quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O MAÇOM E A JUVENTUDE





  Por diversas vezes, encontramos a expressão “Construtor Social” vinculada à missão de ser Maçom e com isso focamos nossos esforços no coletivo, em ações sociais. Não há nada de errado nesta postura de nos concentrarmos nesta dimensão objetiva dirigida ao outro como a sociedade organizada, desde que não nos esqueçamos da dimensão subjetiva ou bem próxima a nós. Todo Maçom tem, de alguma forma, um vínculo com a juventude, seja com sobrinho, filho, neto, funcionário ou vizinho.
   A Organização das Nações Unidas – ONU, qualifica como jovens pessoas entre os 13 e 24 anos de idade. Mesmo reconhecendo a importância desta maravilhosa fase da vida, não podemos nos esquecer de que a juventude é também uma forma imatura de um ser vivo. Nas nossas alegorias, não podemos tratá-los como “pedra bruta”, mas, sim, como uma “pedra em formação”, sem, ainda, a plenitude de uma estrutura externa e interna bem definida. Sob o ponto de vista geológico, esta “pedra em formação” está exposta a todas as intempéries do tempo e todas as forças da natureza.
 Os jovens como “pedra em formação” estão expostos também moral e psicologicamente. Nesta face é onde grande parte de sua formação (aprendizado) se dá em ambientes adversos, diferentes do lar, das instituições de promoção da moral e da ética ou mesmo das religiões. Não havendo uma atuação prática substancializada em valores e forças neste processo de formação, teremos como resultante uma pedra de estrutura interna fragilizada, com tantas arestas e deformidades externas que, ao uso do malho e do cinzel, ela trincará ou não se sustentará como peça adequada a nenhuma edificação. Os valores aprendidos pelo Maçom no estudo de nossos símbolos precisam ser balizadores de sua conduta.     
 Lembremo-nos de que um dia, estávamos “nas trevas”, vendados; éramos completamente ignorantes sobre o que se passava ao nosso redor. Por isto, precisávamos de um GUIA ESCLARECIDO (Experto). Este estado que nos encontrávamos se aplica à família, onde o jovem/filho, incapaz de se dirigir, necessita do amparo e guia de um adulto/pai. Nosso Grão-Mestre AdVitan Leonel Ricardo de Andrade, há anos nos alerta: “Para com os filhos deve (o Maçom) exercer com lealdade o poder pátrio, educando e ensinando-lhes que o trabalho e a honradez constituem o mais seguro amparo, além de ser a única forma justa e perfeita de ascensão social.” A PRIMEIRA CÉLULA DA SOCIEDADE É A FAMÍLIA. QUE NENHUM MAÇOM SE ESQUIVE DE SUA CONDIÇÃO DE EDUCADOR, PRINCIPALMENTE, PELO EXEMPLO. Este artigo foi inspirado no livro “CENTENÁRIO DA LOJA MAÇÔNICA CARIDADE SUL MINEIRA” 1998, onde na página 123, o Irmão Jesus Antonio Padilha se manifesta sobre a juventude: "Nós temos esta responsabilidade sagrada, a responsabilidade de abrir estradas amplas para a jornada do moço, na direção do futuro. Temos que rasgar clareiras, para o seu repouso e refazimento, ao longo dessa caminhada, temos o dever de nos postarmos como tenebrário para o escuro das suas noites de dúvidas e de incertezas." Neste nono ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

Fraternalmente Quirino
                                                                                                          Sérgio Quirino – ARLS
Presidente Roosevelt 025 - GLMMG

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