sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O MAÇOM E O ALFAIATE


Um dia um homem recebeu a notícia de que seria iniciado Maçom.
Ficou tão eufórico que quase não se conteve:
- Serei um grande homem agora – disse a um amigo
- Preciso de roupas novas, imediatamente, roupas que façam juz à minha nova posição na vida.

Conheço o alfaiate perfeito para você – replicou o amigo
- É um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito.
Vou lhe dar o endereço.

E o novo Maçom foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas.
Depois de guardar a fita métrica, o homem disse:
Há mais uma informação que preciso ter.
Há quanto tempo o senhor é Maçom?
- Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu balandrau? Perguntou o cliente surpreso.
- Não posso fazê-lo sem obter esta informação senhor.
É que um Maçom recém iniciado fica tão deslumbrado que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito. Assim sendo, tenho que fazer a parte da frente maior que a de trás.

Ano mais tarde, quando está ocupado com o seu trabalho e os transtornos advindos da experiência o tornam sensato, e olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precise ser feito a seguir, aí então eu costuro o balandrau de modo que a parte da frente e a de trás tenha o mesmo comprimento.
E mais tarde, depois que o senhor está curvado pela idade e pelos anos de trabalho cansativo, sem mencionar a humildade adquirida através de uma vida de esforços, então faço o balandrau de modo que as costas fiquem mais longas que a frente.
Portanto, tenho que saber a quanto tempo o senhor foi iniciado para que a roupa lhe assente apropriadamente.
O novo Maçom saiu da alfaiataria pensando menos no balandrau e mais no motivo que levara seu amigo a mandá-lo procurar exatamente aquele alfaiate.

Fonte: www.obreirosdeiraja.com.br

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