"A honestidade sempre é a melhor política"
Miguel de Cervantes
O Dicionário Houaiss define honestidade como
“qualidade ou caráter de honesto, atributo do que apresenta probidade,
honradez, segundo certos preceitos morais socialmente válidos; característica
do que é decente, do que tem pureza e é moralmente irrepreensível, castidade”.
Como explicar a ausência de honestidade exatamente em quem ela deveria ser
basilar? No detentor de cargo público, por exemplo.Quanto ao conceito, a
definição de honestidade pode ser a seguinte:” o ato, qualidade, ou condição de
ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou instituição verdadeira em seus
atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; sem malícia”.
Agora
veja, caro leitor, como podemos definir política: “arte ou ciência de governar,
é o uso do poder para defender seus direitos de cidadania. A ideia da política
é ter uma forma de organizar a sociedade em seus diversos âmbitos, evitando que
chegue a um caos sem ordem ou a uma bagunça tratando da convivência dos
diferentes. É isso que a torna tão complexa e, consequentemente, interessante”.
A política é a
liberdade de se expressar e de ter uma opinião. Sua finalidade é manter a ordem
pública, a defesa do território nacional e o bem social da população. Ela é
fundamental na vida de todos, pois através da política se constrói a vida da
população, não podemos ingenuamente nos abster, cabe a população a discussão e
pressão dos governantes.
O que eu pretendo
com essa digressão, é levar o meu querido leitor a uma constatação definitiva:
não é possível separar política – e aqui eu me refiro a política na verdadeira
acepção da palavra – da honestidade. Como é que se pode imaginar um
representante do povo, possuidor de uma procuração representada por uma
substancial quantia de votos, ou seja, uma autorização dada pelo povo na
condição de eleitor, exercendo um mandato sem a qualidade ou o caráter de
honesto? Não seria essa a conclusão lógica?
Pensando assim,
torna-se inconcebível o político desonesto. Colocando a necessidade da
honestidade na pessoa comum, perante a lei e a moral, essa qualidade passa a
ser inarredável do detentor de cargo público. Está claro este raciocínio, minha
gente?
Vendo uma pesquisa
em um meio de comunicação onde se pergunta o que o eleitor mais observa num
candidato a prefeito, e entre os itens relacionados estão honestidade e
competência, não concebo a preferência pela primeira. Mesmo sabendo que, no
final, o maior número de votos será para o item honestidade. A minha opção não
seria outra, senão a competência. Sabe por que, caríssimo leitor? É que,
competência a gente adquire à custa de esforço próprio, assimilando
conhecimento e experiência, planejando, estabelecendo metas, fazendo dos erros
inerentes ao ser humano que luta, que almeja um ideal, correções de rota,
tropeços em passos firmes, determinados. E isso dura por toda a vida. Ao passo
que, honestidade deve ser intrínseca ao nosso eu interior. E ela é condição
sine qua non para a construção da personalidade, é como uma baliza, um marco
que nos indica o rumo certo.
Em resumo, não
entendo o aplauso para o político investido num cargo público, ou a opção pelo
aspirante a uma vaga no cenário político, sob o argumento de que é uma pessoa
honesta. A justificativa torna-se absurda na medida em que ninguém pode se
candidatar a nenhum cargo político, se não for honesto. Portanto, como estamos
às vésperas da eleição, é tempo de se avaliar a competência, o espirito de
liderança, o potencial empreendedor dos pretensos candidatos. Quanto à
honestidade de cada um, presume-se que ninguém terá coragem de pleitear um
cargo, se não tiver a honestidade como base de vida, fato normal, fator
primordial e essencial para se apresentar como candidato a representante do
povo.
Fonte: www.programaencontro.com.br
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