segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ANTOINE COURT DE GÉBELIN

Antoine Court de Gébelin (1719-1784) nasceu em Nimes, na França, foi pastor Protestante e um dos principais responsáveis pela interpretação do Tarô como um depositário egípcio da sabedoria esotérica universal. Filho de um dos pioneiros da restauração protestante na França, Court de Gébelin é uma figura típica do Iluminismo Europeu.
Foi ordenado pastor protestante em 1754 antes de deixar a Suíça, defendendo a liberdade de pensamento proposta pelo Iluminismo. Viveu então em Lausanne até 1763, quando se mudou para Paris. Ali se afiliou a uma sociedade secreta que mantinha conexões com a ordem para-maçônica chamada Ordem dos Cavaleiros da Estrela (Order of the Knights of the Star), dedicada a restaurar o Protestantismo na França.
Court de Gébelin foi um dos grandes protagonistas da Maçonaria parisiense. Em 1777, a Loja Mãe (Mother Lodge) do Rito Filosófico Escocês elogiou seus ensinamentos a respeito “das mais confiáveis alegorias contidas nos graus da Maçonaria”. Seus trabalhos foram utilizados em 1784 para o 31º e 33º Graus do Rito Escocês e Aceito.
A partir de 1778, tornou-se membro da Loja Les Amis Reunis. Era ainda membro da Loja de São João da Escócia e, segundo biografia publicada na Enciclopédia de Franco Maçonaria por Robert Amadou, do Elus Coens, e mantinha correspondências com Jean-Baptiste Willermoz e Louis-Claude de Saint-Martin.
Contudo, sua participação mais distinta foi na Loja das Nove Irmãs, entre 1778 e 1781, onde atuou como membro destacado, secretário e segundo supervisor. Foi ali onde Court de Gébelin, defensor da Independência Norte-Americana, recepcionou Benjamin Franklin como irmão.
Court de Gébelin foi um dos mais famosos pacientes de Franz Anton Mesmer. Era tão entusiasta das práticas de Mesmer que se tornou um de seus mais poderosos divulgadores. Além de apresentar ao Rei um documento intitulado Carta sobre o Magnetismo, filiou-se à Sociedade da Harmonia Universal (Societe de l’Harmonie Universelle), fundada para fornecer suporte ao trabalho de Mesmer.
No entanto, a fatalidade se abateu sobre ambos, terapeuta e paciente. Quis o destino que Court de Gébelin viesse a falecer durante uma sessão terapêutica com Mesmer, o que não só acabou com sua vida, mas também com toda a fantástica publicidade que havia feito do trabalho de Mesmer.
Court de Gébelin é mais conhecido por sua obra principal, intitulada O Mundo Primitivo Analisado e Comparado com o Mundo Moderno (Le Monde primitif analyse et compare avec le monde moderne), publicado em nove volumes entre 1773 e 1782.
Esta obra foi fortemente influenciada pelo Neoplatonismo, e seu objetivo era reviver o mundo antigo e sua harmonia perdida através da redescoberta da linguagem original e perfeita. Court de Gébelin afirma que esta linguagem perdida, na qual os sinais e as coisas possuem uma relação absolutamente perfeita, poderia ser desvelada através da pesquisa das raízes comuns a todas as linguagem antigas e modernas.
Sua aventura filológica se fundamenta no ato de decifrar as tradições antigas, vistas como alegorias. Desta forma, Court de Gébelin interpreta mitos no primeiro volume, calendários e rituais no quarto volume, e o Tarô no oitavo volume. Para sustentar suas interpretações, apóia seus argumentos nas obras dos Padres da Igreja, na literatura hermética e em seu conhecimento sobre a Cabala.
Court de Gébelin tentou estabelecer uma ligação entre a sabedoria antiga e a moderna, bem como entre o conhecimento acadêmico e o esotérico. É um dos principais responsáveis pelo profundo interesse nos Mistérios Egípcios. Na obra O Mundo Primitivo, apresenta o Tarô como um jogo egípcio, no qual é possível encontrar suas idéias religiosas, civis e políticas. Além disso, Court de Gébelin se refere ao Tarô como um instrumento egípcio usado com propósitos divinatórios.
A partir desta referência, difundiu-se a teoria da origem egípcia do Tarô, que mais tarde foi sustentada por Etteila, o famoso cartomante francês, bem como por grandes ocultistas, da magnitude de Eliphas Levi, Papus e Samael Aun Weor.
 
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domingo, 29 de setembro de 2013

A SIMBOLOGIA POR TRÁS DO CAPITÃO AMÉRICA

O Capitão América foi criado em 1941, no apogeu da Segunda Guerra Mundial, para imprimir na sociedade americana a idéia de patriotismo. Em suas primeiras aparições é possível vê-lo, ao lado de seu parceiro Bucky, combatendo vários inimigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
O filme conta a história de um franzino homem – Steve Rogers – que deseja de toda e qualquer forma participar da campanha americana na Segunda Guerra Mundial; Ao ser dispensado do exército, por sua saúde debilitada, Steve deixa claro que faria qualquer tipo de esforço para poder lutar pelos Estados Unidos. Qualquer esforço mesmo. Assim sendo, ele é convidado a participar de um experimento para a criação de super soldados. Aqui já podemos realizar nossa primeira reflexão sobre o Capitão América e seu simbolismo ocultista e mitológico.
A criação de super soldados sempre foi desejada por Adolf Hitler, líder nazista, que idealizava “fabricar” o Super Homem, arquétipo criado pelo escritor Nietzsche, em seu livro “Assim falou Zaratustra”. Todo o processo de eugenia nazista provou-se inconcebível, culminando com a morte de milhões de seres humanos no Holocausto.
A (re)criação do homem perfeito, com status de Deuses, também é muito estudada na mitologia. Diz-se na bíblia que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, com o status divino. Mas este homem criado por Deus, ao comer do fruto da árvore proibida, perdeu este status. Mas somos nós Deuses? Agimos como Deuses? Claro que não. Olhemos à nossa volta. Olhemos a nós mesmos. Por isso a mitologia (com seus simbolismos) foi uma das formas encontradas para que os sábios de antigamente passassem às futuras gerações um conhecimento a respeito desta (re)criação, deste religare, desta volta à Deus.
Voltando ao filme, Steve aceita participar do projeto supersoldado, sendo injetado nele um soro especial, contendo radiação. Este soro ocasionou um crescimento físico geral, transformando o frágil e debilitado Steve em um supersoldado forte, musculoso, ágil e veloz: O Capitão América.
Aqui mais uma alegoria: Vemos que com uma pílula mágica (assim como em Matrix), ou com um supersoro, criamos um homem perfeito, da noite para o dia. Mas sabemos que a natureza não dá saltos, e é somente com muita vontade (thelema) é que conseguiremos forjar e alcançar o status de “Super homem”.
Ao observarmos as vestimentas do Capitão América, perceberemos que ele possui uma máscara com asas e um escudo. Aqui, mais um simbolismo: O Capitão América lembra-nos a Perseu, o herói mítico grego que decapitou a Medusa. Perseu possuía um escudo bem polido, tal qual um espelho, que a Deusa Atena deu a ele; O Deus dos infernos, Hades lhe deu um capacete que o tornava invisível, e o Deus Hermes deu as suas sandálias aladas, que lhe davam velocidade;
O Capitão América possui também sua máscara, mas esta não o torna invisível; A máscara possui asas, uma possível referência a Perseu e ao Deus Hermes, simbolizando a velocidade, uma das características do Capitão.
Mas sem sombra de dúvidas o aspecto que mais possui simbolismo em nosso supersoldado é seu escudo. Primeiro, pois o escudo é usado para atacar e defender-se de seus inimigos, assim como fez o herói mitológico Perseu. Segundo porque o escudo do Capitão América é composto por círculos concêntricos, com uma estrela de cinco pontas no meio.
Para o islamismo, o círculo é a forma mais perfeita que existe e é por este motivo que os movimentos de oração e culto são realizados em forma de círculo à volta do cubo negro – a Caaba. Já no budismo, estes mesmos círculos concêntricos são a representação da evolução da alma e do aperfeiçoamento interior. Já entre os celtas, o círculo é uma forma mágica de proteção, defesa e poder.
Na magia, o círculo mágico é formado de dois círculos concêntricos, com desenhos geométricos, e uma estrela no meio, dentro do círculo, sendo esta uma ferramenta mágica de comunicação entre os dois planos;A estrela que aparece no meio do escudo e em seu peito é o Pentagrama, símbolo muito conhecido no ocultismo. Com sua ponta para cima, como mostrada no escudo, significa (entre muitas coisas) proteção contra o mal, bondade e boa vontade. Mas também simboliza o planeta Vênus, e, particularmente, a parte feminina de Deus – a representação da nossa Divina Mãe particular – em seus cinco aspectos.
O escudo do Capitão América é forjado de uma liga de dois metais que apenas existem no Universo da Marvel Comics: Adamantium, que é o metal mais duro do universo, e o Vibranium, capaz de absorver toda e qualquer forma de energia, seja ela em forma de onda, vibração ou impacto. Assim o escudo do Capitão América torna-se indestrutível, absorvendo o impacto e a força de tudo que lhe atinge. Poderíamos dizer que o escudo, com seus círculos concêntricos, seu pentagrama e sua indestrutibilidade é uma alegoria da força que emana da Divina Mãe Kundalini, símbolo do Terceiro Logos. Ela é protetora contra os males, assim como o escudo protege nosso super herói.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

VERDADE - A FONTE PERMANENTE DE TUDO QUE EXISTE

Na Atenas do Século 4º a.C., da E.’.V.’., Platão e seu mais famoso discípulo, Aristóteles, tiveram importância grandiosa na história do Criador do modo como ela seria contada pelas três religiões semitas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), embora não se saiba com clareza o que Platão e Aristóteles julgavam acerca do Criador.
O que Platão certamente acreditava é que o verdadeiro filósofo pode chegar a compreender a “Forma do Criador” como maior objeto de estudo.
A “Forma”, ou a “Idéia”, do Criador existe para além de exemplos particulares do que é bom, maravilhoso ou verdadeiro, pois tais exemplos podem perder a validade e, em nossa experiência humana em relação a eles, estão envolvidos em muito do que é ruim, feio ou falso. Alguns exemplos particulares que encontramos não são eternos ou ideais, e assim constituem sombras pálidas do que realmente é bom, real e verdadeiro.
A verdade não afetada pelo tempo, a estabilidade permanente e imutável que se esconde atrás de todas as coisas e permite que elas existam, foi demonstrada por Platão especialmente na matemática. Uma maçã ou outra podem nascer e morrer, mas a soma de uma com outra sempre resultará em duas maçãs.
Assim, Platão afirmou que a Forma do Criador existe autonomamente à percepção humana de suas manifestações, sempre envolvidas com o que é corrupto ou confuso.
Já a crença de Aristóteles de que a verdade consiste na compreensão correta da natureza conduz inevitavelmente à fonte da natureza, ou arche, das coisas. Esse é o conhecimento e a compreensão perfeitos do motivo das coisas e da razão de sua existência. Todas as coisas têm sua forma característica, não a Forma do Criador como Platão a compreendia, de modo afastado do mundo, mas a forma que faz de cada objeto o que ele caracteristicamente é: uma ovelha em específico pode surgir e desaparecer, porém existe uma forma característica de ovelha que se compõem parte de sua forma organizada, mas também de seu objetivo no mundo, seja ele qual for. A forma e essência de uma faca está no fato de ela ser feita de modo que tenha lâmina afiada, usada para o corte.
A forma ou essência dos seres humanos reside no fato de que eles têm inteligência (nous) e a usam para se aproximar do Criador.
Para Aristóteles, isso significa que os humanos têm profundo desejo de conhecer e compreender a Verdade. Nessa busca, participam do Criador, uma vez que é a perfeição da compreensão, chamada em grego de nous (intelecto, inteligência).
Aspirar ao Criador é aspirar à compreensão.
Ainda segundo Aristóteles, todas as coisas são voltadas, num constante processo de mudança, à obtenção do objetivo que pertence a sua própria natureza. O objetivo dos humanos é elevar-se por meio do conhecimento da natureza até a fonte e origem de toda a natureza – ao puro “ato e ser” que permite que todos os demais atos e seres existam. Todas as outras entidades têm algo insuficiente sobre si, em especial no sentido de que são contingentes: elas existem, mas não causaram sua existência.

Aristóteles acreditava que a alma humana supera as contingências, inclusive a insuficiência da morte, porque integra a inteligência e verdade completa que é o Criador (nous). Essa integração conduz à contemplação da verdade completa, o estado de que o Criador está presente, pois nous, a inteligência total, sempre contempla o que é a verdade total.
A verdade inteligível ou nous é a fonte permanente de tudo o que existe. Os mundos podem surgir e desaparecer, mas a verdade permanece. Desse modo, o Criador era visto por Aristóteles como um mobilizador que não se move, do qual todas as coisas derivam e para o qual os humanos, se forem sábios, tentarão retornar, recorrendo ao uso da inteligência no mundo de contingências da origem de todo ser. A razão, ou logos, é assim a característica suprema a que os Estóicos (adeptos da escola filosófica de Zenão) depois se refeririam como a semente deixada pelo Criador entre nós (spermatikos logos) – se alimentarmos a semente, ela nos levará ao objetivo.
Aristóteles, assim como seu Mestre Platão, não desenvolveram sua compreensão do Criador nos registros que deixaram.
Muitos estudiosos, hoje e no passado, interpretam tais escritos de um modo que faz do Criador uma espécie de atalho para o que de fato é real e verdadeiro.
Nos Séculos seguintes, numa espécie de fusão dos pensamentos de Aristóteles e Platão, enfatizou-se a busca da verdade, a fuga do mal e da ignorância, aceitando que aquilo que é basicamente verdadeiro – a fonte de todos os seres e objetivo da busca humana – não pode ser comprometido com a fragilidade e contingência deste mundo.
Dessa feita, não apenas em tempos remotos, mas igualmente no presente, deve-se buscar pela essência, propriedades e efeitos das causas naturais, investigando as Leis da Natureza e relacionando bases da Moral e da Ética pura. Eis aqui parte da Filosofia Maçônica, que trata dessa realidade e verdade em seus atos e cerimônias.
Progressistas, tal qual os respeitáveis filósofos da antiguidade, partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio Criador regular e infinito, não deve o M.’. se aferrar a dogmas, prevenções ou superstições. E não se deve por nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhecer outro limite nessa busca senão a da razão com base na ciência.
Sabemos que o objetivo de nossa Ord.’. é a investigação da Verdade, o exame da Moral e a prática das Virtudes, trabalhando para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade. Portanto, meus IIr.’., sempre exercitemos e alimentemos a Razão, recorrendo à Inteligência, primando pela Verdade real e completa das coisas e pessoas, com nossos corações nos limites da Retidão e da prática das Virtudes, com o fito de nos aproximarmos um pouco mais da Natureza e do Gr.’. Arq.’., fonte permanente de tudo o que existe, a Suprema VERDADE.
Pelo Ir.’.Paulo Roberto Gomes Ignácio
Fonte: www.revistauniversomaconico.com.br

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A CABALA E AS CELEBRIDADES

Nos últimos anos, muitas celebridades têm aderido à Cabala como opção alternativa de espiritualidade. Não há dúvida que a mais famosa delas é certamente Madonna, a cantora que desde o início da carreira vive cercada pela controvérsia, e que plasmou sua admiração por esta antiga doutrina judaica em ao menos dois de seus mais recentes álbuns.
Entre muitos outros famosos que estão hoje relacionados à Cabala, encontramos o ator Ashton Kutcher, a atriz Demi Moore, o jogador de futebol David Beckham, o cineasta Guy Ritchie e a cantora Britney Spears.

Diante da adesão em massa de astros e estrelas a esta corrente espiritualista, é natural que tenham surgido questões a respeito da natureza do interesse de personalidades de grande expressão na mídia pela Cabala.
Afinal, a experiência mostra que, no mundo das celebridades, é difícil discernir entre o interesse pessoal verdadeiro e o oportunismo midiático, capaz de reverter qualquer banalidade em preciosos momentos de exposição pública.
Muito do que é feito e dito por pessoas famosas possui como fundamento exclusivo a necessidade de exposição e autopromoção, de modo que suas carreiras ganhem novo fôlego. Se isto ocorre de modo corriqueiro em relação a casamentos, divórcios, brigas, escândalos, revelações bombásticas, viagens e aquisições de bens, o que poderia ser dito então no tocante à opção religiosa ou espiritual?
É por isto que até mesmo a própria Cabala acabou maculada pela onda de famosos que resolveram adotá-la como prática espiritual. E isto não foi nada difícil, já que a maioria das celebridades resolveu frequentar o Kabbalah Center do rabino Yehuda Berg, com mais de 50 centros em funcionamento pelo mundo, e que costuma ser criticado por oferecer mais comercialização do que iluminação. Ali, a leitura do Zohar ganha a companhia da venda de pedras, velas, braceletes e água consagrada capaz de limpar a alma, tudo a preços nada módicos.
De qualquer maneira, é bem possível que mais além das urgências promocionais exista um fundamento razoável para o interesse das celebridades pela Cabala. É o próprio Yehuda Berg quem explica que as celebridades se sentem atraídas por esta doutrina porque são pessoas que já alcançaram grande sucesso material, tendo chegado a um momento em suas vidas no qual se perguntam: “E agora?”
Em termos materiais, trata-se de pessoas que já fizeram ou tiveram a oportunidade de realizar quase tudo. E tudo isso a custo de uma dedicação profissional extrema, tão intensa que costuma invariavelmente conduzí-los ao estresse, ao desajuste de comportamento e à dependência de álcool ou drogas.
No meio em que vivem as celebridades, seus egos se assemelham a balões infláveis, e as exposições públicas e os assédio interminável são como poderosas lufadas que os fazem crescer até o limite. Como se sabe, inclusive no próprio ensinamento cabalista, o ego traz apenas a ilusão da felicidade; sua face real é terrível, e o sofrimento é uma consequência inevitável.
Assim, não se pode duvidar da existência de uma busca autêntica pelos ensinamentos da Cabala, já que esta oferece ao indivíduo - não importa o tamanho do seu ego – a possibilidade de entender a sua relação com a divindade, além de visualizar um caminho de realização espiritual diverso e não tão reacionário quanto aquele oferecido pelas diversas vertentes do cristianismo atual. Enfim, a Cabala pode trazer a oportunidade de elaborar uma resposta àquela pergunta: “E agora?”.
 
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A VONTADE DE DEUS

Muitos não gostam da afirmação de que “Deus escreve certo por linhas tortas” por parecer um axioma fatalista e determinista, que anula por completo o livre-arbítrio do ser humano. Na tão incansável – e justa – busca pela liberdade, o indivíduo moderno esqueceu que, em termos espirituais, a autêntica liberdade é praticamente um sinônimo de obediência à Vontade de Deus.
A anedota transcrita abaixo, cujo autor desconhecemos, joga uma luz sobre a natureza inteligente da ação da vontade divina sobre nossas vidas. A estória pode servir como uma útil recordação para quem se encontra em momentos de dificuldade e busca o alívio de seus sofrimentos.
Um Rei que não acreditava na bondade de Deus tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: “Majestade, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!” Certo dia o Rei e seu criado saíram para caçar e uma fera atacou o monarca. Seu servo conseguiu matar o animal, mas não foi capaz de evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.
Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse: “Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.” Calmamente o servo apenas respondeu: “Majestade, apesar desta tragédia, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o por que de todas as coisas.”
Indignado com a resposta, o Rei mandou prender o seu servo. Algum tempo depois, o nobre saiu para uma outra caçada e desta vez seu destino foi ainda mais cruel, pois foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos. Já no altar, prontos para sacrificá-lo, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.
Ao voltar para o palácio, mandou soltar o seu servo e recebeu-o muito afetuosamente. “Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens, justamente por não ter um dedo! Contudo, ainda tenho uma dúvida: Se Deus é mesmo tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?”
Ao que o servo respondeu: “Majestade, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum. Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeito”

domingo, 22 de setembro de 2013

A BANDEIRA DA PAZ UNIVERSAL

Hasteada sobre monumentos culturais e carregada por braços que celebram ou exigem a liberdade, a paz, a fraternidade, a igualdade e a justiça, a Bandeira da Paz é um poderoso símbolo universal, adaptado de elementos simbólicos presentes em diversas culturas pelo sábio Nicholas Roerich, destinada a servir como divisa da elevação da cultura e da paz por sobre guerra.
Ela foi desenvolvida como símbolo do Pacto Roerich, um tratado internacional assinado em 15 de abril de 1935, o primeiro dedicado à proteção das instituições artísticas e científicas e dos monumentos históricos. A ideia mais importante deste Pacto é o reconhecimento legal do fato de que a defesa dos objetos culturais é mais importante do que a defesa militar, e que a proteção da cultura sempre deve preceder qualquer necessidade militar.
A Bandeira foi proposta por Nicholas Roerich, para um Pacto Internacional dos valores culturais, que em suas palavras corresponde a um ideal humanitário destinado a ser o guardião das realizações culturais da humanidade.
Isso a torna um instrumento semelhante à Cruz Vermelha, que por sua vez está destinada ao trabalho de aliviar os sofrimentos físicos dos seres humanos. Mais abstrata no entanto, a Bandeira deve ser o símbolo do planeta como um todo, de todo o mundo civilizado, e não de uma única nação.
O filósofo e pintor Nicholas Roerich (1874–1947) foi quem deu início ao movimento moderno que defende e preserva os objetos culturais, como princípio fundamental da ideia de Paz entre as Civilizações. Além de ser reconhecido como um dos maiores pintores russos, seu maior feito durante a vida foi o Pacto Roerich, assinado pelos congressistas dos estados americanos no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC.
Nicholas Roerich nasceu em São Petersburgo, e desde cedo recebeu o estímulo de seus pais para que se dedicasse à pintura. Aos 26 anos de idade ele se mudou para Paris, para aprender com Fernand Cormon, o professor de Van Gogh e Toulouse Lautrec. De volta à São Petersburgo, casou-se com Helena Shaposhnikova, quem se tornaria a criadora da filosofia do Agni Yoga.
A ideia de proteção dos monumentos culturais foi formulada antes de sua ida à Paris. Durante suas escavações na província de São Petersburgo, Roerich percebeu a necessidade de defender a visão de mundo que as civilizações antigas legaram ao mundo moderno na forma de monumentos.
Logo depois, Roerich e sua esposa viajaram por cerca de quarenta antigas cidades russas, criando uma ampla série de estudos arqueológicos e quase uma centena de pinturas dos lugares visitados. Então, desde a guerra entre a Rússia e o Japão (1904–1905), Roerich passou a escrever por mais de uma década diversos artigos nos quais expressava a necessidade de um tratado especial para a proteção das instituições e dos monumentos culturais.
Apenas em 1929, mediante a colaboração de um doutor em Direito Internacional e Ciências Políticas de Paris, Roerich preparou o projeto de um Pacto para a proteção dos valores culturais. Ao mesmo tempo, propôs um símbolo distintivo para identificar os objetos que tivessem a necessidade desta proteção, que viria a se tornar a Bandeira da Paz.
Seu fundo branco ostenta esferas da cor do amaranto, três delas unidas dentro de um círculo para simbolizar a Eternidade e a Unidade. O sinal da Trindade pode ser encontrado espalhado por todo o mundo, especialmente nas religiões. Contudo, cada pessoa pode enxergar nestas três esferas avermelhadas e no círculo que as envolve aquilo que bem entender.
Há quem enxergue neste símbolo o passado, o presente e o futuro, unidos pelo círculo da eternidade. Outros verão a religião, a ciência e a arte inseridas no círculo da cultura. Cristãos enxergarão a Santíssima Trindade, budistas verão o Buda, o Dharma e o Sangha, hindus reverenciarão a Trimurti, ou seja, Brahma, Vishnu e Shiva, enquanto os gnósticos recordarão da Morte, do Nascimento e do Sacrifício, os Três Fatores de Revolução da Consciência.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MAÇONARIA DECISIVA NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Há 178 anos, em 20 de setembro de 1835, iniciava-se a Revolução Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos) e, em homenagem aos grandes maçons brasileiros que foram os mentores desta revolta, publicamos o texto completo do Balaústre da Sessão Maçônica onde, dois dias antes, foi tomada a decisão pela luta.


Aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 E:. V:. e 5835 V:. L:., reunidos em sua sede, sito à Rua da Igreja, nº 67, em lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado abaixo da abóbada celeste do Zenith, aos 30º sul e 5º de latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande, nas dependências do Gabinete de Leituras onde funciona a Loj:. Maç:. Philantropia e Liberdade, com o fim de, especificamente, traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e dignidade do povo Riograndense. A sessão foi aberta pelo Ven:. Mestre, Ir:. Bento Gonçalves da Silva. Registre-se, a bem da verdade, ainda as presenças dos IIr:. José Mariano de Mattos, ex- Ven:., José Gomes de Vasconcellos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antônio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, o qual serviu como secretário e lavrou a presente ata. Logo de início o Ven:. Mestre, depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião, de caráter extraordinário, informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia vinte de setembro do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no país. Na ocasião, ficou acertada a tomada da capital da província pelas tropas dos IIr:. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre Pires, ao serem informados, responderam que estariam a postos, aguardando o momento para agirem. Também se fez ouvir o nobre Ir:. Vicente da Fontoura, que sugeriu o máximo cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento. O Tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a medalha cunhada de 421$000, contados pelo Ir:. Tes:. Pedro Boticário. Por proposição do Ir:. José Mariano de Mattos, o Tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta da Alforria de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade. Foi realizada poderosa Cadeia de União, que pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense, lutariam pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G:. A:. D:. U:. para todos os IIr:. e seus companheiros que iriam participar das contendas. Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven:. Mestre que todos deveriam confiar nas LL:. do G:. A:. D:. U:. e, como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, do que eu, Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que a história, através dos tempos, possa registrar que um grupo de maçons, homens livres e de bons costumes, empenhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria. Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 da E:. V:., 18º dia do sexto mês, Tirsi, da V:. L:. do ano de 5835.


Ir Domingos José de Almeida - Secretário

PETRÓLEO INTERIOR

Petróleo é uma palavra derivada do latim petroleum, por sua vez, composto de petra e oleum. O radical petra significa pedra em grego, enquanto o radical oleum significa óleo, referindo-se assim a uma substância gordurosa. Poderíamos, em uma tradução livre, concluir que petróleo significa “Óleo de pedra”.
O petróleo é um combustível fóssil, ou seja, é derivado da decomposição de matéria orgânica, morta há milhares de anos, e que por processos físicos e químicos sofre certo tipo de transformação. Esta matéria morta, ao passar dos anos, vai sendo coberta por poeira e sedimentos. Podemos verificar isso quando observamos que cidades antigas abandonadas estão atualmente soterradas.
Após milhares de anos, esta matéria em decomposição que estava na superfície, vai sendo enterrada à profundidades cada vez maiores. Começa então a sofrer pressão do material que está na superfície, além de sofrer aquecimento pelo calor do interior da Terra, ocasionando um processo de mudança, uma Alquimia.
Os elementos orgânicos ficam então reduzidos à cadeias de hidrocarbonetos, que como o próprio nome sugere, são compostos que possuem em sua estrutura apenas Carbono e Hidrogênio. Interessante realizarmos, neste momento, uma breve reflexão sobre estes dois elementos importantes para a vida em nosso Planeta Terra.
Segundo a Alquimia Interior, o Carbono e o Hidrogênio em nosso interior representam, respectivamente, o nosso Corpo Solar da Vontade Consciente e nosso Corpo Físico/Etérico. Em relação ao “Hidrogênio”, podemos realizar um paralelo filosófico e compreender que o petróleo é um “óleo de pedra”, ou seja, é um óleo que provém da morte de certos tipos de elementos, tanto externamente quanto internamente. A matéria orgânica morre, sofre pressão e aquecimento para transformar-se em combustível no mundo físico. Assim também acontece com a nossa energia vital, de tipo sexual.
Sabemos que nossos pensamentos são um tipo de alimento, e a morte de nossos defeitos psicológicos contribui para a melhoria de nossas energias internas. Ainda em relação ao Hidrogênio interior, não é por acaso que dentro do Ocultismo informamos que esta energia de tipo etérica provém do Centro Sexual, reduto de nosso Corpo Vital. Este Corpo é também conhecido como Pedra Cúbica de Yesod, ou seja, a nossa Pedra Fundamental para a construção de nosso templo interior.
Observamos que o petróleo, quando achado no interior da Terra, possui uma coloração negra. Assim também nos é dito na Sagrada Alquimia, simbolizado pelo corvo negro. Falando agora um pouco sobre o Carbono interior, ou nosso Corpo Solar da Vontade Consciente, diríamos que ele deve ser forjado mediante transmutações sutis.
A perfeição na organização do Carbono físico está associado com um outro material importante: O Diamante. Também é assim em nosso interior: Devemos criar nossos corpos superiores, e ao atingirmos a perfeição, atingiremos o estado que Helena Petrovna Blavatski denominou de Alma-Diamante. Sendo assim, apenas a nossa Vontade Consciente, solar – Carbono – associado de forma positiva com a energia vital, sexual – Hidrogênio – pode formar um “hidrocarboneto interior”, um dos nossos maiores tesouros: Nosso Petróleo Interior.
 
Fonte: www.sgi.org.br

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

OS NAZISTAS INVENTARAM OS DISCOS VOADORES?

Durante a Segunda Guerra Mundial, vários discos voadores são observados realizando manobras aéreas incríveis, e estas observações são reportadas por muitas testemunhas bastante confiáveis. As opiniões se dividem, e enquanto alguns pensam que se trata de veículos alienígenas, outros consideram serem apenas ilusões de ótica. Contudo, há quem apresente uma versão mais terrestre, e ao mesmo tempo mais sinistra.
Há um rastro de evidências presentes em documentos capturados pelos norte-americanos que apontam para uma tecnologia secreta desenvolvida pelos nazistas, além de uma conspiração surgida logo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de manter estes discos voadores envolvidos em mistério até os dias atuais.
Até os dias de hoje, o Centro Nacional de Relatos de OVNI’s registra cerca de 400 novos avistamentos por mês. Objetos em forma de discos, aparelhos triangulares e luzes voadoras são os mais avistados. Muitos acreditam que estes objetos vêm do espaço distante, mas existe uma outra teoria, no mínimo intrigante.
Segundo esta teoria, o que agora chamamos de objetos voadores não identificados surgiu na Segunda Guerra Mundial, no interior da Alemanha nazista comandada por Adolf Hitler.
Uma nova investigação revela que engenheiros nazistas trabalhavam em aparelhos em forma de discos, decolagens verticais e avançados sistemas de propulsão. Depois da guerra, militares norte-americanos teriam levado os projetos em segredo para os Estados Unidos, junto com milhares de cientistas e engenheiros nazistas.
Dois anos depois, em 1947, surge a primeira onda de avistamentos de OVNI’s nos Estados Unidos, a qual se espalha para todo o mundo. Segundo esta teoria, os OVNI’s avistados por todo o planeta seriam avançados aparelhos secretos norte-americanos desenvolvidos a partir de projetos científicos alemães capturados após a guerra.
Documentos britânicos e norte-americanos divulgados revelariam que no céu sobre a Alemanha, pilotos viam com frequência objetos voadores bastante incomuns. Quando as tripulações aliadas tentavam uma abordagem, os OVNI’s não agiam normalmente, como se fossem aparelhos convencionais.
Estes objetos receberam o nome de Foo Fighters, que se consolidou como uma expressão utilizada para descrever o fenômeno onde uma ou mais esferas luminosas de diversas cores eram avistadas durante a Segunda Guerra Mundial. Durante algum tempo, pensou-se que se tratava de uma espécie de arma psicológica dos nazistas, que visava atordoar e confundir os pilotos.
Alguns pilotos que avistaram os Foo Fighters sugeriram que eles se movimentavam a milhares de quilômetros por hora, pela forma como se moviam pelos ares, aproximando-se ou afastando-se deles. Inicialmente, as tripulações aliadas nada disseram sobre os avistamentos, mantendo-os em segredo com medo de desconfiança e de represálias.
Os relatórios sobre os Foo Fighters percorreram a cadeia de comendo das Forças Militares dos EUA. Muitos cientistas se reuniram para avaliar o fenômeno, mas ninguém oferecia respostas satisfatórias. Os militares foram instruídos a manter silêncio, mas as informações acabam vazando e os jornais publicam histórias sobre os misteriosos objetos.
Os aliados tinham boas razões para temer o surgimento de armas secretas alemãs. Naquela época, poderosos mísseis alemães já choviam sobre toda a Inglaterra, enquanto caças nazistas abatiam bombardeiros aliados e Adolf Hitler discursava sobre novas armas espantosas que estaria desenvolvendo para que a Alemanha vença definitivamente a guerra.
Se estes misteriosos objetos eram armas secretas nazistas, elas poderiam estar escondidas em instalações ocultas à cerca de 6km de profundidade, em uma série de complexos escavados espalhados ao longo da Polônia, da Áustria e da Checoslováquia, desde quando a máquina de guerra alemã se mudou para o subsolo para escapar dos fortes bombardeamentos aliados, no verão de 1944.
Um grande número de cientistas habitava os subsolos nazistas, e ali eles teriam desenvolvido uma série de avanços tecnológicos militares, incluindo novas formas de propulsão de aeronaves. Os progressos científicos eram considerados uma verdadeira operação de guerra, comandada por Hans Kammler, engenheiro e General da Schutzstaffel, mais conhecida como SS.
Num subsolo da cidade de Pilsen, na Checoslováquia, o temido General Kammler, chefe de toda a divisão de armas secretas nazistas, em conjunto com um grupo de cientistas selecionados, aprovou o começo de uma série de mudanças em armas avançadas, algumas delas tão radicais que eram conhecidas por apenas um punhado de pessoas.
Como as pistas de decolagem das aeronaves militares alemãs tinham estavam sendo destruídas, os sistemas de decolagem vertical se tornaram uma obsessão para Hitler, e consequentemente para Kammler. Para este fim, é construído um projeto específico, intitulado O Sino, em referência a um aparelho cuja cobertura inteiramente feita de cerâmica se assemelhava a um sino, e cujo sistema de propulsão pode ter se tornado numa forma muito eficiente de se dominar a gravidade.
Mas, quando em 1945 os aliados tinham quase dominado as forças de Hitler, tinha chegado a hora de cientistas e engenheiros deixarem a Alemanha. Foi quando o projeto O Sino desapareceu. Em abril de 1945, Adolf Hitler ordena a morte de 62 cientistas que trabalhavam no projeto O Sino, bem como inúmeros operários que trabalharam em campos secretos. Esses assassinatos foram supervisionados pelo próprio Kammler.
As entradas nos túneis secretos foram soterradas, e muitos trabalhadores foram fechados lá dentro, numa tentativa de destruir todos os vestígios dos projetos secretos nazistas. Mas Hitler nem desconfia que Kammler estava prestes a mudar de lado. Ele planejava levar todos os segredos nazistas aos norte-americanos em troca de imunidade. O fato é que em 1945 ele desapareceu para sempre. Curiosamente, no julgamento de Nuremberg, Kammler praticamente não foi citado, apesar de ter sido ele o responsável pelo extermínio no Gueto de Varsóvia.
Além disso, os norte-americanos realizaram um projeto secreto intitulado Operação Paperclip, que levou aos Estados Unidos milhares de mentes alemãs brilhantes e cheias de conhecimentos e segredos. Logo no ano seguinte ao fim da guerra, em 1946, começou a primeira onda de avistamento s de OVNI’s por toda a extensão dos Estados Unidos.
Em julho de 1947, um novo objeto se estraçalha perto da base militar de Roswell, no Novo México. Após investigar o incidente, a Força Aérea fornece um comunicado surpreendente à imprensa. Nele, afirma que tinham capturado um disco voador, para em algumas horas reverter a natureza do comunicado e afirmar que, na realidade, tratava-se de um balão meteorológico.
Depois de Roswell, os avistamentos disparam, alcançando seu ápice nos anos 50. Muitos deles aconteceram em locais próximos a importantes bases militares norte-americanas. Eram tantos os avistamentos que parecia haver uma guerra aérea sobre os Estados Unidos naquela época. O público se convencia de que estava em curso uma invasão alienígena, e a própria cultura popular reforça esta mensagem.
Estas e outras inúmeras evidências levam a crer que os militares norte-americanos estavam realizando testes secretos com discos voadores, e para isso deveriam ter um lugar para escondê-los. E o lugar perfeito para isso estava no deserto de Nevada, num local conhecido como Área 51, o lugar onde a Força Aérea Norte-Americana realiza seus testes aéreos mais secretos.
Estes projetos recebem verba do Congresso, mas não são reconhecidos pelo Departamento de Defesa. A função, o propósito a existência de projetos que custam cerca de 40 a 45 bilhões de dólares por ano não são revelados. O muro de silêncio em torno da Área 51 é mantido pela dificuldade em se aproximar do local, bem como pela alta seletividade de seus funcionários.
Muitos investigadores destes temas concluem que as autoridades norte-americanas usam o que chamam de mito extraterrestre para esconder seus projetos ultra-secretos. Desta forma, a cada acidente ocorrido com aeronaves de guerra de última geração, informações desencontradas a respeito de OVNI’s caindo na superfície terrestre seriam ventiladas para o público em geral através da mídia.
Em 1997, a CIA admitiu sua participação ativa em campanhas de desinformação relacionadas com OVNI’s. Alguns sugerem que toda vez que começa-se a falar a respeito da Área 51, surgem informações escassas sobre avistamentos de objetos estranhos nos céus e aparições de pequenos alienígenas cinzentos, como resultado de esforços deliberados de desinformação sobre projetos secretos que tiveram sua origem ainda nas mentes dos cientistas da Alemanha Nazista.
Durante 25 ou 30 anos, projetos secretos foram desenvolvidos na Área 51, sendo financiados por centenas de bilhões de dólares. O fato é que as forças militares norte-americanas vêm escondendo com sucesso seus projetos aeronáuticos mais secretos, ao mesmo tempo em que o tema dos extraterrestres e seus veículos espaciais consolidou-se como um mito bastante popular e até mesmo muito lucrativo para a mídia e a indústria do cinema.

Fonte: www.sgi.org.br

EXISTE VIDA APÓS O PARTO?

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída. O cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

APAGANDO VELINHAS

Quem comemorou mais um aniversário ontem (17) foi a cunhada Adelúcia, esposa do Ir.'. Celso Lucena.
Que o G.'.A.'.D.'.U.'. continue a abençoar esta bela família com muita saúde, paz e felicidades!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A FLOR DA VIDA E A GEOMETRIA SAGRADA

Em todo o mundo há inúmeras construções de caráter religioso que foram elaboradas segundo os princípios da geometria sagrada. São igrejas, templos, monumentos, altares e jardins destinados a transmitir de maneira visual ensinamentos de natureza superior, já que tiveram sua constituição determinada por formas e proporções geométricas dotadas de especial significado místico.
Ao longo da história espiritual da humanidade, números e formas geométricas sempre foram considerados entidades especiais dotadas de um poder de criação e sustentação da vida. Enquanto os números são mais abstratos e conceituais, as figuras geométricas carregam maior apelo emocional, já que podem ser vistas e usadas para a construção de objetos no mundo físico.
Uma das formas geométricas mais interessantes, mais antigas e que atualmente é muito usada em práticas místicas e para facilitar a transmissão de ensinamentos de certos movimentos espiritualistas é a chamada Flor da Vida.

Este é o nome moderno dado à uma figura geométrica composta de vários círculos de igual diâmetro, sobrepostos de maneira padronizada, formando uma estrutura semelhante à uma flor composta, em seu núcleo, por seis pétalas simétricas.
Numa cadeia infinita de círculos que formam uma teia harmoniosa dentro da qual emergem figuras geométricas sagradas para muitas tradições espirituais antigas, o centro de cada círculo está posicionado exatamente sobre a circunferência dos seis círculos que o cercam.
Muitos consideram a Flor da Vida como um dos mais importantes símbolos da geometria sagrada, pois dentro dela estariam codificadas as formas fundamentais que constituem aquilo que conhecemos como tempo e espaço. Estas formas seriam as estruturas conhecidas como a Semente da Vida, o Ovo da Vida, o Fruto da Vida e a Árvore da Vida.
Portanto, ela contém em si mesma as diversas etapas do desenvolvimento da vida, desde o surgimento com a Semente, sua expansão através do Ovo, sua proteção através do Fruto, a manifestação de sua beleza através da Flor e sua expressão final na Árvore, de onde nascerão as novas sementes, retomando assim o ciclo natural de expansão da natureza.

A vida tem sua origem nas águas e toda a vida na Terra requer a presença deste elemento para a sua manutenção. Ao contemplarmos a forma da Flor da Vida, com seus raios que partem do centro formando um hexágono, encontramos outro aspecto simbólico que reforça a mensagem transmitida por esta figura geométrica, pois sua forma básica é igual ao modelo estrutural do floco de neve, a água cristalizada.
Por este motivo a Flor da Vida é reverenciada desde tempos imemoriais, tendo servido como elemento de construção simbólica para muitas culturas antigas e alguns dos mais ilustres sábios da humanidade. Com muito pouca pesquisa é possível encontrar a Flor da Vida em muitos templos, obras de arte e manuscritos de culturas antigas espalhados por diversas partes do mundo.
Ela está espalhada por Israel, no interior das antigas sinagogas da Galileia e de Massada, e na região do Monte Sinai. Foram encontradas em mesquitas no Oriente Médio, em antigos sítios arqueológicos romanos localizados na Turquia, bem como no Marrocos e em obras de arte italianas datadas do século XIII.
Muitos templos japoneses e chineses, além da própria Cidade Proibida, ostentam diversos exemplares da Flor da Vida. Na Índia, ela pode ser vista no Harimandir Sahib, o Templo Dourado, e nos templos localizados nas Grutas de Ajanta. Ela também foi encontrada na Bulgária, na Hungria e na Áustria, assim como no México e no Peru.
Por muito tempo se pensou que a representação mais antiga da Flor da Vida havia sido gravada nas paredes do Templo de Abidos, no Egito, um lugar sagrado dedicado à Osíris, divindade crística que representa os ciclos de vida, morte e ressurreição. Contudo, o exemplar mais antigo estava num dos palácios do rei assírio Assurbanípal, e hoje pode ser encontrado no Museu do Louvre, em Paris.
Mesmo assim muitos autores afirmam que os desenhos da Flor da Vida no interior do Templo de Abidos possuem entre 6000 e 12000 anos de idade. Existem cinco Flores da Vida desenhadas em cada uma das duas colunas que sustentam o Templo de Osíris, todas desenhadas de forma muito precisa, mas não gravadas na pedra, e tão apagadas que quase não se pode notar sua presença.
Em regiões como a Polônia e outras culturas influenciadas pelos eslavos era costume esculpir a Flor da Vida em diversos tipos de arte feita com cerâmica. Além disso, foram encontradas muitas representações esculpidas nos caibros de madeira que serviam de sustentação para os telhados das casas destes povos, como uma forma de proteção contra relâmpagos.
Um dos maiores gênios da humanidade, o renascentista italiano Leonardo da Vinci realizou estudos a respeito da Flor da Vida e de suas propriedades matemáticas. Através da Flor da Vida, Leonardo desenhou de próprio punho diversos de seus componentes geométricos, como é o caso dos cinco sólidos platônicos e da Semente da Vida.
Assim como toda flor, a Flor da Vida nasce de uma semente, que neste caso é a Semente da Vida, uma figura geométrica formada por sete círculos dispostos segundo uma simetria hexagonal, formando um padrão composto por círculos e lentes, e que serve como componente básico estrutural da Flor da Vida.
Segundo algumas tradições judaicas e cristãs, os estágios de construção da Semente da Vida correspondem aos seis dias da Criação descritos no livro do Gênesis. E logo nas primeiras etapas desta construção podem ser encontrados outros dois símbolos religiosos antigos, que são a Vesica Piscis, símbolo do eterno feminino, e os Anéis Borromeanos, correspondentes à trindade divina.
Acrescentando seis círculos à estrutura básica da Semente da Vida, temos a forma mais elementar da Flor da Vida. Esta, por sua vez, pode ser convertida no Ovo da Vida, um símbolo composto por sete círculos tomados do desenho da Flor. O formato do Ovo da Vida é semelhante ao formato do embrião nas primeiras horas de sua criação.
Por sua vez, o Ovo da Vida é o fundamento para a formação de diversas outras figuras geométricas. Uma delas é o Cubo, um dos cinco sólidos platônicos, e outra é o Tetraedro, outro sólido platônico, um pouco mais complexo que o Cubo. De extrema importância para a mística judaica é a Estrela de Davi, outro símbolo que pode ser extraído do Ovo da Vida.
Ampliando um pouco mais o Ovo da Vida podemos extrair o Fruto da Vida, que é formado por treze círculos tomados da Flor da Vida. Muitos consideram o Fruto da Vida como a própria planta arquitetônica do universo, pois conteria os fundamentos para a estrutura de todo átomo, de toda molécula e de toda forma de vida existente.
O Fruto da Vida contém a base geométrica do Cubo de Metatron, desde o qual é possível extrair os cinco sólidos platônicos. Se o centro de cada círculo for considerado um nó, e cada nó for conectado ao outro por uma linha, haverá um total de 78 linhas formando uma espécie de cubo, que é o próprio Cubo de Metatron.
Seguindo o desenvolvimento natural da Semente, da Flor e do Futo da Vida, encontramos a Árvore da Vida, um conceito presente em várias teologias e filosofias herméticas, e uma metáfora muito importante para o conjunto de ensinamentos místicos de origem judaica, conhecido como Cabala.
A ideia cabalista da Árvore da Vida  é usada para compreender a natureza de Deus e a forma como ele emana seus atributos de forma a constituir todo o universo. Ela pode ser entendida como um mapa da Criação e das energias presentes nos seres humanos, e corresponde tanto biblicamente como esotericamente à Árvore da Vida mencionada no livro do Gênesis.
Na busca pela compreensão de natureza mística da origem da vida, todos estes elementos geométricos derivados da Flor da Vida podem servir como instrumento fundamental e completo. Ela pode servir como amparo didático para o entendimento do esoterismo dos números, do fluxo de desenvolvimento da energia divina através do macrocosmo e do microcosmo, bem como uma mandala através da qual certos estados míticos elevados podem ser alcançados.

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O OLHO DE HÓRUS (DOCUMENTÁRIO)

Este documentário tão antigo quanto impressionante mostra a história de uma suposta organização sacerdotal hermética, pertencentes à escola de mistérios conhecida como Olho de Hórus. Esta escola teria sido responsável pela orientação espiritual e a direção dos destinos do povo egípcio durante milhares de anos.

Seu objetivo principal teria sido o de promover a elevação do nível de consciência daquele povo através, principalmente, da construção de diversos templos sagrados ao longo das margens do rio Nilo. Além disso, tais sacerdotes eram os zelosos guardiões da sabedoria acumulada desde tempos imemoriais, quando ainda existia o continente perdido da Atlântida.
A série foi baseada nas investigações do egiptólogo e matemático R. A. Schwaller de Lubicz e nas realizações da escola Olho de Hórus. Os templos construídos por esta organização eram utilizados como enciclopédias de conhecimento, cujo objetivo era transmitir ao povo, ao longo de muitas gerações, a informação acumulada a respeito do funcionamento do universo.
Tais templos também serviram como polos de desenvolvimento social, político e econômico da civilização egípcia. Espiritualmente, os antigos sacerdotes estruturaram esta sociedade alicerçada em dois conceitos fundamentais: (1) a reencarnação como meio de evolução espiritual e (2) a iluminação como passo final deste processo.
Para los antigos egípcios, havia um plano divino baseado na reencarnação destinado a que o homem experimentasse em sua própria carne as leis que determinam o funcionamento do universo. Vivendo um processo evolutivo através do acúmulo de experiências ao longo de 700 reencarnações, o ser humano, inicialmente um ser instintivo, ignorante, inocente e primitivo, poderia se transformar em um super-homem, em um sábio imortal.
Além de templos, os sacerdotes da escola Olho de Hórus construíram enormes pirâmides para concentrar energias cósmicas e telúricas em câmaras focalizadoras, que elevavam a frequência vibratória de seus discípulos mais avançados. A utilização deste processo ampliava a percepção sensorial e permitia adquirir informações valiosas sobre outros planos de consciência cósmica.
Tais câmaras serviam ainda para a exploração metafísica. Diz-se que, nos dias de equinócio, utilizavam toda a energia acumulada no interior das pirâmides para impulsionar o aumento da frequência vibratória dos átomos dos altos iniciados para que abrissem como flores, liberando a luz contida no interior de seus núcleos.
Assim se produzia uma iluminação temporal do discípulo, durante a qual podia viajar conscientemente pelo tempo e pelo espaço.
As pirâmides egípcias teriam sido construídas sobre um dos centros neurais da rede electromagnética do planeta. Construídas com blocos de pedra talhada pelo homem, eram gigantescos cristais que vibravam harmonicamente com o planeta.
Este blocos de pedra contém quartzo, cujas moléculas, ao vibrarem, friccionam suas superfícies, carregando-se eletricamente num fenômeno que hoje conhecemos como piezoelétrico. Esta energia acumulada era utilizada para induzir estados alterados de consciência nos adeptos do Olho de Hórus.

O documentário original está dividido em 10 capítulos:

Capítulo 4: A Flor da Vida.
Capítulo 5: O Complexo de Cristal.
Capítulo 6: A Máquina Quântica.
Capítulo 9: O Portal da Liberdade.
Capítulo 10: O Princípio Feminino.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MEDITANDO COM OS CARACTERES HEBRAICOS

O mais longo de todos os Salmos é o de número 119, sendo também o mais longo capítulo de toda a Bíblia. Ele é denominado “As Oito Facetas”, e é composto por 22 estrofes de oito versículos. Cada estrofe é precedida por uma letra do alfabeto hebraico, descrevendo o empenho por uma vida fiel e autêntica, de acordo com a Lei de Deus. É um Salmo que trata das 22 letras do alfabeto hebraico e possui um alto valor cabalístico.
Os antigos místicos hebreus diziam que o alfabeto hebraico compunha um código de comunicação usado pelos iniciados nos mistérios do templo, pois todas as letras hebraicas têm um valor externo e um valor secreto. O conhecimento deste código foi transmitido de forma oral desde a criação do mundo, e hoje o conhecemos com o nome de Cabala.
Para extrair a sabedoria contida em cada letra e em cada Salmo, sugerimos a seguinte meditação: sente-se confortavelmente e visualize por um momento as 22 letras do alfabeto hebraico. Então, selecione uma delas, leia o trecho correspondente e medite sobre seu conteúdo.
Depois de um tempo de reflexão sobre o trecho correspondente à letra, as dúvidas e o pessimismo que usualmente ocupam a mente racional serão substituídos pela certeza e pelo otimismo, possibilitando o reencontro com a sua força interior, tornando-o mais proativo e menos reativo às circunstâncias externas, libertando sua verdadeira essência. 

ALEPH
1 Bem-aventurados os que trilham com integridade o seu caminho, os que andam na lei do Senhor!
2 Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, que o buscam de todo o coração,
3 que não praticam iniquidade, mas andam nos caminhos dele!
4 Tu ordenaste os teus preceitos, para que fossem diligentemente observados.
5 Oxalá sejam os meus caminhos dirigidos de maneira que eu observe os teus estatutos!
6 Então não ficarei confundido, atentando para todos os teus mandamentos.
7 Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido as tuas retas ordenanças.
8 Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente!


BETH
9 Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.
10 De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos.
11 Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.
12 Bendito és tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos.
13 Com os meus lábios declaro todas as ordenanças da tua boca.
14 Regozijo-me no caminho dos teus testemunhos, tanto como em todas as riquezas.
15 Em teus preceitos medito, e observo os teus caminhos.
16 Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.



GUIMEL
17 Faze bem ao teu servo, para que eu viva; assim observarei a tua palavra.
18 Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.
19 Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.
20 A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças em todo o tempo.
21 Tu repreendeste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.
22 Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.
23 Príncipes sentaram-se e falavam contra mim, mas o teu servo meditava nos teus estatutos.
24 Os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros.



DALETH
25 A minha alma apega-se ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.
26 Meus caminhos te descrevi, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos.
27 Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim meditarei nas tuas maravilhas.
28 A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.
29 Desvia de mim o caminho da falsidade, e ensina-me benignidade a tua lei.
30 Escolhi o caminho da fidelidade; diante de mim pus as tuas ordenanças.
31 Apego-me aos teus testemunhos, ó Senhor; não seja eu envergonhado.
32 Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.

HE
33 Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e eu o guardarei até o fim.
34 Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei, e a observe de todo o meu coração.
35 Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela me comprazo.
36 Inclina o meu coração para os teus testemunhos, e não para a cobiça.
37 Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.
38 Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor.
39 Desvia de mim o opróbrio que temo, pois as tuas ordenanças são boas.
40 Eis que tenho anelado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.

VAU
41 Venha também sobre mim a tua benignidade, ó Senhor, e a tua salvação, segundo a tua palavra.
42 Assim terei o que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.
43 De minha boca não tires totalmente a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos.
44 Assim observarei de contínuo a tua lei, para sempre e eternamente;
45 e andarei em liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos.
46 Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.
47 Deleitar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo.
48 Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos.

ZAYIN
49 Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.
50 Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica.
51 Os soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei.
52 Lembro-me dos teus juízos antigos, ó Senhor, e assim me consolo.
53 Grande indignação apoderou-se de mim, por causa dos ímpios que abandonam a tua lei.
54 Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha peregrinação.
55 De noite me lembrei do teu nome, ó Senhor, e observei a tua lei.
56 Isto me sucedeu, porque tenho guardado os teus preceitos.

CHETH
57 O Senhor é o meu quinhão; prometo observar as tuas palavras.
58 De todo o meu coração imploro o teu favor; tem piedade de mim, segundo a tua palavra.
59 Quando considero os meus caminhos, volto os meus pés para os teus testemunhos.
60 Apresso-me sem detença a observar os teus mandamentos.
61 Enleiam-me os laços dos ímpios; mas eu não me esqueço da tua lei.
62 À meia-noite me levanto para dar-te graças, por causa dos teus retos juízos.
63 Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos.
64 A terra, ó Senhor, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos.

TETH
65 Tens usado de bondade para com o teu servo, Senhor, segundo a tua palavra.
66 Ensina-me bom juízo e ciência, pois creio nos teus mandamentos.
67 Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra.
68 Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus estatutos.
69 Os soberbos forjam mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardo os teus preceitos.
70 Torna-se-lhes insensível o coração como a gordura; mas eu me deleito na tua lei.
71 Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
72 Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata.

IOD
73 As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos.
74 Os que te temem me verão e se alegrarão, porque tenho esperado na tua palavra.
75 Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são retos, e que em tua fidelidade me afligiste.
76 Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.
77 Venham sobre mim as tuas ternas misericórdias, para que eu viva, pois a tua lei é o meu deleite.
78 Envergonhados sejam os soberbos, por me haverem subvertido sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.
79 Voltem-se para mim os que te temem, para que conheçam os teus testemunhos.
80 Seja perfeito o meu coração nos teus estatutos, para que eu não seja envergonhado.

KAPH
81 Desfalece a minha alma, aguardando a tua salvação; espero na tua palavra.
82 Os meus olhos desfalecem, esperando por tua promessa, enquanto eu pergunto: Quando me consolarás tu?
83 Pois tornei-me como odre na fumaça, mas não me esqueci dos teus estatutos.
84 Quantos serão os dias do teu servo? Até quando não julgarás aqueles que me perseguem?
85 Abriram covas para mim os soberbos, que não andam segundo a tua lei.
86 Todos os teus mandamentos são fiéis. Sou perseguido injustamente; ajuda-me!
87 Quase que me consumiram sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos.
88 Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca.

LAMED
89 Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.
90 A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.
91 Conforme a tua ordenança, tudo se mantém até hoje, porque todas as coisas te obedecem.
92 Se a tua lei não fora o meu deleite, então eu teria perecido na minha angústia.
93 Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.
94 Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.
95 Os ímpios me espreitam para me destruírem, mas eu atento para os teus testemunhos.
96 A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é ilimitado.

MEM
97 Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo.
98 O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo.
99 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.
100 Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos.
101 Retenho os meus pés de todo caminho mau, a fim de observar a tua palavra.
102 Não me aperto das tuas ordenanças, porque és tu quem me instrui.
103 Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais doces do que o mel à minha boca.
104 Pelos teus preceitos alcanço entendimento, pelo que aborreço toda vereda de falsidade.

NUN
105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.
106 Fiz juramento, e o confirmei, de guardar as tuas justas ordenanças.
107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
108 Aceita, Senhor, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, e ensina-me as tuas ordenanças.
109 Estou continuamente em perigo de vida; todavia não me esqueço da tua lei.
110 Os ímpios me armaram laço, contudo não me desviei dos teus preceitos.
111 Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração.
112 Inclino o meu coração a cumprir os teus estatutos, para sempre, até o fim.

SAMEKH
113 Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei.
114 Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.
115 Apartai-vos de mim, malfeitores, para que eu guarde os mandamentos do meu Deus.
116 Ampara-me conforme a tua palavra, para que eu viva; e não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.
117 Sustenta-me, e serei salvo, e de contínuo terei respeito aos teus estatutos.
118 Desprezas todos os que se desviam dos teus estatutos, pois a astúcia deles é falsidade.
119 Deitas fora, como escória, todos os ímpios da terra; pelo que amo os teus testemunhos.
120 Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e tenho medo dos teus juízos.

AYIN
121 Tenho praticado a retidão e a justiça; não me abandones aos meus opressores.
122 Fica por fiador do teu servo para o bem; não me oprimem os soberbos.
123 Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.
124 Trata com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me os teus estatutos.
125 Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos.
126 É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei.
127 Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, sim, mais do que o ouro fino.
128 Por isso dirijo os meus passos por todos os teus preceitos, e aborreço toda vereda de falsidade.

PE
129 Maravilhosos são os teus testemunhos, por isso a minha alma os guarda.
130 A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples.
131 Abro a minha boca e arquejo, pois estou anelante pelos teus mandamentos.
132 Volta-te para mim, e compadece-te de mim, conforme usas para com os que amam o teu nome.
133 Firma os meus passos na tua palavra; e não se apodere de mim iniqüidade alguma.
134 Resgata-me da opressão do homem; assim guardarei os teus preceitos.
135 Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e ensina-me os teus estatutos.
136 Os meus olhos derramam rios de lágrimas, porque os homens não guardam a tua lei.

TSADI
137 Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.
138 Ordenaste os teus testemunhos com retidão, e com toda a fidelidade.
139 O meu zelo me consome, porque os meus inimigos se esquecem da tua palavra.
140 A tua palavra é fiel a toda prova, por isso o teu servo a ama.
141 Pequeno sou e desprezado, mas não me esqueço dos teus preceitos.
142 A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade.
143 Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer.
144 Justos são os teus testemunhos para sempre; dá-me entendimento, para que eu viva.

KOPH
145 Clamo de todo o meu coração; atende-me, Senhor! Eu guardarei os teus estatutos.
146 A ti clamo; salva-me, para que guarde os teus testemunhos.
147 Antecipo-me à alva da manhã e clamo; aguardo com esperança as tuas palavras.
148 Os meus olhos se antecipam às vigílias da noite, para que eu medite na tua palavra.
149 Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua justiça.
150 Aproximam-se os que me perseguem maliciosamente; andam afastados da tua lei.
151 Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade.
152 Há muito sei eu dos teus testemunhos que os fundaste para sempre.

RESH
153 Olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.
154 Pleiteia a minha causa, e resgata-me; vivifica-me segundo a tua palavra.
155 A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.
156 Muitas são, Senhor, as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos.
157 Muitos são os meus perseguidores e os meus adversários, mas não me desvio dos teus testemunhos.
158 Vi os pérfidos, e me afligi, porque não guardam a tua palavra.
159 Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, Senhor, segundo a tua benignidade.
160 A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre.

SCHIN
161 Príncipes me perseguem sem causa, mas o meu coração teme as tuas palavras.
162 Regozijo-me com a tua palavra, como quem acha grande despojo.
163 Odeio e abomino a falsidade; amo, porém, a tua lei.
164 Sete vezes no dia te louvo pelas tuas justas ordenanças.
165 Muita paz têm os que amam a tua lei, e não há nada que os faça tropeçar.
166 Espero, Senhor, na tua salvação, e cumpro os teus mandamentos.
167 A minha alma observa os teus testemunhos; amo-os extremamente.
168 Observo os teus preceitos e os teus testemunhos, pois todos os meus caminhos estão diante de ti.

TAU
169 Chegue a ti o meu clamor, ó Senhor; dá-me entendimento conforme a tua palavra.
170 Chegue à tua presença a minha súplica; livra-me segundo a tua palavra.
171 Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus estatutos.
172 Celebre a minha língua a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos.
173 Esteja pronta a tua mão para me socorrer, pois escolhi os teus preceitos.
174 Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer.
175 Que minha alma viva, para que te louve; ajudem-me as tuas ordenanças.
176 Desgarrei-me como ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.

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