domingo, 19 de outubro de 2014

A INICIAÇÃO MAÇÔNICA

Em Maçonaria a Iniciação é a chave, o ponto de partida, precedida, tão somente, pelos atos preparatórios…
Uma Iniciação sempre traduz uma expectativa porque é um princípio, e todo começo importa em fato novo.
O vocábulo Iniciação não se apresenta isolado; deva-se entender a palavra sob o aspecto filosófico, portanto ela é compreendida como sendo entrar em iniciação, ou seja, ingressar num início.
Uma iniciação não é um ato comum e tampouco exclusivo da Maçonaria ou de outra Instituição paralela. A criança é iniciada na escola quando ingressa no complexo (para ela) mundo das letras e dos números, da escrita e da oralidade. A puberdade envolve uma iniciação ao sexo.
A evolução normal dos povos civilizados apresenta uma tendência para a simplificação.
A iniciação maçônica de hoje difere muito da dos tempos iniciais, como acontece com os processos iniciáticos religiosos. O homem atual desenvolveu o poder da síntese, deixando de lado as evoluções desnecessárias. Questiona-se muito a respeito da validade ou não deste comportamento que, atingindo a Igreja, lhe causou certos transtornos.
O fator que mantém as tradições e que apresenta a iniciação maçônica como tradição do que era em séculos passados, é o símbolo. A supressão de certos atos, com a justificativa de modernizá-los, de simplificá-los, de adaptá-los às circunstâncias da atualidade. Na Maçonaria atual, modernizada, não abre mão de certos atos simbólicos porque eles representam de modo compreensível todo um conjunto de mistérios.
A revelação não supre o valor do símbolo. O mistério permanece e cada vez mais ele pode ser fortalecido e também ampliado, renovado e recriado. A mística é a grande atração para os maçons. Eles aceitam e mantêm a tradição.
Paralelamente à iniciação, o iniciado deixa ou adquire hábitos, jura, promete novas atitudes, novos comportamentos, nova filosofia de vida. Podemos exemplificar com a iniciação do sacerdote da Igreja que faz voto de celibato. Os Templários faziam voto de pobreza.
Se fôssemos verificar a respeito das variações iniciáticas entre os povos, religiões, raças e posições geográficas, nos perderíamos em um emaranhado de conceitos, válidos todos eles quando questionados e quando recebida a justificativa.
A criação do homem, embora lendária, foi uma iniciação. Juntado o pó com a água, feito o barro, concluída a modelagem, veio o sopro divino e, ainda que surgindo adulto, o primeiro homem símbolo teve um longo aprendizado. A sua posição era cômoda porque nada tinha para deixar atrás ou de lado. Tudo era princípio. Houve, sim, um voto. Apenas um: o de não comer dos frutos da Árvore do Conhecimento.
Não temos qualquer preocupação em duvidar desse princípio da criação. Mesmo que tenha sido uma tradição simbólica, início da saga hebraica, ele representa um ponto de partida. Se, antes, já existia o ser humano – os denominados “filhos da terra” – desses não temos a história. Iremos nos defrontar com teorias, as mais credenciadas, mas não poderemos sobre essas teorias construir nossa filosofia.
A Maçonaria acredita num princípio e obedece aos Landmarks, que são os princípios básicos de sua doutrina. A importância de estabelecer critérios analíticos em torno desse princípio não é vital. O posicionamento maçônico atual é o de crer e aceitar a existência de um Deus a quem denomina de Grande Arquiteto do Universo e da existência de uma vida após a morte.
Portanto, iniciação implica em aceitarmos um novo princípio, com todas as injunções que o compõem, inclusive com abrir mão de tudo o que era antes da iniciação.
Esta seção, separando o passado do presente, não é possível ocorrer no plano físico.                                                   O iniciado, ao deixar o Templo, ao retornar ao “mundo”, esquece a sua nova condição e readquire o comportamento que tinha isto paulatinamente, porque a “natureza não dá saltos”. O mundo então o recebe como ser mais aperfeiçoado. Toda iniciação se desenvolve no plano mental, espiritual e místico.
Muitos tendem a dar à Maçonaria um aspecto religioso e assim, dentro das Lojas, formam-se correntes as mais diversas. O religioso, de forma geral, tende a adaptar a Maçonaria aos seus princípios; assim, sob o ponto de vista espírita, o maçom espírita praticante construirá em sua iniciação um panorama que não conflite com sua crença. Porém, sem afirmar que a Maçonaria é agnóstica, a religião, embora extremamente necessária, não está incluída na filosofia maçônica.
Crer em Deus e numa vida futura não implica em qualquer princípio religioso. A religião fundamenta-se sempre, na fé. A Maçonaria prescinde desta fé. O maçom religioso será, sempre, um maçom compreensivo. O religioso crê no dualismo: Deus e Diabo. A Maçonaria aceita a Deus como um Princípio, sem a preocupação de perquirir sobre a origem deste Princípio, O homem, é criatura; o Criador é Deus. O homem é eterno; a Eternidade é Deus.
Temos, portanto, na iniciação um aspecto curioso: trata-se de uma Iniciação Maçônica e não de uma iniciação religiosa. Uma iniciação escolhida, aceita, experimental, e não uma iniciação imposta. A religião pode ser seleção, mas genericamente é imposta.
Nossos pais, por exemplo, nos impõem um nome que devemos suportar até a morte. Paralelamente, nossos pais nos dirigem para uma religião: a religião deles. Na maturidade, o homem pode escolher o seu próprio destino religioso, porém, a influência do lar será à base de tudo.
A Maçonaria aproxima o seu adepto a Deus. Ela o apresenta como uma obra perfeitamente construída, adornada e acabada por um Grande Arquiteto. O mistério se denomina, também, Deus. Para a Maçonaria o Diabo nada é; ela aceita o dualismo como equilíbrio de forças. O Diabo será apenas oposição, descrença, desamor. O homem passa constantemente por iniciações. Nem sempre, são iniciações conscientes.
A Iniciação Maçônica, como vimos, é formada por um conjunto de fatores. Inicialmente individual, para posteriormente integrar-se a um grupo.
As iniciações inconscientes resultam de uma evolução espiritual; o que se processa no homem, dentro de seu universo, ainda não está muito bem definido, mas existe. E a materialização do “conhece-te a ti mesmo”, da revelação do grande mistério da Criação. Homem, quem és?
A Maçonaria dá muitas respostas, mas se torna necessário que o candidato passe, efetivamente, por uma Iniciação. A Maçonaria precisa com muita urgência, para sobreviver, de iniciados, e não de elementos que passam por uma iniciação sem que a morte se efetive. Para uma comparação, com a finalidade de que haja compreensão maior, foi necessário para Jesus que morresse para cumprir a sua missão de redimir o homem. Sem uma morte, não haverá iniciação.
… Portanto, em resumo, a Iniciação nada mais é do que a aceitação da morte. Assim, esta morte perde o seu aspecto trágico.
Quando o homem se convencer de que a Iniciação para uma nova aventura. Todos aqueles que tiverem um amigo maçom e que forem propostos como candidatos ao ingresso na Maçonaria, terão uma oportunidade única e exclusiva. Sempre, contudo, que o candidato busque entender a Iniciação.
Em outros países – Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai, etc. – as Lojas distribuem aos candidatos um manual que serve de orientação, inclusive dos familiares. Nós, brasileiros ainda temos tabus quanto ao ingresso na Ordem. O candidato, já adentrando a Câmara das Reflexões, ainda ignora o que seja a iniciação. Esta falha é imperdoável.
Cabe ao apresentador, ao padrinho esclarecer seu afilhado acerca do que seja a iniciação maçônica. Obviamente se esse mestre souber realmente da importância deste conhecimento.
O homem em núpcias prepara-se para a iniciação do casamento, tendo já passado por um período de noivado. O casamento indubitavelmente é uma das fases mais importantes tanto para o homem quanto para a mulher. Trata-se de uma iniciação séria que cada vez menos é assim considerada, pois assistimos a desfazimentos de casamento por motivos os mais fúteis possíveis.
O importante da iniciação do casamento é que se apresenta contínua. Cada dia que passa surgem problemas que devem ser solucionados, e isto perdura até o fim; não o fim de um casamento mas o da vida.
Passado o período de “mel”, surgem os filhos e a grande problemática do amadurecimento, o encaminhamento dos filhos para a vida, as questões que, eles geram as preocupações. Depois, vêm os netos, as enfermidades, a velhice. Muitas vezes o casamento se interrompe com a morte da companheira, afastamento permanente que causa traumas.
Mesmo havendo separação, prematura ou não, as funções geradas pelo casamento não cessam; em caso de separação judicial, subsiste a manutenção do outro cônjuge, dos filhos menores e desamparados: uma continuidade trágica, perturbadora, que traz, sempre, infelicidade.
Assim é o maçom. A sua iniciação não apresenta um ponto estanque; é contínua e permanente, porque a cada dia que passa novas experiências surgem. Até o fim, o fim da vida, o maçom prossegue nos atos misteriosos e místicos da iniciação. O maçom é para sempre, in eterno. O maçom depois de iniciado sempre será maçom.
Temos a iniciação profissional. No início entusiasta, depois rotineira. Conforme a profissão, ela se apresenta insossa, repetitiva, um castigo, tudo sempre igual: um patrão, uma tarefa, sempre em busca da aposentadoria. Há profissões, porém, que exigem progresso, atividade constante, e que dão grande satisfação; como acontece nas pesquisas científicas.
A Maçonaria também possui essa parte: a grande busca, a experiência, o próximo como elemento de trabalho operativo. Essas iniciações são simultâneas: religiosas, espiritualistas, científicas, operacionais, místicas, enfim, um corolário de princípios que não cessa prossegue até o fim da vida, desta vida.
Não podemos fixar uma norma a respeito da iniciação; a Maçonaria dispõe de tradição para realizar iniciações formalmente iguais, revestidas de simbolismo escolar. No entanto, nem a Maçonaria, nem as religiões, nem a própria vida, iniciam alguém.
A iniciação é mística individual, pois ela se realiza dentro do indivíduo. Obedece-se a ritos rígidos, esses são externos, daí que a cerimônia iniciática se reveste de características fixas, enquanto a cerimônia mística envolve a personalidade do iniciando e difere de indivíduo para indivíduo. Com isto, surge a incógnita da possibilidade ou não de encararmos uma iniciação rotulada de atualizada ou moderna.
A iniciação, seja qual for, será sempre paralela ao desenvolvimento espiritual do indivíduo. Uma obra clássica não significa antiga, de séculos passados. O clássico pode ser moderno e atual; o que classifica é o lugar que encontra na sociedade. Assim, podemos fixar uma iniciação clássica como a aceita por uma maioria. Sempre, porém, ela será atual no conceito do iniciando e não no conceito do iniciador.
A instrução era feita, a cinqüenta anos atrás, de conformidade com os métodos tradicionais; primeiramente, a alfabetização, para depois, ano após ano, num trabalho de paciência beneditina, incutir na mente do aluno o conhecimento previamente programado, numa escala crescente para desenvolver o raciocínio até atingir a universidade, onde a personalidade do mestre passava a plasmar a cultura.
Hoje, a televisão se encarrega de tudo. Amanha, quem sabe, a telepatia dará a orientação precisa e correta. Portanto, quando se cogita de entender o que seja uma iniciação, deve-se atentar a todas as suas nuances e facetas, para, depois, colher os resultados. E por este motivo que sempre alertamos: o iniciado não é o que passa por uma iniciação, mas o que inicia.
O segredo, o grande segredo maçônico é o comportamento do iniciando na Câmara das Reflexões, tão conhecida pelos maçons e de certo modo um assunto esotérico, ainda particular, de vendado de forma muito discreta numa linguagem apropriada compreensão dos maçons, daqueles verdadeiramente iniciados.
O candidato, concluída a sindicância e aprovado pelo plenário, sem voto divergente, é chamado. Esta chamada contém muito misticismo. Dissera Jesus ao discípulo: “vem e segue-me”. O candidato, nesta altura já avisado de que a sua entrada para a Maçonaria foi aceita, responde a chamada. É muito importante ser chamado.
Na competição atual, o homem busca alcançar um espaço; ele desbrava caminhos, luta e nem sempre vence. Porém, na Maçonaria, quando menos espera, recebe o chamado, transmitido pelo seu apresentador, seu padrinho. Esse chamado deve ser atendido? O que passa pela mente do candidato?
O atender o chamado significa um ato de obediência. A obediência de modo geral, significa submissão, ou seja, uma concordância tácita de que tem disposição para ingressar em uma Instituição que desconhece. O enigma deve ser decifrado e o homem, por ser desafiante, ousado, impetuoso, passa a enfrentar o desconhecido. Ignora o nome dos participantes da Instituição onde anuiu ingressar, ignora a filosofia do grupo, os conceitos, a parte esotérica. Porém, aceita e acompanha o padrinho até o Templo.
Atender ao chamamento é o resultado do trabalho de preparação que aludimos acima. Toda Loja, toda jurisdição maçônica trabalhou com muito interesse para atrair o novo irmão que irá beneficiar com a sua personalidade e presença a fraternidade universal.
É o retorno, o eco das vibrações enviadas através da mente, da voz, das práticas, do misticismo, do mistério. Se o chamamento for bem equacionado, se as vibrações emanadas tiverem sido bem distribuídas, indubitavelmente atingiram em cheio o candidato e ele não poderá, de modo algum, negar o chamamento.
Não será ele quem decide. A congregação é que decidiu recebê-lo. E a fatalidade da preparação a que ninguém escapa a atração irresistível em busca, inconsciente, da perfeição. Assim, o candidato se entrega totalmente à iniciação. Aqui cessa a participação individual para dar lugar à participação do grupo.

Fonte: www.obreirosdeiraja.com.br

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

IR.'. RUBENS AZEVEDO MINISTRA PALESTRA SOBRE A EGRÉGORA

Em nossa reunião do dia 07 de outubro, tivemos a grata satisfação de recebermos em nossa Loja o Ir.'. Rubens Azevedo que ministrou belíssima palestra cujo tema é muito importante para toda a Maçonaria nos dias atuais: a Egrégora.

 
O Ir.'. Rubens, que é um estudioso de vários temas maçônicos e profanos, explorou o já referido tema abordando uma abrangência maior das energias por nós emanadas, não apenas do ponto de vista espiritual mas também da física, o que foi extremamente elucidativo para todos, mas principalmente para os Aprendizes.


Ao final, todos nós que tivemos o enorme prazer de assistir a tão brilhante explicação, saímos de nossa sessão com muito mais conhecimento do que quando entramos.


Portanto, só temos a agradecer o Ir.'. Rubens pela dedicação à Maçonaria, e enfatizar que a Loja São José nº14 estará sempre de portas abertas para que esse digníssimo Ir.'. venha dividir conosco um pouco de seu vasto conhecimento.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O DOCUMENTO MAIS ANTIGO DA MAÇONARIA: A CARTA DE BOLONHA

O mais antigo documento comprovadamente maçônico no mundo é conhecido como “Carta de Bolonha” e data de 1248. Seu nome original é “Statuta et Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamilis”. Foi redigido originalmente em latim por um escrivão público, sob ordem do Prefeito de Bolonha, Bonifaci di Cario, no dia 08 de Agosto de 1248. Em seu conteúdo fica claro que essa Maçonaria Operativa Italiana já era tradicional, antiga, contendo sólida estrutura e hierarquia, bem anterior à data de registro da Carta.
Reflitamos: Bolonha fica a pouco mais de 300Km de distância de Roma. Há alguma razão para duvidarmos de que essa antiga Associação de Construtores de Bolonha seja a evolução de uma das principais Guildas Romanas?
A Carta de Bolonha é anterior em 142 anos ao “Poema Regius” (1390), 182 anos ao “Manuscrito de Cooke” (1430), 219 anos ao “Manuscrito de Estrasburgo” reconhecido no Congresso de Ratisbona de 1459 e autorizado pelo Imperador Maximiliano em 1488, e 59 anos ao “Preambolo Veneziano dei Taiapiera” (1307). Todos esses documentos maçônicos antigos não somente comprovam a existência da Maçonaria Operativa e sua evolução histórica, mas principalmente sua evolução social, incluindo a atenção especial de reis e o interesse crescente de intelectuais e nobres.
A Carta possui anexos. Entre eles, conserva-se uma “lista de matrícula” registrada em 1272, que contém 371 nomes de Mestres Maçons (Maestri Muratori), dos quais 2 eram escrivães públicos, outros 2 eram freis e 6 eram nobres. Essa é a prova histórica mais clara de que, em pleno século XIII, a transformação da Maçonaria de Operativa em Especulativa já estava iniciada.
A existência desses e de outros documentos antigos descartam completamente as teorias de que a Maçonaria teria nascido com o fim da Ordem dos Templários ou quando da Revolução Francesa ou mesmo com o Iluminismo. Os documentos comprovam que a Maçonaria é bem anterior ao século XIII e reforçam a teoria da origem egípcia, aprendida pelos judeus quando em cativeiro no Egito, e espalhada ao mundo quando os descendentes desses estavam sob domínio e influência romana, incorporados nas Guildas.
A “Carta de Bolonha” confirma o texto das Constituições de Anderson, 1723, quando Anderson diz tê-las redigido após consultar antigos estatutos e regulamentos da Maçonaria Operativa da Itália, Escócia e Inglaterra. Revisando o texto do “Statuta et ordinamenta societatis magistrorum tapia et lignamiis”, não resta a menor dúvida de que este foi um dos estatutos e regulamentos consultados por Anderson para redigir a Constituição da nossa Maçonaria Especulativa.
O documento anexo à Carta, datado de 1257, informa ainda que foi decidida a separação entre os “Mestres do Muro” e os “Mestres da Madeira”, que até então eram uma única Corporação, mas separados desde antes nos trabalhos das correspondentes Assembléias tendo, porém, os mesmos Chefes. Esse é um fortíssimo indício de quando e como surgiu a Maçonaria Carbonária.
Fica evidente que a Carta de Bolonha é um dos documentos históricos mais importantes da nossa Sublime Instituição, e fica mais do que comprovada a presença dos “Aceitos” na Maçonaria dos “Antigos e Livres” a pelo menos 800 anos atrás.

Fonte: www.noesquadro.com

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O CHAPÉU DO VENERÁVEL MESTRE


Sempre chamou a atenção dos Aprendizes no Rito Escocês Antigo e Aceito, o porque o Venerável Mestre usa chapéu nas sessões e porque em determinados momentos ele tira o chapéu e coloca-o novamente.

O simbolismo maçônico desde o século XVIII, pede do Venerável Mestre usar chapéu, como um símbolo de autoridade e que, aparentemente este uso vem das cortes da época quando o Rei cobria sua cabeça ficando todos os outros cortesãos inclusive nobres de alta patente, descobertos.

Mas no ocultismo, encontramos uma explicação que nos convence mais porque a Maçonaria sempre tem tomado das ciências ocultas ou de muita sabedoria seus usos e costumes, para preservar tudo o que de mais elevado o Homem produziu através da história. Os ocultistas dizem que os pêlos curtos e grossos das sobrancelhas e da barba do homem, são emissores de energia, enquanto que os pêlos finos e longos dos cabelos são catadores de energia.

Por este motivo o Venerável Mestre mantendo-se de cabeça coberta, indica que ele nada mais tem a receber dos demais membros da Loja, uma vez que chegou ao termo final de sua iniciação. O chapéu de aba abaixada, lhe confere o poder e a autoridade que ele está pronto a exercer, perante os irmãos da Loja que ainda não chegaram aos seus conhecimentos plenos. Mais, em certos momentos, o venerável Mestre tira o chapéu quando, na abertura do Livro da Lei que é a verdade revelada de Deus, são lidos versículos da Bíblia e depois são elevadas preces ao Grande Arquiteto do Universo; nesse momento a Loja está invocando a presença de Deus e o Venerável Mestre descobre-se para poder receber também os influxos divinos. Terminado esse momento, cobre-se novamente.

domingo, 21 de setembro de 2014

RITUAL: QUEM PRECISA DELE?


A resposta é curta: “nós precisamos.”
Explicar porque, requer um pouquinho mais.

Em um sentido muito real, é o ritual da Maçonaria que faz o trabalho da Maçonaria. Ritual é o canal através do qual a Maçonaria ensina.

Mas é mais que isto.

Porque o ritual é tão importante para a Maçonaria, é valioso tomar um pequeno tempo para falar acerca da natureza do ritual em si mesmo e porque é tão central para a vivência Maçônica.

Primeiro de tudo, ritual é uma virtual necessidade para todos os humanos, de fato para quase todos os animais. Isto é tão verdadeiro que todos cérebros humanos vem “equipados com circuitos” para responder a ritual. (Maravilhoso, ao seu próprio modo. Muito poucas coisas em seres humanos são instintivas – quase tudo é comportamento aprendido. Mas a resposta para ritual foi localizada por anatomistas na parte mais antiga e primitiva do cérebro, bem acima da estrutura central do cérebro, na mesma área que controla a atenção e as emoções. É tão “natural” para nós como o amor, ou a agressão, ou a cooperação.)

Todos estamos engajados em ritual todo o tempo – nós somente não o reconhecemos sempre. A maioria de nós tem uma rotina matinal, por exemplo. Alguns de nós fazemos a barba antes do banho, alguns fazem a barba após o banho e alguns se barbeiam enquanto se banham, mas, qualquer que seja o modo, usualmente fazemos sempre do mesmo modo.

+ Ritual é uma ferramenta poderosa de ensinar

De fato, foi provavelmente a primeira ferramenta de ensinar. Sabemos de rituais de caça entre algumas tribos, cujo propósito era ensinar os jovens como caçar efetivamente. Mnemônicos (frases ou logos que nos ajudam a lembrar coisas através de associações) são rituais, como é aprender o alfabeto por cantar a canção do alfabeto. Os militares desenvolvem muitos rituais (padrões de comportamento repetidos) para ensinar os recrutas como manter armas.)

+ Ritual ajuda a nos dar um senso de identidade

Pode parecer estranho, mas pessoas freqüentemente definem a si mesmo pelas suas ações (sou um vendedor, um mecânico, um professor, projetista de moinhos, etc). Isto não é limitado ao que fazemos para viver. Nossos rituais, nossas ações, dão um senso destacado de realidade para nossas vidas. Nos sentimos “certos” ou “completos” quando seguimos certos rituais.

+ Ritual ajuda o nosso preparo – nos ajuda a “entrar no clima” do que vem a seguir

Se o evento é uma missa na igreja ou se é um jogo de futebol, a maioria dos eventos repetitivos tem um ritual de algum tipo que ajuda a dar o tom emocional.

E nos podemos ter um forte sendo de “erro” se estes foram violados – se uma missa na igreja iniciou com uma banda de musica e dançarinas ou se um jogo de futebol começou com uma procissão litúrgica, por exemplo.

+ Ritual nos deixa condensar muito em pouco tempo

Ritual enriquece uma vivência por concentrá-la. Ao invés de envolver a exposição completa, como uma palestra, ritual faz referencias a coisas e nos deixa pensar acerca dela e preencher os detalhes por nós mesmos. Para ilustrar com uma porção do ritual da igreja, considere última linha da Doxologia – “Louvar o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”

O conceito de Trindade é um conceito muito difícil para a “fazer a cabeça”. Ao invés de dar muitas horas de discussão que seria necessário para explorar este tópico, o ritual simplesmente o menciona, e o deixa para nós elaborarmos o pensamento se estivermos assim inclinados.

O ritual da Maçonaria envolve tudo isto e mais…

• O ritual da Maçonaria – a abertura e o fechamento, os Gráus, até o ritual de votar – organiza os eventos e assegura que tudo aconteça como deveria.

• Nos ajuda a definir nós mesmos como Maçons e estreita os laços fraternais que nos unem como Irmãos. E este efeito é internacional e trans-cultural. Sabemos que temos vivencias compartilhadas com Maçons de todo o mundo.

• É uma ferramenta de ensinar – as lições e os valores da Maçonaria são ensinados através do ritual e de símbolos.

• Ajuda a montar o tom e o clima da reunião – nos ajuda a remover da mente as preocupações do mundo exterior e colocar foco nas grandes verdades de natureza humana e espiritual.

• Ritual Maçônico obviamente condensa vivência. Contém elementos que levantam questões importantes mas que deliberadamente são deixados inexplorados porque quer que o Maçom pense sobre eles através de si mesmo.

• Ritual Maçônico proporciona uma total extensão para os Maçons explorarem os seus próprios interesses. Muitos dos meus melhores amigos amam aprender e apresentar o ritual.

Eu mesmo me interesso em lidar com a interpretação do ritual e dos símbolos que usa – e especialmente com os efeitos que o ritual é projetado para produzir nas mentes dos iniciados e os modos nos quais estes efeitos são produzidos.

Outros são especialmente interessados na história do ritual e os modos que ele mudou e se desenvolveu através dos anos.

Um Maçom que conheço é interessado no ritual do ponto de vista de um antropólogo cultural, e tem prazer em traçar os modos que o ritual se relaciona com as grandes tradições iniciáticas da história.

E o ritual é grande o bastante e complexo o bastante para acomodar todos estes interesses e muito mais.

Então, novamente, a resposta para a questão “De qualquer modo, quem precisa de ritual?” é “Todos nós precisamos”.

O ritual da Maçonaria atende muitas necessidades e muitos interesses.

Não é a mesma coisa que Maçonaria

- não mais quanto um sermão é a mesma coisa que uma igreja

- mas é um modo primário que nós ensinamos e aprendemos.

É a cola (cimento) que nos mantém juntos. É importante. Nos faz sermos, nós.

W. Bro. Jim Tresner
[Extraido de “The Oklahoma Mason”, Dezembro de 1997]:
Tradução: Ir. Kleber Siqueira



Fonte: www.brasilmacom.com.br

sábado, 20 de setembro de 2014

MAÇONARIA DECISIVA NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Há 179 anos, em 20 de setembro de 1835, iniciava-se a Revolução Farroupilha (ou Guerra dos Farrapos) e, em homenagem aos grandes maçons brasileiros que foram os mentores desta revolta, publicamos o texto completo do Balaústre da Sessão Maçônica onde, dois dias antes, foi tomada a decisão pela luta.


Aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 E:. V:. e 5835 V:. L:., reunidos em sua sede, sito à Rua da Igreja, nº 67, em lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado abaixo da abóbada celeste do Zenith, aos 30º sul e 5º de latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande, nas dependências do Gabinete de Leituras onde funciona a Loj:. Maç:. Philantropia e Liberdade, com o fim de, especificamente, traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e dignidade do povo Riograndense. A sessão foi aberta pelo Ven:. Mestre, Ir:. Bento Gonçalves da Silva. Registre-se, a bem da verdade, ainda as presenças dos IIr:. José Mariano de Mattos, ex- Ven:., José Gomes de Vasconcellos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antônio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, o qual serviu como secretário e lavrou a presente ata. Logo de início o Ven:. Mestre, depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião, de caráter extraordinário, informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia vinte de setembro do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no país. Na ocasião, ficou acertada a tomada da capital da província pelas tropas dos IIr:. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre Pires, ao serem informados, responderam que estariam a postos, aguardando o momento para agirem. Também se fez ouvir o nobre Ir:. Vicente da Fontoura, que sugeriu o máximo cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento. O Tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a medalha cunhada de 421$000, contados pelo Ir:. Tes:. Pedro Boticário. Por proposição do Ir:. José Mariano de Mattos, o Tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta da Alforria de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade. Foi realizada poderosa Cadeia de União, que pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense, lutariam pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G:. A:. D:. U:. para todos os IIr:. e seus companheiros que iriam participar das contendas. Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando o Ven:. Mestre que todos deveriam confiar nas LL:. do G:. A:. D:. U:. e, como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, do que eu, Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que a história, através dos tempos, possa registrar que um grupo de maçons, homens livres e de bons costumes, empenhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria. Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1835 da E:. V:., 18º dia do sexto mês, Tirsi, da V:. L:. do ano de 5835.


Ir Domingos José de Almeida - Secretário

domingo, 14 de setembro de 2014

AS MULHERES NA MAÇONARIA

Por Kennyo Ismail

Maria Deraimes, iniciada em 1882
Não há aqui a intenção de imprimir opiniões favoráveis ou contrárias ao ingresso de mulheres na maçonaria. O objetivo é de compartilhar informações e colaborar com a reflexão sobre o tema.
Como se sabe, a maçonaria tida como regular é restrita a homens, não aceitando, em hipótese alguma, mulheres em suas colunas. Mas desde o surgimento dos movimentos igualitários e do feminismo, muitos são os questionamentos e críticas sobre a Maçonaria por essa restrição, considerada por muitos como conservadora e machista.
Nas últimas décadas, as Obediências têm apresentado diferentes justificativas para tal restrição. Sem entrar no mérito de cada uma, é importante conhecê-las, seja para defendê-las ou para criticá-las:
CUNHO HISTÓRICO
A maçonaria atual originou-se da maçonaria operativa, ou seja, dos pedreiros de ofício. Esses pedreiros eram, evidentemente, homens. Daí, em respeito às tradições e costumes do chamado “Antigo Ofício”, as Obediências mantém tal regra.
CUNHO SOCIAL
A maçonaria especulativa consolidou-se na Inglaterra, de onde surgiu a primeira Grande Loja Maçônica. As Lojas daquela época se reuniam, principalmente, no fundo de tabernas, as quais eram restritas a homens. A presença duma mulher de bem numa taberna era inaceitável e, consequentemente, nas Lojas também. Com o tempo, as Lojas criaram seus próprios espaços, mas a tradição permaneceu e foi formalizada nas Constituições de Anderson. 
CUNHO OCULTISTA
Existem Ordens Solares e Ordens Lunares. As Ordens Solares são voltadas aos homens, à razão, possuem juramentos e segredos, o Sol está presente no simbolismo, e são baseadas no compromisso. As Ordens Lunares são voltadas às mulheres, à emoção, possuem menos hierarquia, a Lua está presente no simbolismo, e são baseadas na devoção. A maçonaria é tipicamente uma Ordem Solar. Por isso, o ingresso de mulheres seria incoerente.
CUNHO SEXUAL
A maçonaria é uma fraternidade, e uma fraternidade com reuniões que exigem concentração. O ingresso de mulheres poderia desviar a atenção de alguns maçons durante as reuniões, o que prejudicaria no bom andamento das mesmas. Além disso, a partir do momento em que um homem e uma mulher maçons tivessem uma relação sexual, a fraternidade entre eles estaria prejudicada.
CUNHO LEGAL
As normas de muitas instituições possuem cláusulas “pétreas”, que são cláusulas imutáveis. Isso ocorre em alguns artigos da Constituição brasileira, por exemplo, em que mesmo se todos os Deputados e todos os Senadores aprovassem por unanimidade uma mudança, mesmo assim esses artigos não poderiam ser modificados. Na maçonaria também é assim, possuindo seus “Landmarks”, imutáveis, mesmo se for o desejo da maioria dos maçons.
CUNHO MORAL
O maçom, quando ainda candidato, durante sua iniciação, presta um juramento de seguir os Landmarks maçônicos, os quais incluem o ingresso apenas de homens. Ele poderia se recusar a prestar tal juramento, e assim não ingressar na maçonaria. Mas, ao prestar o juramento e tornar-se maçom, ele assume o compromisso de observá-lo, mesmo que não concorde plenamente com o mesmo.

Essas são as justificativas mais comuns apresentadas e defendidas pelas Obediências Regulares e autores maçons. Há maçons que acreditam em uma dessas justificativas; outros que acreditam em mais de uma; e há ainda os que não acreditam em nenhuma, mas observam moralmente o compromisso assumido.
Todas essas justificativas são bastante coerentes, ao mesmo tempo em que sempre cabe questionamentos às mesmas. Afinal de contas, numa instituição como a maçonaria, pesquisadora da verdade, nada é indiscutível. Porém, há duas questões distintas: a regra e o respeito à regra. Como maçons regulares, todos têm a liberdade de refletir, debater, questionar. Mas como maçons regulares, todos também têm o dever de, enquanto a lei existir, respeitá-la.
É interessante observarmos que instituições tradicionais e antes restritas a homens, como Rotary e Lions, abriram suas portas às mulheres. Para o Rotary, a decisão veio por força judicial em 1987. Já o Lions aprovou em sua Conferência Internacional a mudança estatutária no mesmo ano, permitindo o ingresso de mulheres.
No caso da Maçonaria, não existe uma autoridade internacional, pois cada Obediência é soberana em seu território. Até mesmo a Conferência Mundial das Grandes Lojas Regulares não possui autoridade sobre a legislação das Obediências participantes. O que se tem é um entendimento de muitas Obediências de que a Grande Loja Unida da Inglaterra, sendo a Obediência mais antiga do mundo, é a fiel guardiã das antigas tradições, e por isso muitas dessas Obediências seguem suas recomendações.
Sobre o tema da mulher na maçonaria, a Grande Loja Unida da Inglaterra se pronunciou em 1999 no sentido de que reconhece a existência da Maçonaria Feminina e de que essas instituições são “regulares na prática”, apesar de não serem “regulares na origem”. Assumiu também que, de tempos em tempos, tem realizado diálogos informais com as autoridades das Grandes Lojas Femininas da Inglaterra sobre assuntos de “interesse mútuo”. No mesmo comunicado, a Grande Loja Unida da Inglaterra se declarou contrária à Obediência Mista presente na Inglaterra, a Grande Loja Direitos Humanos, mas talvez não pelo fato de ser mista, e sim pelas práticas daquela Obediência.
Apesar da Grande Loja Unida da Inglaterra ter dado um sinal que pode ser positivo a longo prazo e que pode vir a influenciar as demais Obediências mundiais, a maior resistência não vem do “Velho Mundo”, e sim do novo: a maçonaria americana representa ¼ das Obediências Regulares e quase a metade de todos os maçons do mundo. E o conservadorismo americano, também presente na maçonaria, indica que o mais próximo de uma mulher adulta se reunir em um templo da maçonaria regular dos EUA é e será através da Ordem da Estrela do Oriente.
De qualquer forma, esse sempre será o grande paradoxo da maçonaria: acompanhar a evolução da sociedade, se modernizar, sem abrir mão das antigas tradições que tanto defende e preconiza. O que pode ser modernizado? O que deve ser mantido? Talvez esse seja o grande mistério da maçonaria de hoje.

Fonte: noesquadro.com.br

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O QUE É SER MAÇOM?

Ser Maçom é preservar-se cidadão honesto e digno, submisso às leis do País, amigo de sua Família, bom pai e bom esposo, pessoa de paz, de harmonia e concórdia no seio da sociedade e, principalmente, no seio da Maçonaria. O Maçom deve ser livre e de bom coração, não permitindo jamais que vibre em seu cérebro ideias de injustiça ou maldade. Deve ter conduta honrada, ser exemplo para sua comunidade, dignificar a mulher, ajudar os necessitados e procurar gozar os prazeres da vida com moderação, evitando a ostentação que ofende os mais humildes.

O Maçom deve estar sempre pronto a repelir toda e qualquer associação, seita ou forma de governo que prive o homem de seu direto de cidadão e principalmente de sua liberdade de consciência. Deve ser contrário a toda forma de opressão, estar sempre pronto a combatê-la, principalmente quando ela visa atingir os mais humildes.

Para o Maçom a Coluna mais forte da Família Maçônica é a mulher. Ela quem traz a consolação, o conforto e o alento nas amarguras, nas atribulações e nos momentos mais difíceis.

domingo, 7 de setembro de 2014

A INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A influência decisiva da Maçonaria na Independência do Brasil é um assunto pouco comentado fora dos círculos maçônicos e, apesar da ampla documentação existente a este respeito, é difícil encontrar entre os leigos aqueles que conhecem um mínimo sobre este assunto.

Certamente a Independência foi o produto dos esforços de diversos setores da sociedade que viria a ser a brasileira, mas muitos dos protagonistas deste evento eram maçons ilustres. Entre estes destacados articuladores da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Reino, é sem dúvida uma figura de grande importância.

O Patriarca da Independência - como ficou conhecido – foi responsável por diversos fatos determinantes. Foi o primeiro Grão Mestre do Grande Oriente, fundada no início de 1822 no Rio de Janeiro, e que reunia as lojas então existentes.

Meses mais tarde, em julho do mesmo ano, influencia diretamente a iniciação do próprio Dom Pedro na maçonaria, e sua imediata elevação ao grau de Mestre Maçom.

No mês seguinte outra figura proeminente, Joaquim Gonçalves Ledo, entra decisivamente em cena. Durante viagem do Grão Mestre José Bonifácio, o Grande Primeiro Vigilante Ledo assume uma reunião extraordinária do Grande Oriente.

Era Ledo quem verdadeiramente refletia o sentimento popular em relação ao tema, assume uma reunião e nesta reunião ele promoveu um discurso enérgico a favor da Independência, colocando imediatamente em votação a proposta, que foi aprovada.

Gonçalves Ledo vinha sendo o mais enérgico incentivador da Independência no meio maçônico. Por diversas vezes encaminhou manifestos e exortações a Dom Pedro, ressaltando os pontos positivos da conquista da soberania brasileira. Tanto é assim que o dia 20 de agosto, data da reunião que exigia a Independência, é celebrado como o dia do maçom brasileiro.

A cópia da ata desta reunião memorável seguiu às mãos de Dom Pedro, quem leu seu conteúdo às margens do Ipiranga naquela tarde de 7 de setembro de 1822 e, diretamente influenciado por ela, pela inteligência de José Bonifácio e pelo entusiasmo de Gonçalves Ledo, proclamou a Independência do Brasil.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O "I CICLO DE DEBATES SOBRE OS PROBLEMAS NACIONAIS" É UM GRANDE SUCESSO

Na noite da última sexta-feira (22) a Grande Loja Maçônica do Estado do RN, com o apoio do GOIERN e do GOB-RN, realizou o primeiro dos seis debates previstos para os próximos doze meses.
O debate inaugural, cujo tema foi a Segurança Pública, contou com a presença do Secretário de Segurança do RN, General Eliéser Girão Monteiro Filho, o General Newton Mousinho de Albuquerque, coordenador do programa "MAÇONARIA A FAVOR DA VIDA - CONTRA AS DROGAS" no RN e o Juiz de Direito Henrique Baltazar Vilar dos Santos.
Os três participantes expuseram suas opiniões sobre o tema em questão e, ao final, responderam as perguntas feitas pelo auditório, composto em sua maioria por maçons das três Obediências regulares e por convidados.
Este evento externa a intenção da Maçonaria Potiguar de por em prática ideais pregados em Loja, tais como tornar feliz a humanidade, nosso principal objetivo como Maçons, e para tanto é necessário se posicionar quanto aos problemas que assolam a sociedade, no intuito da resolução dos mesmos, a fim de tornar o Brasil um país mais justo e, quem sabe um dia, perfeito. 
Estão de parabéns todos que contribuíram para o êxito do evento, em especial o idealizador, o Grande Secretário de Educação e Cultura da GLERN Ir.'.Kleber Cavalcanti, e os três Grão-Mestres da GLERN, GOIERN, e GOB-RN, respectivamente, por apoiarem de forma incondicional, sendo decisivos para o sucesso alcançado.



O Hino Nacional Brasileiro sendo entoado na abertura do debate






O General Newton Mousinho foi o primeiro a falar sobre o tema






A Loja São José nº14, como de costume, enviou uma comitiva com dez IIr.'.

O debate foi prestigiado por autoridades Maçônicas e Civis

O Secretário de Segurança do RN Eliéser Girão

Os Demolays também deram grande contribuição para o sucesso do debate


O público pôde fazer perguntas aos debatedores

O Juiz Henrique Baltazar ao microfone


Após as palestras, os participantes retornaram à mesa para responder as perguntas dos ouvintes





O Ser.'. Grão-Mestre Roberto Di Sena presenteia os participantes com o selo comemorativo dos 40 anos da GLERN





Os organizadores se confraternizam ao final do evento