sábado, 4 de agosto de 2012

O SIMBOLISMO DA LOJA

Texto extraído da página www.maconaria.net originária de Portugal, portanto, informamos aos leitores que a linguagem utilizada está conforme a praticada naquele país.


NOTA INTRODUTÓRIA:
Os textos que seguem são uma compilação de excertos de vários autores, devidamente assinalados. Os originais de todos eles são em lingua inglesa, tendo eu tentado efectuar uma tradução tão fiel ao original, quanto possível, embora, evidentemente, em certas passagens fosse imperativa a adaptação ao nosso português. Sem dúvida, no global, possuem grande riqueza, tornando-se quase uma leitura obrigatória. -Luis Figueiredo

O SIMBOLISMO DA LOJA
"Ainda que esta regra não seja já rigorosamente aplicada, a Maçonaria requere que os candidatos a maçom possuam mente sã e sejam fisicamente aptos; é suposto que qualquer deficiência seja suficiente para impossibilitar a admissão." Esta regra é similar a um dos requisitos essenciais para admissão àYahad, ou "Grupo da União", como descrito em várias das Escrituras do Mar Morto.
Cristopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus

À medida que o candidato passa pelos rituais aprende que na construção do Templo do Rei Salomão, em Jerusalém, os pedreiros especializados eram divididos em dois grupos: Aprendizes e Companheiros; que estes eram presididos por três Grão-Mestres ( o Rei Salomão, Hiram, rei de Tyre, e Hiram Abiff ) que partilhavam segredos apenas por ele conhecidos; que estes segredos se perderam com o assssinato de Hiram Abiff - em resultado da sua recusa em os divulgar - e que determinados segredos foram adoptados em sua substituição 'até que o tempo ou circunstância restituísse os originais' (daqui vem a referência à Palavra Perdida - Loumac ). A importância deste conhecimento justifica-se pelo facto de comprovar a existência da Maçonaria no tempo de Salomão, mantendo-se um sistema inalterado desde então. O ritual, contudo, como o candidato em breve comprovará, não representa a verdade literal ou histórica, mas é, na verdade, uma alegoria dramatizada, pela qual são transmitidos os princípios e costumes do Ofício.
John Hamill, The Craft, A History of English Freemasonry

Ainda que existam verdadeiros pedreiros que são maçons, a Maçonaria não ensina a arte de trabalhar a pedra. No seu lugar, utiliza o método 'operativo' dos maçons medievais como alegoria de desenvolvimento moral. Ainda assim, alguns dos simbolos maçónicos mais não são que as comuns ferramentas dos maçons medievais: o esquadro, o compasso, o malhete, etc., tendo cada um deste um significado simbólico na Maçonaria. A título de exemplo, é dito que os maçons se devem encontrar no nível, significando que todos os maçons são Irmãos, independentemente da sua posição social, riqueza ou ofício, tanto na Loja, como no mundo em geral. Para outras ferramentas existe também um significado semelhante.
Andrew Fabbro, Freemasonry FAQ - version 1.2

O objectivo da Maçonaria é preparar o ser humano de forma a que este reconstrua, através da mudança e mortalidade que possui agora, um corpo fisicamente perfeito e também imortal. O plano é a construção deste corpo imortal, chamado pelos maçons modernos de Templo do Rei Salomão, a partir de material do corpo físico, chamado de ruínas do Templo do Rei Salomão.
Harold W. Percival, Masonry and Its Symbols in the Light of "Thinking and Destiny"
"E, UMA VEZ QUE O PECADO DESTRUIU EM NÓS O PRIMEIRO TEMPLO DE PUREZA E INOCÊNCIA, POSSA A GRAÇA DIVINA GUIAR-NOS E ASSISTIR-NOS NA CONSTRUÇÃO DE UM SEGUNDO TEMPLO DE REFORMA, EM QUE A SUA GLÓRIA SEJA MAIOR QUE A DO SEU ANTECESSOR"
Oração maçónica

Uma Loja possui uma sala com a forma de um quadrado oblongo, que é metade de um quadrado perfeito, e encontra-se na metade inferior de um círculo. Cada Loja reune nessas mesmas salas,mobiladas de forma semelhante,mas a Loja que trabalha o Grau de Aprendiz é chamada de Pátio exterior, a que trabalha o Grau de Companheiro é o Lugar Santo e a que trabalha o Grau de Mestre é o Sanctum Sanctorum (Santo dos Santos), todas no Templo do Rei Salomão.
Harold W. Percival, Masonry and Its Symbols in the Light of "Thinking and Destiny"



PORQUÊ USAR RITUAIS?
Em essência, existem duas razões. Em primeiro lugar, ao serem utilizadas cerimónias formalizadas, todos entram na Maçonaria numa mesma base de igualdade e partilham uma mesma experiência (que será diferente da vivência, essa sim, individual e única - Loumac), seja qual fôr a sua posição fora do Ofício. Em segundo lugar, porque continuando a utilização de cerimónias onde é incluída uma carga dramática, alegórica e simbólica, os princípios da Maçonaria podem mais facilmente deixar uma marca indelével no espírito do candidato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário