Fundação e Instalação em 27 de julho de 1966, em São Paulo por ocasião da XIV Mesa Redonda
As primeiras Grandes Lojas do Brasil, foram fundadas
por Carta Constitutiva expedida pelo Supremo Conselho do Grau 33º a
partir do ano de 1927, após o célebre manifesto de Mário Behring:
Inicialmente as Grandes Lojas seguiam as diretrizes
emanadas pelo Supremo Conselho, quer litúrgica, ou seja, o Supremo
Conselho Determinava a ritualística, quer administrativamente, o que não
refletia a proposta de Soberania das Potências Estaduais.
Se por um lado o sistema de Grandes Lojas autônomas,
que contava com a regularidade internacional se mostrou ágil nas
relações com as Lojas, propiciando um acesso mais fácil do Maçom às
decisões do Grão-Mestre por outro, perdia representatividade em nível
nacional que, abandonando as grandes causas de abrangência geral, se
voltava para questões eminentemente litúrgicas e filosóficas, para os
conflitos pela hegemonia administrativa ou para tímidas ações de
benemerência.
Amazonas - 1927 | Minas Gerais - 1927 | Rio de Janeiro - 1927 | |||
Bahia - 1927 | Pará - 1927 | Rio Grande do Sul - 1928 | |||
Ceará - 1928 | Paraíba - 1927 | São Paulo - 1927 |
As Grandes Lojas ressentiam-se da necessidade de um
consenso emanado exclusivamente das Potências Simbólicas para garantir e
atestar a verdadeira Soberania transformando a Soberania teórica no seu
pleno exercício.
As primeiras tentativas de criação de um pensamento
nacional das Grandes Lojas do Brasil ocorreram através de Congressos
Nacionais, realizados sem periodicidade e dependentes das ações de
alguns Grão-Mestres, que tomasse a si a atribuição de realizá-lo.
Seguiam as Grandes Lojas enfrentando diversos
obstáculos como na década de trinta com "O Estado Novo" de Vargas
proibindo o funcionamento da Maçonaria; A Segunda Grande Guerra na
primeira metade da década de quarenta; além da constante campanha
difamatória pela Igreja Católica.
A par de todas as dificuldades se consolidava o
pensamento da Confederação Brasileira da Maçonaria Simbólica e, em 1952,
na cidade do Rio de Janeiro, iniciou-se o ciclo das Mesas Redondas, que
eram encontros anuais, realizados nos diversos Estados da Federação,
com temas previamente organizados e com normas de funcionamento bem
definidas contando nesse período com mais 09 (nove) Grandes Lojas:
Pernambuco - 1932 | Goiás - 1951 | Alagoas - 1961 | |||
Paraná - 1941 | Santa Catarina - 1956 | Mato Grosso do Sul - 1962 | |||
Piauí - 1948 | Maranhão - 1960 | Distrito Federal - 1963 |
Mesas Redondas
Foram realizadas 14 Mesas Redondas, no período
de 1952 a 1966. Nesse ciclo as Grandes Lojas aprenderam no trabalho
coletivo a buscar o progresso do todo, respeitando as peculiaridades
regionais.
Muitos Temas de interesse interno foram definidos,
como: "A escolha o dia 20 de agosto como o Dia do Maçom brasileiro"; "As
diretrizes para as Relações Exteriores", consolidando a nossa
regularidade internacional; "A Relação com o Supremo Conselho"; "Normas
para Constituição de uma Grande Loja", dentre muitos outros. Na defesa
da cidadania foi empreendida uma luta desde 1960, hoje vitoriosa pela
implantação do Divórcio no Brasil ou a mobilização contrária à
instituição da Pena de Morte defendida por alguns do período
revolucionário de 1964.
Foram 14 anos de muito aprendizado, todavia, as Mesas
Redondas careciam de uma estrutura física, da Ausência de representação
nacional, Inexistência de personalidade jurídica e um suporte
organizacional que lhes desse condições de um melhor funcionamento e
execução da função precípua de coordenação das relações entre as Grandes
Lojas do País e, em seus nomes, de representação nacional.
Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil
Com a aprovação da tese defendida pela Grande Loja do
Ceará na XIII Mesa Redonda realizada na cidade do Rio de Janeiro, foi
fundada em 12 de novembro de 1965 e devidamente instalada em julho de
1966, por ocasião da última Mesa Redonda, acontecida na cidade de São
Paulo a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - C.M.S.B., Entidade Civil de direito privado, sem fins lucrativos.
A C.M.S.B. reúne-se em diferentes Estados da
Federação, por ocasião da realização de sua Assembléia Geral Ordinária
Anual, quando são debatidos os mais diferentes temas, quer de interesse
interno, quer de interesse da sociedade, sempre objetivando a unidade
das Grandes Lojas e o bem estar da pátria e da humanidade.
Após a instalação da C.M.S.B., foram fundadas outras 9 (nove) Grandes Lojas:
Espirito Santo - 1970 | Mato Grosso - 1978 | Rondônia - 1985 | |||
Acre - 1973 | Roraima - 1981 | Amapá - 1988 | |||
Rio Grande do Norte - 1974 | Sergipe - 1983 | Tocantins - 1989 |
Desde e sua criação foram realizadas 36 (trinta e
seis) Assembléias Gerais Ordinárias, 14 (quatorze) Assembléias Gerais
Extraordinárias e 25 (vinte e cinco) Conferências de Grão-Mestres, com
reais benefícios para integração e unidade da Maçonaria Brasileira.
Integram, também, as Assembléias da Confederação as
reuniões dos Grandes Secretários de Relações Exteriores, com o objetivo
precípuo de manter uniforme o relacionamento internacional, facilitando o
reconhecimento interpotencial e zelando pela nossa regularidade.
Fonte: www.brasilmacom.com.br
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