quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O EVANGÉLICO E A MAÇONARIA

Colaboração do Ir.'. Apr.'.M.'. Hemetério Aurino


Quando eu ainda era jovem, estudei em um colégio religioso; e por sinal um excelente educandário. Lá, dentre as muitas orientações que repassavam para os alunos, uma delas era que o evangélico (protestante) não pertencia a Deus, e sim, ao Diabo.
Passados alguns anos, conhecendo melhor o evangelismo, conclui que o evangélico fiel e obediente também pertence a Deus tanto quanto aqueles religiosos. Haja vista, que tive o privilégio de me tornar um evangélico. 
 
Hoje, ouve-se dizer que certas religiões não aprovam os princípios maçônicos e alegam, inclusive, que a Maçonaria é de origem satânica, e que os maçons pertencem ao Demônio. 
Infelizmente muitos evangélicos fazem coro com aquelas outras religiões, pregando a mesma coisa, isto é, que a maçonaria é diabólica e que os maçons são de Satã. Certo escritor protestante até já chegou a dizer que o evangélico maçom é um falso crente. 
 
Outros evangélicos vão mais longe. Dizem eles que a Maçonaria promove a idolatria, afirmando que "ela admite um tal de ''São João da Escócia" ou "São João de Jerusalém" como padroeiro, e abre os seus trabalhos em seu nome." 
Realmente a Maçonaria abre seus trabalhos em nome de São João, como padroeiro. Mas os críticos se esquecem de que padroeiro, segundo Aurélio, é o mesmo que patrono. E patrono é aquele que serve de exemplo, que é espelho, modelo ou paradigma. 0 Exército Brasileiro tem o seu patrono, o Duque de Caxias, e nunca se viu nenhum evangélico deixar de seguir a carreira militar por ter o Caxias como patrono. Tem mais, em toda solenidade de formatura, sobretudo, de curso superior, existe alguém como patrono; e jamais soube-se que um evangélico se omitisse em participar daquele ato porque lá estivesse a figura de patrono. 
Há evangélico anunciando por aí que a Maçonaria é religiosamente sincretista. Não é verdade. Para se ingressar na Maçonaria o candidato necessita, sim, professar uma religião. Com isso o maçom pode e dever pertencer a um segmento religioso. E isso não demonstra sincretismo religioso. Pelo contrário, vem provar que a Maçonaria não é religião mas aceita nos seus quadros a convivência de todos os credos religiosos. 
Porém não é somente na Maçonaria que os integrantes de vários credos religiosos se inter-relacionam. Não. Nas repartições públicas ou privadas, nos bancos ou em quaisquer outros órgãos, vamos encontrar funcionários dessas instituições professando as mais diversas crenças. E no entanto, ninguém é discriminado ou escandalizado pelo seu princípio de fé ou crença. Geralmente todos trabalham na mais perfeita harmonia e ordem, relacionando-se muito bem entre si. 
A Maçonaria é também censurada por determinados evangélicos quanto aos, segredos maçônicos. Esses crentes dizem que na Igreja Evangélica nada há em oculto, tudo é feito à vista de todos, e as suas reuniões privativas nada têm de secretismo." 
 
Todavia a Bíblia não diz assim e a prática não confirma tal afirmação. As Sagradas Escrituras, em Mateus - 8:4, registram: "Disse então Jesus ao leproso que havia curado: Olha, não digas a ninguém, mas vai e mostra-te ao sacerdote ...". Ainda em Apocalipse -10:4 está escrito.. "Guarda em segredo as cousas que os sete trovões falaram, e não as escreve". Há também assuntos tratados no seio das igrejas que não são levados ao conhecimento público da congregação; sobretudo nas chamadas reuniões privativas, as quais, entende-se, são a mesma coisa que secretas. 
Portanto as referências ora mencionadas são exemplos de segredo ou sigilo. As primeiras os evangélicos devem conhecer, pois são bíblicas. E as outras, especialmente os líderes, com certeza as praticam em suas reuniões administrativas particulares e privativas. 
A maçonaria também é criticada por alguns protestantes pela adoção dos símbolos. 
Na realidade existem muitos símbolos maçônicos. Todavia, todos eles têm os seus significados específicos, como a Estrela Radiante, que é o emblema da Divindade; e tantos outros, os quais vão sendo conhecidos de acordo com os graus atingidos pelo maçom. 
Por outro lado, no mundo profano também encontram-se vários símbolos, dentre eles, a Bandeira Nacional que é o símbolo da Pátria; a balança no direito, simbolizando a Justiça; e muitos outros. 
A Bíblia, por sua vez, mostra também, muitos e muitos símbolos, tais como o arco-íris, símbolo que representa uma aliança entre Deus e os homens, e ainda a beleza, respectivamente (Gênesis - 9:13 e Apocalipse - 4:3), o cavalo, símbolo da força (Apocalipse - 6); o dragão, simbolizando Satanás (Apocalipse - 13). Há inúmeros outros símbolos contidos no Livro Sagrado. 
Existem evangélicos afirmando que a Maçonaria é uma Instituição Pagã. Aí há mais um erro por eles cometido. Pois os trabalhos em uma loja maçônica são abertos invocando o auxílio do Supremo Arquiteto do Universo, que é o próprio Deus. E esse Supremo Arquiteto é relatado em Hebreus - 11:3 e 10, e Jeremias - 10:12. Pois em toda abertura dos trabalhos lê-se um texto no Livro da Lei (Bíblia), de conformidade com o grau em que estão sendo realizados os trabalhos. 
E tem mais, pode-se afirmar que existe dentro da Maçonaria um respeito muito grande entre os irmãos quanto aos seus princípios ideológicos, culturais e acima de tudo religiosos. 
Finalizando, quero testemunhar que há mais de quarenta anos sou evangélico, e tenho plena convicção que, graças a Deus, não sou do Diabo, como antes ouvia afirmar. Outrossim, há aproximadamente quinze anos sou maçom, e me sinto também confiante de que não pertenço a Satanás como muitos afirmam por aí, mas a Deus, o Supremo Arquiteto do Universo. 
 
Portanto, irmãos, o evangélico pode e deve ser um maçom, acima de tudo justo, verdadeiro e eficiente.


NILSON RIBEIRO LEITE
Loja 
Maçônica Luz no Horizonte
Grande Oriente do Estado de Goiás

sábado, 17 de janeiro de 2015

5 MOTIVOS PARA NÃO SER MAÇOM

1) Influência Política – Poder

Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria Universal, pelo menos a Maçonaria Regular, não detém mais influência no Poder Político, como ocorreu no passado, do que qualquer outra instituição social, a exemplo das igrejas praticantes dos mais variados credos religiosos, sindicatos classistas, movimento dos “sem-terra” e outros do gênero, porque a Maçonaria nada tem a ver com política partidária, nem com os políticos inescrupulosos que infestam a sociedade, nos dias de hoje. A única influência que a Maçonaria pode exercer, nesse sentido, quando age e pensa como Maçonaria, é apenas a influência de ordem moral, pelo exemplo efetivo dos seus membros, por meio da aplicação dos seus princípios fundamentais, apregoados ao longo dos séculos. Engana-se, pois, quem pensa que, ao agregar-se à Maçonaria, através dela, pelo respeito que ela ainda inspira, terá livre acesso aos corredores do Poder.
Aliás, uma das coisas que o maçom logo observará, quando fizer uso do bom senso e da sabedoria Maçônica, é que esse famigerado Poder é mais ilusório do que real, além de efêmero e corruptor dos bons costumes, com o esclarecimento adicional de que, num ambiente democrático qualquer, conscientemente, deverá ficar bem claro que o Poder só conferirá autoridade àquele que os demais indivíduos membros admitirem reconhecer e permitir. Em Loja Maçônica Regular, entretanto, o detentor do Poder e condutor das decisões, em razão da autoridade conferida pelos seus membros ativos, é o Venerável Mestre, com a observação oportuna, de que todos os Mestres que sentam na Cadeira do Rei Salomão, paradoxalmente, não possuem mais direitos do que o Aprendiz mais recente, mas têm, em contrapartida, mais responsabilidades e deveres de que todos os demais Mestres.
Ante o exposto, conclui-se, então, que quem busca o perfume do Poder, sem a busca, em primeiro plano, do fiel cumprimento dos seus deveres Maçônicos, inclusive sem a consciência de quais sejam as suas responsabilidades, como “parcela ativa” da sociedade, esse certamente não encontrará apoio e guarida na Maçonaria, porque na Maçonaria, ao contrário do que ocorre no mundo profano, a maior autoridade tem o nome de humildade e é reconhecida como aquela que serve, que transpira fraternidade, age com honestidade e fomenta a harmonia.

2) Influência econômica – Negócios e Dinheiro

Quem pensar que o ingresso na Maçonaria possa representar uma “porta aberta”, para se obter contato com as pessoas economicamente influentes, realizar bons negócios e, desse modo, propiciar condições para “subir na vida”, pense outra vez, pense melhor até, pois se esse for mesmo o seu propósito, poupe-se ao trabalho e às despesas consequentes, porque dentro da Maçonaria jamais conseguirá fazer negócios diferentes daqueles que faria, estando fora dela. O que todos lhe pedirão, aqui na Maçonaria é que dê algo de si, continuadamente, em prol dos seus semelhantes, sem mesmo cogitar em retorno algum de ordem material e benefícios de ordem pessoal, de qualquer natureza, porque todos os negócios praticados na Maçonaria, estão sempre relacionados com a elevação moral e espiritual dos seus membros, através da busca incessante pela sublimação do espírito sobre a matéria e engajamento efetivo dos seus obreiros, no projeto de se construir um mundo social melhor, mais fraterno e mais justo.

3) Influência social – Honrarias e Reconhecimento

Na Maçonaria Regular, como se sabe, todos os seus membros ativos usam aventais, colares, joias, emblemas e comendas diversas, mas o verdadeiro maçom considera todos esses utensílios, uns como vestimentas úteis e necessárias à prática da ritualística Maçônica, outros como meros adereços pessoais, sem qualquer significação simbólica ou esotérica, com a observação oportuna, inclusive, a bem da verdade, que o único avental que todos os maçons podem usar, independentemente do seu grau e qualidade, no âmbito da Maçonaria simbólica, é o avental do Aprendiz Maçom, com a sua simbologia única, cuja brancura e pureza devem ser preservadas, nunca conspurcadas pela prática de ações censuráveis, ilícitas ou indignas, de qualquer natureza. As diferenças entre o avental mais rico, o avental bordado e o mais colorido deles, se comparado com o avental branco utilizado pelo Aprendiz Maçom, são só os preços cobrados pelos seus fabricantes, porque todos eles são igualmente importantes e indispensáveis, de uso obrigatório, em todas as solenidades ritualísticas.
Por outro lado, um maçom regular não deve ser diferente do outro, no cumprimento dos seus deveres Maçônicos, tampouco deve utilizar a autoridade de que é detentor, para usufruir de privilégios especiais, que não sejam os de reconhecimento fraterno e de respeito à autoridade conferida pelo seu cargo, sem a reprovável prática de culto à sua profissão, distinção econômica ou posição cultural, exceto nas múltiplas relações iniciadas ainda no mundo profano, porque o tratamento a ser dispensado, nessas ocasiões, será mesmo o apropriado à sua autoridade profana, mesmo quando se tratar de maçom. Ser reconhecido simplesmente como “Irmão maçom”, em todos os casos, enfim, é a maior honraria recebida pelo obreiro, independentemente do seu status social, profissional ou cargo Maçônico que ocupe na instituição.

4) Beneficência – Ajuda ao Próximo

O maçom bem intencionado, que, porventura procure no seio da Maçonaria, que insista na procura de um instrumento ou de uma maneira de, como dar vazão ao seu desejo impulsivo de ajudar ao próximo através de movimentos eminentemente beneficentes e, se for essa a única e principal razão que o move em direção da Maçonaria, esse maçom também está muito enganado. Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam privilegiadas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existência da Maçonaria, porque a Solidariedade e a Beneficência Maçônica, é um subproduto consequente de um trabalho organizado e comprometido com o bem-estar da humanidade, nunca a causa principal da sua existência, sob pena de se ver prejudicada a sua finalidade primordial. Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado e nada mais do que isso, seja maçom ou não, o melhor que ele pode fazer é desenvolver esse trabalho meritório em organizações beneficentes vocacionadas, como Lions, Rotary, Associações etc. e mesmo sem se juntar a qualquer organização, certamente encontrará na sua rua ou na sua localidade alguém que necessita da sua ajuda. E em sendo maçom no seu propósito de auxiliar sempre ao seu Irmão necessitado, em tudo aquilo que for necessário e justo, sem prejuízo seu, de seus familiares e de seu trabalho.

5) Curiosidade – Conhecer o “Segredo Maçônico”

Se a curiosidade, estimado irmão, tem sido o combustível que tem alimentado o seu desejo de continuar maçom, em detrimento da busca permanente pela sua elevação moral e espiritual, por meio do aperfeiçoamento dos costumes e prática constante da verdadeira fraternidade, como tem ensinado a Sublime Instituição, então não se iluda mais, mude de atitude logo, porque enquanto pensar desse modo, será um obreiro fadado ao insucesso e à indiferença, essa doença insidiosa e letal, que tem atacado as nossas colunas e ceifado a muitos, sem esquecer de que, distante desse espírito maléfico de curiosidade que o envolveu, somente o trabalho, a persistência, a determinação e o querer converter-se em legítimo construtor social, aliado ao respeito pelas nossas tradições, autoridades legalmente constituídas e sistema normativo em uso, somente nessa condição, o Irmão poderá incorporar o modelo de maçom vitorioso e de obreiro que sabe praticar, eficazmente, a verdadeira Maçonaria.
Portanto, caro curioso, se é a curiosidade que o move a ser maçom, esqueça! Há outros meios de o satisfazer! E, afinal, se o que pretende é apenas conhecer como pensam, o que fazem e de que tratam os maçons, nem sequer precisam se incomodar muito: basta-lhe entrar na Internet e continuar lendo os diversos e inumeráveis sites Maçônicos.

Fonte: revistauniversomaconico.com.br

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A CONDUTA DO MAÇOM

Qual o estado de ânimo do maçom ao chegar a Loja?
1º - Cumprimentar seus irmãos com alegria e ser amável ao abraçar cada um, demonstrando a satisfação em participar daquela reunião.

2º - Se necessário, ajudar na preparação da loja e aproveitar a oportunidade para ensinar aos aprendizes os porquês de cada
objetivo e seu significado.

3º - Procurar cumprir e estimular os Irmãos para que a reunião tenha início no horário previsto.
4º - Abandonar os problemas ditos "profanos" antes de entrar na sala dos passos perdidos.
5º - Tudo o que for realizar, faça com amor e gratidão, pois muitos desejariam estar participando e não podem.
Lembre-se: MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ (SABER-QUERER- OUSAR-CALAR)

Você pretende ir à Loja hoje?

1º - Sua participação será sempre mais positiva quando seus pensamentos forem mais altruísticos.
2º - Participação positiva será daquele que, com poucas palavras, conseguir contribuir muito para as grandes realizações.
3º - Ao falar, passe pelo crivo das "peneiras", seja sempre objetivo e verdadeiro em seu propósito. Peneiras: 1)Verdade 2) Bondade 3) Altruísmo.

4º - Às vezes um irmão precisa ser ouvido; dê oportunidade a ele para manifestar-se.
5º - Falar muito quase sempre cansa os ouvintes e pouco se aproveita. Fale pouco para que todos possam absorver algo de importante e útil que você tenha a proferir.


Entendendo meus irmãos.

1º - Eu não posso e não devo fazer julgamentos precipitados daqueles que comigo convivem.
2º - Estamos todos na escola da vida aprendendo a relacionar-nos uns com os outros, e o discernimento é diferente de pessoa para pessoa.
3º - Quanta diversidade existe nas formações individuais. Desejar que o meu Irmão pensa como eu é negar a sua própria liberdade.
4º - Temos a obrigação de orientar, ensinar, mas nunca impor pontos de vista pessoais inerentes ao nosso modo de ver, sentir e reagir.
5º - Não é por acaso que nos é sempre cobrada a tolerância. Devo aprender a ser tolerante primeiro comigo mesmo e, então, estende-la aos demais.

Dia de reunião! Você já sabe o que tem a fazer?

1º - Hoje é dia de reunião, vou dar uma lida no meu ritual para não esquecer os detalhes!
2º - Mesmo que eu já saiba de cor o ritual, não devo negligenciar meu cargo ou minha função em Loja.
3º - Se o irmão cometer alguma falha, corrija: se possível, com discrição, sem fazer disso motivo de chacota e gozação.
4º - Quando a cerimônia é desenvolvida por todos de forma consciente e com amor, todo o ambiente reflete a atmosfera de paz e tranqüilidade entre todos.
5º - O ritual deve ser cumprido em todos os seus detalhes. Quando participado com boa vontade, tudo fica mais belo, sem falhas, sem erros, proporcionando um bem estar geral.


Como devo me apresentar em loja?

1º - O templo é o lugar onde acontece a reunião dos Irmãos imbuídos do desejo de evoluir e contribuir para a evolução dos demais.
2º - Valorizar a reunião, apresentar-se com sua melhor roupa, ou seja: Despido de toda maldade, manter os pensamentos nobres e altruísticos, valorizando cada Irmão e cumprindo com todas as regras existentes.
3º - Traje limpo, com bom aspecto, revela a personalidade de quem o usa e influenciará diretamente no relacionamento entre os participantes daquela reunião. Tomemos cuidado, pois!
4º - Aquele que é fiel no pouco será fiel no muito, aquele que é infiel no pequeno será igualmente infiel no grande. Cuidado com os relapsos, eles não respeitam nem a si próprio!
5º - Bom seria que todos fossem responsáveis; cabe a cada um de nós criticar construtivamente, visando sempre ao progresso do Irmão imaturo cujo comportamento nos causa constrangimento.

Elegância.

1º - Como é gratificante constatarmos a elegância de um Irmão; verificar em seu comportamento a expressão de uma educação fina e irrepreensível.
2º - É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
3º - A elegância deve nos acompanhar desde o acordar até a hora de dormir; devemos manifestá-la sempre, nos mais simples relacionamentos, onde não existam fotógrafos nem câmeras de televisão.
4º - Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando para só depois mandar dizer se atende.
5º - Se os amigos, os Irmãos, não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfruta-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe, não é frescura. É A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO!

O Iniciado

1º - Quando vossos olhos se abriram para a verdadeira luz, uma infinidade de objetos, novos para o vosso entendimento, atraiu a vossa atenção.
2º - As diversas circunstâncias que rodearam a vossa recepção, as provas a que fostes submetidos, as viagens que vos fizeram efetuar e os adornos do templo em que vos encontraste, tudo isso reunido deveria ter excitado a vossa curiosidade, e para satisfazê-la não há outro caminho senão o da busca do conhecimento e da verdade.
3º - A maçonaria, cuja origem se perde na noite dos tempos, teve sempre por especial escopo agremiar todos os homens de boa vontade que, convencidos da necessidade de render sincero culto à virtude, procuram os meios de propagar o que a doce e sã moral nos ensina.
4º - Como esses homens desejam trabalhar nessa obra meritória com toda tranqüilidade, calma e recolhimento, reúnem-se para isso nas Loja Maçônicas.
5º - Os verdadeiros Maçons trazem constantemente na sua memória não somente as formas gráficas dos símbolos maçônicos, como, e muito principalmente, as grandes verdades morais e científicas que os mesmos representam. Sejamos então todos verdadeiros.


Livre e de bons costumes.

1º - Para que um candidato seja admitido à iniciação, a Maçonaria exige que ele seja "livre e de bons costumes".
2º - Existindo os servos, durante a idade média, todas as corporações exigiam que o candidato a Aprendiz para qualquer ofício tivesse nascido livre", visto que, como servo ou escravo, ele não era dono de si mesmo.
3º - De bons costumes por ter orientado sua vida para aquilo que é mais justo, mais elevado e perfeito.
4º - Essas duas condições tornam o homem qualificado para ser maçom e com reais possibilidades de desenvolver- se a fim de tornar-se um ser perfeito.
5º - Verdadeiro Maçom é: "Livre dos preconceitos e dos erros, dos vícios e das paixões que embrutecem o homem e fazem dele um escravo da fatalidade.

O que não devo esquecer.

1º - A maçonaria combate a ignorância, de todas as formas com que se apresenta.
2º - Devo cultivar o hábito da leitura para enriquecer em conhecimento, ajudar de forma consciente todos aqueles que estão a minha volta.
3º - Estar atento e lembrar sempre a meus irmãos que um maçom tem de ter uma apresentação moral, cívica, social e familiar sem falhas ou deslize de qualquer espécie.
4º - Não esquecer: as palavras comovem, mas os exemplos arrastam! Tenho, como Maçom que sou, de servir sempre de exemplo, em qualquer meio que estiver.
5º - Lutar pelo princípio da equidade, dando a cada um, o que for justo, de acordo com a sua capacidade, suas obras e seus méritos.

O tronco de beneficência.

1º - Possui várias denominações, como: Tronco de solidariedade, de Beneficência, dos Pobres, da Viúva, etc.
2º - A bolsa é conduzida pelo O Comissário de Caridade (Charity Steward), que faz o giro oferecendo a bolsa aos Irmãos sem olhar para a mão que coloca o óbolo.
3º - Contribuir financeiramente para a beneficência é um dos deveres mais sérios de todo maçom, uma vez que, junto com o seu óbolo, lança os "fluidos espirituais" que o acompanham, dando afinal muito mais que os simples valores materiais.
4º - "Mais bem aventurado é o que dá, do que o que recebe", é um preceito bíblico que deve estar sempre em nossa mente.
5º - Quando colocamos o nosso óbolo, devemos visualizar o destinatário, enviando-lhe nosso carinho e votos de prosperidade.

Fonte: evolucao3.com.br

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O VENERÁVEL E A LIDERANÇA

Por Anatoli Oliynik

A liderança pode ser considerada como uma das funções mais importantes e mais difíceis de serem exercidas em qualquer atividade humana.
Nas Lojas maçônicas a liderança do Venerável Mestre é de fundamental importância para a direção dos trabalhos, realização de projetos, dinamismo e união dos Irmãos, até porque cada maçom em particular se considera um líder e o confronto de líderes pode gerar conflitos.
É importante, também, distinguir liderança e autoritarismo. São concepções distintas. O autoritário é impositivo, dominador, arrogante, despótico e se impõe pelo poder que detém. O líder, por sua vez, é ético, confiável, sensato, cheio de energia, humilde, ansioso por aprender e se destaca pela competência em tratar com pessoas e com coisas.
Afinal, o que é liderança e qual a razão do tema?
Liderança é a capacidade de fazer com que todos remem na mesma direção, estimulados por um objetivo comum a todos.
É exatamente isto que os membros de uma Loja precisam fazer: remar na mesma direção, estimulados pelo Venerável Mestre.
O assunto está sendo abordado por um motivo muito simples. Fui inquirido por um Irmão se possuía algum material que pudesse ser utilizado numa loja maçônica no sentido de ensinar liderança ao Venerável Mestre. Disse-lhe que possuía um projeto operacional capaz de orientar a loja no estabelecimento de sua visão, missão, objetivos estratégicos etc. e que poderia ser de grande utilidade para a loja. Entretanto, percebi que o Irmão queria, efetivamente, era algum material relacionado diretamente com o tema liderança.
Alguns maçons quando são eleitos Veneráveis Mestres de suas lojas e após assumirem os seus cargos, presumem que serão seguidos, naturalmente, pelos irmãos do quadro. Este é o primeiro engano.
Outros, acreditam que a leitura de livros sobre liderança os tornarão aptos para o exercício da função de Venerável Mestre. Segundo engano.
Muitas pessoas que desejam se tornar líderes, compram livros e assistem a seminários na esperança de alcançarem seus objetivos. Essas iniciativas geram um sentimento de satisfação nelas mas, na prática, a liderança acaba sendo o resultado das ações conduzidas por uma pessoa. Por este motivo, ao invés de oferecer àquele irmão o material sobre liderança, ofereci a ele um projeto operacional capaz de dar rumo a loja, desde que haja participação e comprometimento de todos os membros do quadro na sua implementação. Se o resultado de um projeto desses ou de outro qualquer for positivo e aceito por todos, fará com que o condutor do projeto, no caso o Venerável Mestre, seja considerado por todos os irmãos do quadro e de outras lojas, um líder.
Por outro lado, é possível, também, pesquisar as biografias dos grandes líderes e procurar pistas sobre suas habilidades, entretanto, os benefícios desse esforço serão ínfimos porque os autores desses livros biográficos descrevem apenas o que os líderes realizaram, mas não descrevem como e porque o realizaram. Na verdade, os próprios líderes pouco dizem como tornar-se um líder, porque não existe fórmula alguma para liderança. Há uma frase célebre: "Não importa o que o líder faz, mas sim o que o líder é". O próprio líder não consegue reconhecer suas características individuais e que fazem com que as pessoas o sigam, mas as pessoas respondem a essas características. Portanto, somente observações ao longo dos anos podem tornar esta perspectiva nítida.
O líder, por sua vez, deve utilizar não só a cabeça, mas também o coração. A liderança, em sua essência, deve tocar o coração e a alma. Ela está, quase sempre, fundamentada em uma conexão emocional e não racional.
Philip Crosby tem uma definição de liderança muito interessante que é a seguinte:


"Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações conduzidas por pessoas sejam planejadas, para permitir a realização do programa de trabalho do líder."


Adaptando esta definição para a linguagem maçônica, poderíamos ter algo assim:


Liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelos Irmãos da Loja sejam planejadas para permitir a realização do plano de trabalho do Venerável Mestre.


Precisamos desdobrar alguns elementos da definição para tornar a mensagem mais compreensível.

"Deliberadamente" significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claros na mente de todos os Irmãos. Significa, ainda, que o Venerável Mestre deve escolher cuidadosamente os membros para compor sua Diretoria e que conduza todos numa mesma direção..
"Ações executadas pelos Irmãos" significa que os objetivos e metas devem ser alcançados por meio de ações empreendidas por todos os Irmãos e não ações executadas por um pequeno grupo deles.
"Planejadas" significa programar uma seqüência de eventos que permita que os Irmãos saibam, exatamente, aquilo que vai acontecer e o que se espera que cada um faça.
"Plano de trabalho do Venerável Mestre" refere-se às realizações específicas que o Venerável realmente deseja.
Portanto, caros Irmãos, para o exercício pleno da liderança é preciso seguir alguns princípios fundamentais:

  1. Um programa de trabalho claro e definido.
  2. Uma filosofia individual.
  3. Relações duradouras.

Aqueles que desejam ser líderes precisam compreender, assimilar e implantar estes princípios de liderança.
Liderança envolve um trabalho árduo. Muitos dos que aspiram ao papel de líder, não conseguem desempenhá-lo. Outros, têm os atributos adequados, mas nunca chegam a fazer qualquer coisa a respeito.
Existe uma idéia tradicional de que os líderes querem praticar o bem. Entretanto, nem todo líder tem um programa voltado para a prática do bem. Freqüentemente, a liderança é uma arte da qual se abusa.
Conheço um caso em que o Venerável de uma Loja, decidiu levar sua Loja para outra Obediência em troca da isenção de cobrança das taxas e dos rituais por um período de dois anos. Um caso típico de liderança negativa. Dignidade maçônica sendo "vendida" por um punhado de papéis e uns míseros trocados. Indignidades do Grão-Mestre (?!) corruptor e do Venerável corrompido, ambos líderes, porém, sem princípios éticos e morais.
Confesso que gostaria de estender-me muito além do que foi até aqui exposto, por se tratar de um assunto palpitante, complexo e controverso quanto a sua interpretação, mas, por outro lado, devo respeitar o limite de tolerância dos Irmãos em termos de tempo para leitura e também de espaço ocupado.
Para finalizar, permito-me apresentar, a seguir, um quadro que mostra os cinco perfis de liderança quanto a personalidade e características peculiares de seus agentes.

 
 Destruidor

 Procrastinador

Paralisador

Planejador

Realizador
Programa de trabalho"Agora faremos isto deste modo.""Vou colocar este assunto sob malhete. Mais tarde voltaremos e ele.""Esteja certo de que isso não viola nenhum regulamento.""Mostre a estratégia para que todos os Irmãos possam vê-la.""Revisaremos os pontos de referência, mensalmente."
Filosofia"Tenho mais conhecimento que o Irmão.""Não vamos apressar as coisas.""Não se preocupe com aquilo que funciona""Quero que sejamos coerentes em tudo.""Quero que todos conheçam nossa filosofia."
Relacionamentos"Não preciso dos Irmãos""Vamos ver primeiro como eles, lá do(a) Grande X, reagem.""Faremos como sempre fizemos.""Precisamos ter mais encontros e seminários etc.""Vamos incluir outras Lojas e Irmãos."
O que vemos?Uma pedra bruta grosseira e insensível.Um indivíduo relutante, nervoso e inseguro.Um indivíduo congelado no tempo.O progresso planejado.Um indivíduo vibrante e coerente.