Benjamim Manoel Zanatta
Or.·. de Curitiba – PR
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

EQUILIBRIO VIBRACIONAL - HARMONIA


Depois de participar de uma gestão e ficar quietinho em um canto da Loja é que se começa a aprender muita coisa em Loja. Claro que o ex-Venerável, por força de Regulamento e normas da Grande Loja de Santa Catarina, passa a sentar-se à direita do novo Venerável Mestre com intuito de orientar, corrigir e auxiliar nos trabalhos de Loja, além de passar a chamar-se de Venerável de Honra.

Pois bem, durante quase toda a transmissão dos cargos observei e fiquei maravilhado com o desenvolvimento de toda a Sessão, principalmente com a desenvoltura do Irmão empossado diante do trabalho, dando a impressão que ali estava um Venerável Instalado de muitos anos, pela firmeza e serenidade da condução.

E comecei a notar a importância dos cargos em Loja. Cada qual com o seu poder de realização dentro de Loja.  Por exemplo, os Irmãos Vigilantes, “não obstante o elevado cargo” que ocupam, eles não devem esquecer que, “em todas as coisas concernentes à Maçonaria”, todos os demais Irmãos estão no mesmo nível deles

Os Irmãos Vigilantes têm o poder, mas eles estão no mesmo nível dos demais.  Além do mais, os malhetes que lhe são entregues são para “fortalecer e embelezar os trabalhos do Venerável Mestre” e ajudá-lo com zelo no governo da Loja.

E assim seguem os detalhamentos dos demais cargos em Loja, mostrando-lhes as suas respectivas responsabilidades, deveres e contribuição à Loja e aos Irmãos.

Mas quero ressaltar um cargo, embora todos os cargos de uma Loja, são importantes por natureza, pois são comparados a uma orquestra, em que todos trabalham cada qual com a sua função,  mas sem poder desafinar, sob pena de ter um resultado desastroso.  Estou falando do cargo de Mestre de Harmonia.

Esse cargo, cuja joia é uma LIRA, tem a responsabilidade pelo “equilíbrio vibracional da Loja, propiciando o momento fértil para as manifestações do Grande Arquiteto do Universo”.

Isso me chamou atenção. E se refletirmos bem, veremos a profundeza dessa afirmação. Ele é que, com as músicas devidas, dará o verdadeiro equilíbrio em que irá vibrar os nossos sentimentos em direção ao espiritual. A importância desse equilíbrio é que vai facilitar a egrégora que se formará dentro de Loja.

É colocando no devido tempo as músicas, em seu equilíbrio de tom, suavidade e momentos especiais em que se faz necessário a música. E sabemos que a música realmente vibra dentro do nosso ser enlevando para um patamar especial de encontro com o superior.

Ser Mestre de Harmonia é ser uma pessoa de uma sensibilidade musical com capacidade de sentir, de emocionar e se comover. E, lógico, tem que gostar de música. Ser um apaixonado.

Quero deixar bem claro que não existe regulamento ou normas sobre a função de Mestre de Harmonia. A não ser aqueles momentos em que o Ritual solicita “absoluto silêncio”, e por questão de bom senso, não se deve colocar música quando um Irmão esteja falando, ou quando esteja aplicando Instruções do grau. O Regulamento do Mestre de Harmonia é a sensibilidade de quem está no cargo que vai valer na execução das músicas. Alguns dizem que não se deve colocar músicas sacras, outros que não se deve colocar músicas profanas e, assim vai enchendo o encarregado de dúvidas e, no final, às vezes, as coisas não saem a contento.

Quero afirmar aqui, pela experiência que adquiri durante a minha vida maçônica, que qualquer música pode ser tocada, desde que vibre o ser humano para uma elevação. Agora há de se respeitar as sensibilidades alheias, e ter bom senso, como por exemplo, não colocar uma música sacra com a presença de vários Irmãos de religião que não seja, por exemplo, a católica. Mas para tudo exige sensibilidade e equilíbrio.

No fundo, o que o Mestre de Harmonia deve fazer é colocar de preferência músicas de autores maçons, que temos em abundância, em que cito alguns como Claude Debussy, Felix Mandelssohn, Franz Liszt, George Gershwin, Giacomo Meyer Beer, Johan Hummel, Johann Bach, Joseph Haydn, Charles Francis Gounod, Carlos Gomes, Julis Massenet, Ludwig van Beethoven, Luigi Cherubini e tantos outros.  Mas toda essa gama não significa que todas são tocáveis para uma Sessão maçônica. Algumas podem até não encaixar. Mas, repetindo, vale a sensibilidade do Mestre de Harmonia na sua escolha e preparação das músicas para uma Sessão.

Além dessas, existem várias outras músicas, ditas profanas, que podem e devem ser colocadas em uma Sessão. Poderia citar vários, entre estes, como de Ennio Morricone, compositor, arranjador e maestro italiano. Foi responsável e fez arranjo de mais de 500 filmes e programas de televisão. Interpreta várias músicas famosas de películas como “Apocalipsis Now”, “Fateless”, “Gabriel’s Oboe”, “Ballad of Saco and Vanzetti”, e tantos outros. De Ernerto Cortazar, compositor mexicano, também com várias produções cinematográficas e músicas, como “Beethoven’s Silence”, “Concerto de Aranjuez”, “L’Adieu”, “Remembrance”, “When the Waves Dance” e tantos outros. Não podemos nos esquecer de Gheorge Zamfir, flautista romeno, conhecido mundialmente pela “flauta de pã” com músicas como “Meditation” de Julis Massenet, muito colocado para abertura do Livro da Lei. Como podemos ver, existe uma variedade muito grande de músicas para serem colocadas em uma Sessão maçônica, e vai depender, única e exclusivamente do Mestre de Harmonia de saber escolher e atingir o objetivo de sua função: fazer o “equilíbrio vibracional da Loja, propiciando o momento fértil para as manifestações do Grande Arquiteto do Universo”.


Fraternalmente,

Juarez de Oliveira Castro
Mestre Maçom Instalado
ARLS.´. Alferes Tiradentes nº 20
Filiada à Grande Loja de Santa Catarina
Florianópolis – Santa Catarina

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MAÇONARIA, UMA FACULDADE NA ESCOLA DA VIDA


www.brasilmacom.com.br - MAÇONARIA, UMA FACULDADE NA ESCOLA DA VIDA
1 INTRODUÇÃO
Uma pergunta que constantemente habita a mente do aprendiz é: "mas, afinal, o que é a maçonaria? O que faz? De onde veio e para que veio?.

Para essas perguntas, existem muitas respostas, todavia, nem todas são convincentes ou mesmo coerentes. Cada maçom sente a maçonaria de maneira diferente, é muito difícil encontrar dois irmãos, que sintam, vejam e compreendam a maçonaria do mesmo modo.

Uma das definições mais belas sobre a maçonaria foi dada pelo revolucionário sul-americano SIMÓN BOLÍVAR, militar e líder político.

"Maçonaria é uma praia acolhedora. Ditosos aqueles que podem alcançá-la! Felizes aqueles que podem chegar até ela, vencendo as tempestades do pensamento. No seio da maçonaria adquirem-se grandes virtudes e descobrem-se grandes gênios da ação e do pensamento. Na maçonaria, o homem aprende a elevar-se sobre o vulgar, não tem duvida em esquecer-se de si mesmo, quando necessário, desde que possa oferecer a seus irmãos um pouco de doçura na existência. É uma instituição sublime"

No ritual do grau de aprendiz maçom do Grande Oriente do Paraná, em seu preâmbulo sobre a maçonaria nos traz:

"A ordem maçônica é uma associação de homens esclarecidos e virtuosos, que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se, uns aos outros, na pratica da virtude"

Em obras imperfeitas, estas definições são suficientes para nos convencer de que a Ordem Maçônica foi sempre, e deve continuar a ser, a união consciente de homens inteligentes, virtuosos, desinteressados, generosos e devotados, irmãos livres e iguais, ligados por deveres de fraternidade que concorrem pelo exemplo e pela pratica da virtude, para esclarecer aos homens e prepará-los para a emancipação progressiva e pacifica da humanidade. 4

2 DESBASTE DA PEDRA BRUTA
O maçom, dentro do espírito e da moral iniciática, precisa desbastar a pedra bruta, modelar e polir o material, de modo a alcançar a beleza e elegância do edifício que constrói. Conservando os sentidos desobstruídos, respeitando a humanidade usando a régua e o compasso, aprendendo a beleza das formas, sua modelagem e detalhamento, a magia das cores, a integração dos sons, a poesia de todas as artes, a expressão da causalidade, o simbolismo das idéias numa única visão espiritual.

Desde o primeiro momento de sua existência na terra, o homem foi dotado de qualidades suficientes para impor condições cada vez melhores em seu habitat e a si mesmo. Nas eras pré-históricas entre os animais, começou a ser dis-tinguido como ser superior em todos os aspectos. A construção de si próprio e da sociedade em que se insere tornam o Maçom um obreiro do futuro e um construtor de novas realidades em resultado de um debate esclarecido, imbuído de um simbolismo ritual cujo significado mais que apreendido deve ser sentido, nos mais diversos campos de ação profana. A Ciência e a Filosofia nos mostram hoje, mudanças que estão invadindo a humanidade. A começar pela terrível troca de valores entre os povos mais evoluídos e entre os homens chamados mais civilizados. E uma espécie de desintegração, de decomposição, de apodrecimento do próprio homem.

E para que o êxito deste intento não ocorra, o maçom terá que ter o domínio pleno das instruções, postura exemplar, invocando as lições imortalizadas pelos nossos antepassados, que as fizeram transcender os séculos, sempre trabalhando pela virtude e a solidariedade. 

3 CONSTRUÇÃO DO TEMPLO INTERNO
Podemos verificar que na medida em que o homem vai se apoderando do universo, pela ciência e pela técnica, vai também perdendo o domínio do seu universo interior. À medida que penetra no mistério dos mundos, tanto dos infinitamente grandes como dos pequenos, perde-se nos seus próprios mistérios. Quer dirigir o universo, mas não sabe dirigir a si mesmo.

Sem dúvida, nossa civilização está em perigo, mas não tanto em suas fronteiras geográficas, mas nas próprias fronteiras do coração humano. O verme que corrói seu interior e se fortifica inexoravelmente é alimentado pelas facilidades do mundo moderno, que oferecem ao corpo as delícias e, ao espírito, o orgulho do poder.

"Nenhum maçom, se bem, entender a arte, jamais será um estúpido ateu, ou um libertino irreligioso" James Anderson - 1723

Agora, estamos recolhendo seus frutos, cujo sinal, entre outros, é uma moralidade discutível. Nos países desenvolvidos, ela adquire as proporções de um verdadeiro flagelo. O crescente progresso das doenças mentais, dos desequilíbrios de toda espécie, oferecem-nos uma trágica ficha da saúde do homem moderno.

O mundo moderno é extraordinário. Não temos o direito de frear seu fulgurante progresso, bem como temos o dever de trabalhar para esse progresso.

Nosso labor, no entanto, será em vão se, paralelamente, não trabalharmos para desenvolver no homem a consciência de seu espírito. E preciso refazer o homem para que o homem refaça o universo na ordem do amor.

Quanto maiores forem as facilidades, mais o homem terá necessidade de luz para compreender que estas facilidades são apenas meios para atingir um fim mais elevado.

Precisará de mais força interior para não se apegar a elas, mais necessidade de amor terá a fim de não capitalizá-las em seu próprio benefício e em detrimento de seus irmãos. 6

4 VALORES DE UM MAÇOM
Nós homens precisamos nos lembrar da existência do Grande Arquiteto do Universo, que emana nossas forças vitais para nossa subsistência, com amor, fraternidade e liberdade.

Com base nos conceitos filosóficos, a Maçonaria teve sua origem, baseada nas grandes escolas filosóficas da antigüidade, as quais, indistintamente, tiveram sua origem e inspiração nos Mistérios. O templo simbólico e filosófico, é construído dia a dia nos corações dos VERDADEIROS MAÇONS, para servir de moradia ao G:.A:.D:.U:., e de onde devem ser expulsas as paixões, as intransi-gências, os vícios e mesquinharias.

O Ritual deve ser estritamente observado, e a moral maçônica espartanamente cultivada dentro e fora do templo.

Só assim, poderemos passar, corretamente, para os nossos descendentes de boca a ouvido, as maravilhosas lições deixadas pelos nossos antepassados e que são, nada mais, nada menos, que o amor e a fraternidade, o respeito e a igualdade, a humanidade e a tolerância entre todos os irmãos na face da Terra. 7

5 CONCLUSÃO
Entre a faculdade no mundo profano e a do mundo maçônico, se é que podemos chamar de faculdade no mundo maçônico, existem entre elas dois momentos inversamente proporcionais.

A do mundo profano, para os pais e amigos, o ponto mais alto é a formatura, para o calouro é o vestibular, depois de aprovado, ele fica livre das pressões, da obrigação de ser aprovado e conseguir uma vaga, a formatura é uma decorrência normal do curso.

Na ordem maçônica para a família, o padrinho e Ir que o conhecem, o ponto alto é a iniciação. Para o candidato deve ser o que vem depois da iniciação, ele deve pensar no leque de amizades que ira fazer, os ensinamentos que lhe serão ministrados, e como ele usufruirá disso dentro e fora da ordem, como ele se portará no desbaste da pedra, como construirá o seu templo interno e principalmente a postura que deverá ter daí para frente, pois em determinadas situações ele terá que se lembrar que pertence a uma ordem que prega tolerância, igualdade, fraternidade que sua postura deverá ser sempre condizente com a de um verdadeiro maçom.

A maçonaria ao contrario dos Templários, não exige de seus membros, voto de castidade, pobreza, etc. Mas exige moderação em seus impulsos.

A maçonaria não é uma escola de fazer santos, e sim uma faculdade na escola da vida, tentando fazer homens profanos, responsáveis, fiéis, aos princípios morais da Sociedade em que vivemos.

Somos isso? Somos assim? Nem sempre. Somos homens e, como tal estamos sujeitos a toda espécie de erros.

Devemos intensificar nossa busca na construção de nosso templo interno, e buscar sempre êxito nas provas dadas a cada dia na escola da vida.

"Poderão vir derrubar esse templo, mas não destruirão nossos corações, poderão impedir nossas reuniões, mas nossa unidade espiritual, não.

Poderão proibir que nos chamemos de irmãos, mas não que o sejamos. "Salve a maçonaria, quando tudo está sob corrente, tu és o único estado livre, nessa terra devastada" (Draske)

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

OS DEZ APELOS DO APRENDIZ-MAÇOM


www.brasilmacom.com.br - OS DEZ APELOS DO APRENDIZ-MAÇOM
I - Ensina-me Mestre, a desbastar minha pedra bruta, com a prática que adquiristes ao desbastar Tua própria pedra.

II - Ensina-me Mestre, a caminhar na marcha do meu grau, no grande Templo Maçônico, que é o mundo lá fora, caminhando Tu, à minha frente, como meu líder, nos caminhos do Bem, da Verdade e da Justiça.

III - Ensina-me Mestre, a ser livre de vaidades, ambições e servilismos que amesquinham o homem, vendo eu em Ti, o Mestre livre de tais sentimentos.

IV - Ensina-me Mestre, o dom que tens de perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes, para que eu, como teu discípulo, possa também saber perdoar, esquecer e compreender as fraquezas de todos os homens, enaltecendo suas virtudes.

V - Ensina-me Mestre, a trabalhar como trabalhas, anonimamente, em favor de uma boa causa, fugindo como Tu foges, dos aplausos frívolos, fáceis e das honrarias vulgares.

VI - Ensina-me Mestre, os bons costumes pelos quais temos de saber ouvir e de saber calar nos momentos certos, mas principalmente o dom, que temos de lutar em favor dos que clamam por pão e justiça social.

VII - Ensina-me Mestre, a ser como Tu és, a todos os momentos, um simples, mas forte tijolo da Ponte de União entre os homens, e nunca um ponto de discórdia entre eles.

VIII - Ensina-me Mestre, a cultivar em meu coração, todo o respeito e amor que cultivas entre os homens, e principalmente com Tua família, para que possa, cada vez mais, espelhado em Ti, respeitar a todos os homens e amar em toda a extensão da palavra, minha família.

IX - Ensina-me Mestre, toda Tua bravura, destemor e honradez para defender a Liberdade e a Soberania da nossa Pátria, para que eu possa, a qualquer momento, ao Teu lado e contigo, lutar e morrer em sua defesa.

X - Ensina-me Mestre, tudo isso, enfim, sem vaidades, ostentações ou vãs palavras, que se perdem ao vento, mas simplesmente com Teus próprios exemplos, para que eu possa um dia, ser reconhecido como um verdadeiro Mestre-Maçom.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FILANTROPIA NATALINA - CAPÍTULO PRÍNCIPE DO AGRESTE

Ontem, dia 24, o Capítulo Príncipe do Agreste realizou a tradicional filantropia de fim de ano, evento obrigatório da Ordem DeMolay, na Pracinha do Bairro Novo, em frente à Igreja Católica e o Posto de Saúde.
O evento foi realizado em conjunto com a Associação de Moradores presidida por Kleberson Galvão, que é Sênior DeMolay.
Nas fotos abaixo podemos ver os momentos de confraternização entre os membros do Capítulo, da Associação e a população infanto-juvenil da localidade.








O NATAL E A MAÇONARIA


O final do ano está chegando e todos nos preparamos para comemorar a maior festa da Cristandade - o Natal.
 No ano 336 a comemoração do Natal no dia 25 de dezembro já era assinalada por um almanaque cristão para celebrar o nascimento de Cristo, o Sol da Justiça .
 Na Roma pagã, o dia 25 de dezembro era a data instituída pelo Imperador Aureliano, no ano 274 D.C., para a festa dedicada ao Sol (natalis solis invicti ou nascimento do sol invencível - ou invicto), logo a seguir ao solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre a 21 de dezembro .
 Os costumes ligados à celebração do Natal são resultantes das influências da festa da Natividade de Cristo com as comemorações pagãs - solares e agrícolas - do solstício de inverno. No mundo Romano, as Saturnálias eram a ocasião para a confraternização, enfeitando-se as casas com luzes, ramos verdes e pequenas árvores. Presentes eram também oferecidos às crianças e aos pobres.
Aos costumes solsticiais, somaram-se os ritos Germânicos e Celtas, quando as tribos Teutônicas invadiram a Gália, e a Bretanha.
 As árvores, como símbolos da sobrevivência da natureza, datam do sec. VIII, quando São Bonifácio cristianizou a Germânia, e a árvore de Natal substituiu o carvalho sagrado de Odin. A partir do sec. XIX, as comemorações natalinas no mundo ocidental tornaram-se cada vez mais populares e mais comerciais. Atualmente o Natal, cujo patrono é São Nicolau - o Papai Noel - é a festa da família e das crianças.
 Todos encaramos o Natal como a época do ano em que mais prevalecem os sentimentos de Paz e de Boa Vontade entre os Homens. Sem dúvida que isto é correto. Mas o Natal é muito mais do que isso.
 Basta lembrar que os deveres do Maçom para com o próximo incluem o socorro aos necessitados. Devemos também lembrar que todo o socorro  negado aos necessitados é um perjúrio para o Maçom.
 Assim, esta é a ocasião apropriada para refletir sobre o que fizemos e sobre o que deveríamos ter feito durante  todo o ano. Mais importante ainda, este é o momento de estabelecer nossos objetivos para o ano que se aproxima. E isto não só individualmente, mas também como Instituição que se proclama Filantrópica, Filosófica, Educativa e Progressista.
 Esta assistência aos necessitados não pode ser restrita ao mínimo necessário que lhes assegure a sobrevivência. Ela deve ser estendida à saúde, à educação profissional, à moradia.
 Nenhuma instituição se pode proclamar Iniciática se não lutar pelo bem-estar da sociedade que nos cerca, isto é, do Homem. Para nós, o homem que vem em primeiro lugar é o Homem-Maçom. Para tal, nossa Ordem deve fundar e manter Hospitais, Asilos, Creches e Escolas.
 Lamentavelmente, constatamos que, a não ser algumas poucas entidades beneficentes patrocinadas pela Maçonaria em Goiânia, em Uberaba, no Rio de Janeiro, em Campina Grande, em Belo Horizonte e em São Luiz do Maranhão, elas praticamente não existem, em um país tão vasto e com tanta injustiça social como o nosso.
 É claro que, a nível individual, todos podemos - e devemos - ser solidários com qualquer ser humano. No entanto, como Instituição, a Filantropia maçônica deve ser dirigida principalmente aos Irmãos e às suas famílias. Para tal, existe o Tronco da Viúva.
 Não podemos esquecer que em seus primórdios a Maçonaria era essencialmente uma corporação de auto-ajuda. Na Idade Média, quando a Europa era assolada por guerras, pela peste e pela falta de trabalho, já em 1459 os artigos 25,26,27 e 43 dos Estatutos de Ratisbona estipulavam a criação pela Confraria dos Artesãos - a Ordem dos Canteiros - de um Tronco cujo produto era destinado ao amparo, em caso de doenças e de desemprego. A Grande Loja de Londres já em 1725 instituía a criação do Fundo Caritas, para auxílio aos Irmãos e suas famílias.
 Sabemos que, na grande maioria de nossas Lojas, o produto do Tronco de Beneficência é irrisório e para pouco dá, em termos de beneficência. Nossa Ordem é constituída essencialmente por Irmãos da classe média, sempre sacrificada nos países pobres. Por isso mesmo, é quase sempre muito pequeno o donativo da maioria dos Irmãos. Alguns há que, em dificuldades financeiras, nada colocam no Tronco.
 A grande questão é saber como resolver o problema. Por exemplo, na Loja Jean Sibelius, todos os Irmãos do quadro doam no mínimo o valor de R$ 5,00 para o Tronco. Se o Irmão não levar dinheiro nem cheque para a reunião, assina uma autorização para o Irmão Tesoureiro debitar este valor em sua conta corrente. É claro que a norma só válida para os Irmãos do Quadro. Para os visitantes, permanece  o antigo costume. Conforme informa o Irmão Xico Trolha, esta Loja só ajuda os Irmãos e/ou os seus familiares.
 A Caridade ou Filantropia, é uma das virtudes teologais e sua prática é fundamental ao aperfeiçoamento moral e espiritual do Maçom. Por isso mesmo, a ela estão obrigados todos os membros de nossa Instituição. A Caridade coloca o ser humano acima das diferenças étnicas, sociais ou políticas.
 Nossa antiga Irmandade sabiamente adotou rituais para melhor instruir e ajudar os Irmãos a converter em virtudes os defeitos e as falhas de caráter que são inerentes ao ser humano desde o seu nascimento.
 No entanto, seres humanos que somos, muitas vezes fazemos o oposto dos ensinamentos recebidos.  Em conseqüência disto, não existe um só de nós que não lamente algo que disse ou deixou de dizer ou algo que fez ou que deixou de fazer. Sobre isso, todos precisamos meditar seriamente.
 O Natal é o momento adequado para analisar a nossa situação em relação aos compromissos assumidos perante a Ordem e perante o Grande Arquiteto do Universo. Este é o momento certo para refletir se ao menos tentamos cumprir os deveres que a solidariedade maçônica  exige de nós. As conclusões a que chegarmos poderão ser decisivas em relação à nossa futura conduta.
 Durante os dias que faltam para o Natal, vamos também analisar se é correto que as nossas ações filantrópicas fiquem restritas a esta época maravilhosa ou se devemos pautar nossa vida pela prática contínua de tudo o que nos ensinam os nossos Rituais. Acima de tudo, lembremos que o verdadeiro trabalho maçônico  é aquele realizado em prol da humanidade.
 Esta é a única via pela qual poderemos materializar nossos propósitos de aperfeiçoamento espiritual.
Então, e só então, poderemos comemorar o Natal, felizes e com alegria, junto a nossos entes queridos, não esquecendo de dedicar algum tempo para cumprir o verdadeiro sentido do Natal - a veneração ao Menino Jesus.
 Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, esteja presente em todos os lares, nos ilumine e nos abençôe.
Tenham todos um Bom, Santo e Feliz Natal.

Antonio Rocha Fadista
www.pedreiroslivres.com.br

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL!

Hoje é véspera de Natal! 
Dia em que as famílias se reúnem para celebrar o nascimento d'Aquele que veio ao mundo para pregar a paz, tolerância, igualdade e amor ao próximo, sentimentos que são fundamentos da nossa Sublime Ordem.
E é seguindo esses princípios que a Loja São José Nº14 deseja à Família Maçônica, munícipes mipibuenses e à toda a humanidade um...

FELIZ NATAL!

Edison Teixeira
Chanc.'.

domingo, 23 de dezembro de 2012

AOS IRMÃOS QUE BUSCAM O PROGRESSO


www.brasilmacom.com.br - AOS IRMÃOS QUE BUSCAM O PROGRESSO
Ao inquirir, um dias destes, um amado e querido irmão, que deixou nossa Loja, há bem pouco tempo;  por qual motivo ele nos deixara, se tão bem era recebido e tão à vontade eu o via nas sessões ou nos ágapes fraternos e, em nossas conversas, também nunca demonstrou algo de si ou da sua família, que pudesse inviabilizar sua participação maçônica!

Pois bem, somente agora, já desligado da Ordem, acabou por declinar que uma das principais razões dele ter pedido o seu quite-placet,  foi a de que cansara de ir às reuniões da Loja e ver,  sempre,  as mesmas discussões, em torno dos mesmos velhos problemas e as mesmas sugestões, sempre colocadas de forma superficial e mais politiqueiras que verdadeiras!

Que, diante disso e por não vislumbrar nenhum progresso na Loja como para seus membros, começou a achar que estava perdendo o seu tempo, que poderia ser muito mais proveitoso estando junto à sua família ou mesmo seus negócios...

Meus amados irmãos, neste caso e sem qualquer sombra de dúvidas, eu não poderia deixar passar a oportunidade de voltar ao assunto e falar a todos quanto podem ou poderão se encontrar nesta situação; pela minha ótica maçônica...

Ocorre que, por princípio, nossa Instituição é  progressista.
Por outro lado, só é plenamente constituída pela união das Lojas e estas pela reunião dos maçons.  Então, não se pode falar em progresso da Maçonaria, sem o progresso dos seus membros!!!
  • Como pode um corpo crescer de forma perfeita, sem lograr o crescimento parelho de todos os seus membros e órgãos?
  • E como pode um membro defeituoso ou órgão deficiente se integrar primorosamente ao corpo, se não for fortalecido?
  • E o que fazemos com um irmão de nossa caminhada, que está ficando para trás?  Não retornamos e o puxamos?
  • E afinal, em nossas famílias, ao educarmos nossos filhos, não repetimos tolerante e exaustivamente, pelos anos afora, as boas maneiras?

Ora!  Não pretendemos ser um corpo, uma família, afinal uma sociedade fraterna?  Então, antes de exigir progressos, por que não olhamos para o nosso próprio progresso...
Tolerando os irmãos menos aquinhoados... Fortalecendo as sessões com palavras estudadas e de sabedoria...
Tornando os ágapes mais participativos, através de atitudes mais singelas, que não os segmentem em ‘grupinhos’...
Enfim, auxiliando-nos primeiramente, antes de buscarmos ajudar os outros, praticando uma beneficência midiática, à moda dos fariseus...  (Fortalecidos podemos ser mais úteis)

Pensando bem, todo progresso passa pela nossa evolução e, esta terá que ser uniforme, de maneira a compatibilizar os aspectos materiais e espirituais do ser...   Se não entender isto, o maçom sempre estará em Loja com o pensamento voltado para as coisas profanas...

Um forte e T:.F:.A:. com o desejo de uma ótima semana...

    
Eduardo  Panda .'.
Fonte: Grupo de Discussões Orvalho do Hermon

sábado, 22 de dezembro de 2012

O PAPEL DO MAÇOM NA SOCIEDADE



  1. Introdução
www.brasilmacom.com.br - O PAPEL DO MAÇOM NA SOCIEDADELivre e de bons costumes, o Maçom atua, constantemente, na sociedade a que pertence, de inúmeras maneiras e valendo-se de diversos meios pelos quais possa influenciá-la. Ele, portanto, exerce um papel importante, na medida que, sendo de origem variada, ele permeia todos os estamentos sociais e se faz presente nas mais distintas e importantes funções, seja no serviço público, quando a ele estiver vinculado, seja na iniciativa particular, se é ali que desempenha o seu trabalho. É importante para todos nós, portanto, ter uma percepção o mais exata possível e um entendimento tão amplo quanto se possa atingir, desse papel que todos sabemos existir, mas nem todos conseguimos delimitar muito bem.
Todos vivemos em comunidade, seja ela extensa e diluída, como é o caso das grandes cidades, seja ela compacta e limitada, como nas orbes de menor porte. Como cidadãos, temos o dever de participar das iniciativas comunitárias de interesse geral, mormente quando somos solicitados a isso, mercê de nossas qualificações pessoais e da nossa posição na estrutura social. Como maçons, temos a obrigação moral, assumida por juramento, de influenciar o meio social em que vivemos por todas as formas ao nosso alcance, quer individualmente, quer de maneira coletiva, e esta, através de associações, entidades, organismos oficiais e... a Maçonaria.
A nossa Ordem não se destina a desempenhar um papel proeminente nem a interferir em assuntos oficiais diretamente, como alguns poderiam gostar de ver. Ao contrário, ela reúne homens de variadas formações culturais, sociais e morais, identificados, simplesmente, como livres e de bons costumes, com a finalidade de ampliar as qualidades de que são já detentores e, quando possível, fazer desabrochar outras, adormecidas ainda, de modo que, ao atuarem na sociedade a que pertencem, possam ser propagadores de uma doutrina voltada para a prática desinteressada da virtude e a busca incessante da verdade.

  1. Os papéis do Maçom
Então, podemos alinhar alguns pontos que caracterizam o papel do homem maçom na sociedade, assim entendendo o meio social da comunidade a que pertence e, por extensão, o conjunto da nação onde nascemos e vivemos. Esses pontos são, por assim dizer, lindeiros da ação maçônica em benefício da coletividade, na busca pela paz social, um dos objetivos permanentes da nossa nação.
O primeiro papel é desempenhado quando o maçom procede, na sua vida particular e profissional, com absoluta pureza, com lisura, dignidade e honestidade, sempre se valendo dos valores morais que buscamos desenvolver e maximizar. O seu exemplo de honradez, dignidade e exatidão no cumprimento dos seus deveres profissionais, assim como o seu papel de homem íntegro junto à sua família, a quem conduz com a mesma dignidade, associada ao amor que lhe dedica, é marca imarcescível que lega aos que o cercam e aos seus pósteros.
Outro importante papel é o que o maçom exerce ao participar dos esforços coletivos em prol da obtenção de resultados sociais efetivos e necessários, seja ao chamado da voz oficial, seja pela própria iniciativa, a partir de entendimentos com seus irmãos. Neste caso, as Lojas maçônicas podem e devem orientar a aplicação desse esforço, traçando as diretrizes e normas que lhe dão sustentação e orientação. Nesse papel, o maçom trabalhará sob a mesma inspiração filosófica que desenvolveu na Ordem, a partir da sua boa formação inicial. Ele procederá associado a organizações não maçônicas que possam e queiram participar da busca dos objetivos colimados, entre os quais citamos, como exemplo, o combate à maldição das drogas, a implementação de medidas de segurança pública, os esforços de melhoramento do ensino público, a luta contra doenças sexualmente transmissíveis etc.
Mais um outro papel relevante pode prestar, o maçom, na sua atuação junto à sociedade que o acolhe: é aquele de servir de meio de transferência dos ensinamentos maçônicos a todas as pessoas, através de palestras, conferências, visitas às escolas, simpósios, etc. Usando o seu poder de convencimento, ele vai implantando as sementes de cultura filosófica que, ao vingarem no fértil terreno do espírito humano, vão ajudar a propagar as nossas premissas e a contribuir para o melhoramento do ser humano, seu alvo primordial.
Algumas comunidades, como as de bairro e os municípios, organizam-se para ações específicas na direção desses objetivos e de muitos outros de seu interesse próprio. O maçom participará dessas iniciativas sempre que for chamado, seja como integrante dos poderes públicos, seja como cidadão capaz de oferecer seus esforços e recursos para o atingimento do fim traçado. Mesmo que não declare, de público, a sua condição de maçom, o obreiro deve proceder, opinar e votar, sempre, de acordo com a sua consciência e à luz inspiradora dos nossos ensinamentos. É nesses momentos que ele tem que ter em mente as várias oportunidades em que, ajoelhado ante o Livro da Lei e seus irmãos, ele assumiu, livremente, o compromisso de sempre defender, propagar e incentivar os princípios basilares que a Ordem o fez compreender e adotar.
Citemos, ainda, um papel de notável importância, que é o que o maçom desempenha ao participar das atividades beneficentes e solidárias, seja da sua Loja, por iniciativa desta, seja das organizações beneficentes não maçônicas, como Rotary Club, Lions Club, Cruz Vermelha e outras tantas existentes em sua comunidade. Atuar com elas e através delas em ações beneficentes e de solidariedade é um salutar exercício dos princípios maçônicos e uma oportunidade ímpar de ser útil à sociedade, ainda que, aparentemente, o que quer que tenha feito lhe pareça pouco. Pode ser pouco, se considerado do ponto de vista de quem faz, individualmente, mas é muito, se temos a perspectiva de quem se beneficia dessas ações, sempre pessoas carentes de quase tudo, principalmente de amor e calor humano.

  1. Conclusão
Vimos, então, que o Maçom não tem um, mas sim, muitos papeis a desempenhar na sua comunidade, no seu meio social, na sua cidade. Ele é o portador de uma mensagem oculta nas suas ações, atitudes e iniciativas, servindo como um portador de comportamentos que servirão de modelo para os que o cercam. Ele atua individualmente, no seu trabalho, nas suas horas de lazer e descanso, na sua família e entre os seus amigos. Também age como ser social, incorporado àquelas instituições que tratam de resolver os problemas da sociedade, agindo em conjunto com os poderes públicos e as organizações não governamentais, em benefício do bem-estar coletivo e da paz social. E opera nas ações de beneficência, como integrante das forças que trabalham para mitigar as necessidades dos menos afortunados.
Através das iniciativas da sua Loja, o Maçom pode, de alguma forma, ser partícipe da construção de um mundo melhor. Para isso, deve decidir-se por não se omitir, não dar de ombros, como se tais programas não fossem da sua conta. Deve oferecer-se, voluntária e espontaneamente para o trabalho maçônico de produzir o bem em todas as suas expressões, na forma e intensidade que a Loja identificar como possível e necessária, participando no planejamento, na execução e na avaliação de tudo o que for feito, lembrando-se, sempre, de que, afinal, somos todos filhos do mesmo Pai, que nos concedeu uma chispa de Sua divina Luz para que compreendamos nosso verdadeiro papel social: o de mensageiros da Verdade e do Bem.

José Prudêncio Pinto de Sá - M. I.- GOB
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CAMPANHA DA FRATERNIDADE APROXIMA MAÇONARIA E IGREJA


Arcebispo de Porto Alegre Dom Dadeus Grings falou na Loja Maçônica Honra e Trabalho, onde estiveram representantes de diversas religiões

Em uma sessão magna pública realizada na Loja Maçônica Honra e Trabalho, o prefeito de Carazinho Aylton Magalhães, o Grão Mestre do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, José Firmino, o pároco da igreja Bom Jesus, João Gheno Neto e representantes de diversas religiões, além de várias pessoas da sociedade prestigiaram a palestra do arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings. Após a abertura, realizada a portas fechadas, os convidados passaram por baixo de espadas para entrar no local. O mestre de cerimônias conduziu o arcebispo para abrir a Bíblia (Livro da Lei para os maçons). Ele convidou a todos para fazer uma reflexão sobre a Campanha da Fraternidade, que fala sobre ecologia e tem como tema “Fraternidade e a Vida do Planeta”.


A iniciativa de convidar Dom Dadeus partiu de Firmino. “É uma demonstração pública que maçonaria e igreja são compatíveis. Tivemos um tempo de separação, mas estamos retomando esse passo importante, uma vez que a maçonaria é uma instituição filosófica e ao mesmo tempo religiosa. A Bíblia sempre é lida na loja maçônica e Dom Dadeus Grings está aqui nos dando à honra de falar sobre a visão maçonaria-igreja. A ideia de trazer Dom Dadeus para Carazinho, também é do Luciano Feldmann”, destaca Firmino.

Dom Dadeus começou sua explanação falando das quatro relações do ser humano. “A primeira é consigo mesmo; a segunda é com o mundo em que vivemos; a terceira é com as pessoas e a quarta é com Deus, que são conquistas. Se não funcionar o último, os outros também não estarão corretos”, completa o arcebispo, dizendo que Deus diz e faz, ao contrário de muitos homens. “Os seres humanos às vezes falam e não fazem, enquanto que a palavra de Deus está criada, também através da natureza. Tanto que disse, para os que não acreditavam em suas palavras que olhassem suas obras”, observa.

Em um outro momento ele relata sobre a industrialização que acabou interferindo na natureza. “Fizemos um mundo artificial, onde foram criadas dificuldades. Antigamente tudo era reaproveitado, hoje passamos a produzir mais lixo e tudo foi acumulando e não se transformando. Há anos foi calculado que existiam armas suficientes para destruir 25 vezes o Mundo, por isso ele corre risco, seja através da arma seja através do lixo”, lamenta.


(Dom Dadeus Grings falou sobre ecologia)
 
 
APROXIMAÇÃO ENTRE IGREJA E MAÇONARIA
 
Para o arcebispo a aproximação com a Maçonaria é resultado de uma época de diálogo. “Principalmente a partir do Concílio Vaticano, a igreja começou uma conversa com toda a sociedade. Então podemos dialogar com todas as entidades, que não é refutar o outro nem sucumbir à posição do outro, mas primeiro conhecer a diferença de cada grupo. Até porque não temos o mesmo pensamento de 50 anos atrás, pois de lá para cá muita coisa mudou. Na sociedade, temos muitas entidades que trabalham pelo bem comum, e vamos trabalhar juntos para que possamos somar, respeitando as diferenças”, enfatiza. Sobre a palestra ele compara a situação do planeta a uma febre.  “Percebemos a reação do planeta ao crescimento da temperatura: está com febre. Então o que fazer? Devemos saber o que está acontecendo, ver qual é a nossa culpa como seres humanos, onde temos recursos enormes para trabalhar o universo. Primeiro, temos que conscientizar a nossa população e todas as entidades que trabalham nesse campo são convidados a participar desse grande debate”, destaca.

Ao final da palestra, Dom Dadeus foi presenteado com a miniatura do Bombeador (um dos símbolos de Carazinho). Após, todos os presentes participaram de um jantar de confraternização.

Redação Carazinho

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O TAPETE DO RITO SCHRÖDER


www.brasilmacom.com.br - O TAPETE DO RITO SCHRÖDERO Tapete tem origem na Maçonaria Operativa, usado para substituir os riscos que eram feitos no chão das tabernas, contendo os Símbolos do Grau que a Loja iria funcionar. Antigamente sabia-se que uma taberna abrigava uma reunião maçônica por dois motivos: os riscos no chão e o estandarte colocado do lado de fora.

No Ritual de Schröder o Tapete já estava estendido quando os Irmãos adentravam no Templo e as três Colunas, com as Pequenas Luzes eram colocadas sobre o Tapete. Para Schröder o tapete não era uma peça com expressão ritualística. Somente depois de vários anos é que passou a enrolar e desenrolar o Tapete, permitindo-se que uma questão de cunho esotérico fosse justificada. E trata-se da seguinte:

- Deve ser desdobrado do Oriente para o Ocidente, de modo que a primeira Luz do Sol nascente incida sobre a parte oriental do Tapete.

- Dobrado também do Oriente para o Ocidente, de modo que os últimos raios do Sol poente incidam sobre a sua parte Ocidental.

- Naturalmente, o Tapete, após o encerramento da Sessão, ficou enrolado ao contrário para a próxima reunião, devendo ser reenrolado para a posição certa antes  da próxima Sessão.
 
O Tapete representa o Painel Simbólico da Loja para os três Graus. É chamado da Planta do Templo de Salomão. E seus desenhos representam o alicerce de nosso trabalho espiritual.

    - Jóias Móveis: O Esquadro, o Nível e o Compasso
    - Jóias Fixas: A Pedra Bruta, a Pedra Polida e o próprio Tapete, que substitui a Prancha ou Painel
    - Simbolismo do 1º Grau: o Alvião, que contém o Malho e o Cinzel e a Régua de 24”
    - Simbolismo do 2º Grau: a Trolha
    - Simbolismo do 3º Grau: o 47º Postulado de Euclides
    - Símbolos diversos da Ordem: Pavimento Mosaico ( Tijoletas )  e Abóbada Celeste

Ir:. Sérgio Sanna
Sob:. G:.M:. da Grande Loja Maçônica do Brasil – GLOMAB – Oriente de SP
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ARQUÉTIPOS E MITOS


www.brasilmacom.com.br - ARQUÉTIPOS E MITOS
Uma técnica tão antiga quanto o ritual, que envolve o uso de símbolos, é a ativação e manipulação de arquétipos. De acordo com o psicólogo alemão Jung, arquétipo é uma experiência, ou um padrão de experiência, básica, comum a toda a humanidade.

A linguagem é um produto do intelecto e da racionalidade, mas os arquétipos e os padrões de arquétipos transcendem o intelecto e a racionalidade. Consequentemente, em geral é por meio de símbolos que eles encontram sua expressão mais direta, porque um símbolo não faz apelo apenas ao intelecto, mas despertam os níveis mais profundos da psique, o que os psicólogos chamam de “inconsciente”.

Os símbolos podem operar isoladamente ou em conjunto, produzindo um conjunto de efeitos. Quando organizados numa narrativa coerente, ou num enredo, os símbolos se tornam o que chamamos “mito”. A palavra “mito” não deveria ser usada no sentido de ficção ou fantasia, pois ela implica ao contrário, algo extremamente mais complexo e mais profundo.

Os mitos não foram criados simplesmente para entreter, mas para explicar as coisas, para justificar a realidade. Para os povos antigos – babilônicos, celtas, gregos, egípcios, etc. – mito era sinônimo de religião, o que abrangia o conhecimento humano, o que classificamos de ciência, filosofia, psicologia, história, etc.

Como os símbolos que o compõem, um mito pode ser pessoal ou coletivo. O mito pessoal dispensa comentários, pois todo o homem tem sua própria explicação da realidade, com base em experiências, aventuras ou episódios de infância, que na memória assumem proporções míticas. Todos conhecem o relevo que amigos ou pessoas amadas ausentes chegam a assumir na nossa mente, alguns traços marcantes que despertam forte reação emocional.

Num nível coletivo, pode haver figuras que gozam de uma condição mítica, mesmo quando estão vivas, intensificando-a em virtude de sua morte. A maioria dos mitos coletivos tem tanto um aspecto arquetípico quanto um aspecto puramente tribal.

Um mito arquetípico reflete certas constantes universais da experiência humana. Uma virtude singular do mito é que ele pode ser usado para unir pessoas, ao ressaltar o que elas têm em comum.
Os mitos tribais, em contrapartida, enfatizam não o que os homens têm em comum, mas o que os separa. Em vez de levar ao auto-conhecimento, os mitos tribais apontam para fora, buscando um bode expiatório, um adversário externo para lançar sobre suas costas tudo o que se quer repudiar. Tudo o que o inimigo é, nós não somos. Tudo o que o inimigo não é, somos.

Ao longo da história, as religiões se valeram de mitos e, na maioria das vezes, usaram essencialmente o mesmo mito, enfatizando seus aspectos tribais ou arquetípicos, para gerar confiança e, em troca, conferir um sentido para sua existência.

Um dos motivos simbólicos e míticos de mais forte ressonância é o do apocalipse. Por vezes é empregado como arquétipo para induzir, como uma preliminar para o “juízo final”. Por vezes é apresentado como explicação para os mais variados males reais, imaginários ou previstos. Por vezes é usado para intimidar as pessoas, para tirar proveito de sua culpa, quebrar sua resistência e arrancar confiança. Por vezes é utilizado de maneira tribal, criando uma pretensa elite dos que asseguram sua “salvação”, em contraste com a massa dos “condenados”. E por vezes chega a servir de pretexto para a perseguição dos supostos “condenados”, como aconteceu no período da Inquisição.

Segundo Jung, um mito está para a humanidade geral assim como o sonho está para o indivíduo. O sonho mostra uma verdade psicológica para a pessoa, em contrapartida, o mito mostra uma verdade que se aplica a toda humanidade. O homem só se renova pela essência; as imagens míticas constituem o veículo para que os padrões arquetípicos do inconsciente coletivo se manifestem no consciente do ser humano e o ajudem no seu processo de transformação.

Bibliografia: “A Herança Messiânica”, Editora Nova Fronteira.

Ir.·. Pedro Juchem
A.·. R.·. L.·. S.·. Venâncio Aires II, nº 2369
Or.·. Venâncio Aires RS
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