quinta-feira, 4 de outubro de 2012

POLÍTICA & HONESTIDADE - É ASSIM QUE DEVERIA SER


"A honestidade sempre é a melhor política"
Miguel de Cervantes 

O Dicionário Houaiss define honestidade como “qualidade ou caráter de honesto, atributo do que apresenta probidade, honradez, segundo certos preceitos morais socialmente válidos; característica do que é decente, do que tem pureza e é moralmente irrepreensível, castidade”. Como explicar a ausência de honestidade exatamente em quem ela deveria ser basilar? No detentor de cargo público, por exemplo.Quanto ao conceito, a definição de honestidade pode ser a seguinte:” o ato, qualidade, ou condição de ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou instituição verdadeira em seus atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; sem malícia”.
     Agora veja, caro leitor, como podemos definir política: “arte ou ciência de governar, é o uso do poder para defender seus direitos de cidadania. A ideia da política é ter uma forma de organizar a sociedade em seus diversos âmbitos, evitando que chegue a um caos sem ordem ou a uma bagunça tratando da convivência dos diferentes. É isso que a torna tão complexa e, consequentemente, interessante”.
   A política é a liberdade de se expressar e de ter uma opinião. Sua finalidade é manter a ordem pública, a defesa do território nacional e o bem social da população. Ela é fundamental na vida de todos, pois através da política se constrói a vida da população, não podemos ingenuamente nos abster, cabe a população a discussão e pressão dos governantes.
   O que eu pretendo com essa digressão, é levar o meu querido leitor a uma constatação definitiva: não é possível separar política – e aqui eu me refiro a política na verdadeira acepção da palavra – da honestidade. Como é que se pode imaginar um representante do povo, possuidor de uma procuração representada por uma substancial quantia de votos, ou seja, uma autorização dada pelo povo na condição de eleitor, exercendo um mandato sem a qualidade ou o caráter de honesto? Não seria essa a conclusão lógica?
  Pensando assim, torna-se inconcebível o político desonesto. Colocando a necessidade da honestidade na pessoa comum, perante a lei e a moral, essa qualidade passa a ser inarredável do detentor de cargo público. Está claro este raciocínio, minha gente?
   Vendo uma pesquisa em um meio de comunicação onde se pergunta o que o eleitor mais observa num candidato a prefeito, e entre os itens relacionados estão honestidade e competência, não concebo a preferência pela primeira. Mesmo sabendo que, no final, o maior número de votos será para o item honestidade. A minha opção não seria outra, senão a competência. Sabe por que, caríssimo leitor? É que, competência a gente adquire à custa de esforço próprio, assimilando conhecimento e experiência, planejando, estabelecendo metas, fazendo dos erros inerentes ao ser humano que luta, que almeja um ideal, correções de rota, tropeços em passos firmes, determinados. E isso dura por toda a vida. Ao passo que, honestidade deve ser intrínseca ao nosso eu interior. E ela é condição sine qua non para a construção da personalidade, é como uma baliza, um marco que nos indica o rumo certo.
    Em resumo, não entendo o aplauso para o político investido num cargo público, ou a opção pelo aspirante a uma vaga no cenário político, sob o argumento de que é uma pessoa honesta. A justificativa torna-se absurda na medida em que ninguém pode se candidatar a nenhum cargo político, se não for honesto. Portanto, como estamos às vésperas da eleição, é tempo de se avaliar a competência, o espirito de liderança, o potencial empreendedor dos pretensos candidatos. Quanto à honestidade de cada um, presume-se que ninguém terá coragem de pleitear um cargo, se não tiver a honestidade como base de vida, fato normal, fator primordial e essencial para se apresentar como candidato a representante do povo.

Fonte: www.programaencontro.com.br

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