Você tem inveja do seu colega de trabalho? Você é daqueles que costumam vasculhar as folhas de pagamentos dos colegas na ânsia de descobrir injustiças cometidas pelo patrão?
Você sente inveja quando recebe um pequeno aumento salarial? Você acredita que é um injustiçado e que o seu esforço não está sendo reconhecido? Então conheça a história de Álvaro, um funcionário sério, dedicado e cumpridor dos seus deveres. Era empregado da empresa havia 20 anos, porém, um funcionário insatisfeito.
Um dia ele dirigiu-se ao dono da empresa para fazer uma reivindicação. Disse-lhe que era seu empregado dedicado e confiável havia 20 anos mas se sentia injustiçado e acrescentou: "O Juca começou há apenas três anos e está recebendo um salário melhor".
O patrão fingiu não ouvi-lo e pediu-lhe que fosse até a barraca da esquina. Disse estar pensando em oferecer frutas como sobremesa aos funcionários da empresa, após o almoço daquele dia e por isso queria que ele verificasse se na barraca havia abacaxi. Álvaro não entendeu bem a ordem, m,as obedeceu. Voltando muito rápido, informou que o moço da barraca não tinha abacaxi. Quando o dono da empresa perguntou-lhe sobre o preço, respondeu que não sabia, não havia perguntado, também não soube responder se havia quantidade suficiente para atender a todos os funcionários da empresa e, muito menos, se haveria outra fruta para substituir o abacaxi.
O patrão pediu ao Álvaro que se sentasse em sua sala e chamou o Juca. Deu-lhe idêntica ordem. Oito minutos depois Juca voltou com as seguintes informações: "Eles têm abacaxi e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. Têm também laranjas, bananas, melões e mamões. O abacaxi custa R$1,50 cada; a banana e o mamão R$1,00 o quilo; o melão R$1,20 a unidade; e a laranja descascada R$20,00 o cento. Argumentei que a compra seria em grande quantidade, por isso ele concederá um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme a sua decisão, voltarei lá e confirmarei.
Agradecendo as informações, o patrão dispensou o Juca e, voltando-se para o Álvaro, perguntou-lhe:
— Álvaro, sobre o que você estava querendo falar comigo?
Álvaro levantou-se, encaminhou-se para a porta dizendo: "Nada de importância, patrão. Perdoe-me. Com sua licença."
No transcurso da vida, muitas vezes, tomados pelo ciúme, revelamos nossas frustrações ante o sucesso dos bem-sucedidos sem analisarmos os seus reais méritos que, certamente, foram conquistados com esforços, sacrifícios, renúncias e muita determinação.
Invejamos a fortuna alheia, mesmo desconhecendo a sua origem, porque ela nos deprime, faz-nos sentirmos impotentes e incapazes.
Invejamos aqueles que se sobressaem nas artes, nos esportes, nas profissões ou em quaisquer segmentos da sociedade porque enxergamos apenas o momento da glória, o apogeu efêmero que, em curto espaço de tempo, será mais um registro de façanha, e esquecemo-nos das horas intermináveis de ensaios, treinamentos exaustivos e das horas de lazer substituídas por longas horas de estudos dos dinâmicos funcionários aspirantes a altos cargos nas empresas.
O pior caminho é a inveja. Sábia e inteligente é a decisão de estabelecer um objetivo e pugnar sem esmorecimento até alcançá-lo.
Texto extraído do boletim "O CAYRÚ" da Loja Maçônica Cayrú Nº762 Or.'. do Rio de Janeiro com a colaboração do Ir.'. Nilton Fagundes.
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