Saudações, estimado Irmão!
Na
simbologia maçônica, qual é o elemento que representa a justiça?
Qual
é o ícone ou ferramenta que produz no Maçom o movimento consciente dos valores
das Deusas Themis e Deci, as garantidoras da Justiça entre os homens?
O
conceito de Justiça profano, ou seja, fora da Maçonaria, estudado nas cátedras
de filosofia, moral e direito, é profundo e abstrato. De forma simples, seria
traduzido como um estado ideal de equilíbrio entre poder e dever nas relações
sociais, de forma que uma parte não prejudique ou anule a outra.
A
Justiça, representada por uma mulher com os olhos vendados, simbolizando “que todos são iguais perante a lei”, é
também representada por outra mulher descalça e com os olhos muito abertos,
simbolizando “a busca pela verdade”.
Entre
os valores de igualdade e verdade, maçonicamente prevalece a Justiça como
verdade. O mais sábio é aquele que, antes de assentar-se no Trono de Salomão,
deve transpor três degraus: Pureza, Luz
e Verdade.
Verdade é a interação com o que é real, sem
distorções ou prejuízos. Portanto, diante de uma situação de busca da verdade
ou aplicação do direito, devemos ter:
PRUDÊNCIA - dispor a razão para discernir os
fatos.
FORTALEZA
- firmeza em não se desviar dos fatos.
TEMPERANÇA - domínio das emoções advindas pelos fatos. JUSTIÇA - firme vontade, pelos fatos,
em dar às partes o que lhes cabe.
Neste
mundo tão conturbado pela ganância e sede de Poder, temos carência de respeito
aos nomes e às instituições. Vivemos permanentemente um pré-julgamento e uma
falsa necessidade, a qual não resistimos a prejulgar e nos afastar das Quatro
Virtudes Cardeais, presentes no Painel do Grau de Aprendiz.
Em
todos os trabalhos de uma Loja Maçônica, a Bíblia deve estar aberta, não como
um objeto decorativo, mas para nos lembrar sempre de que ela é uma fonte
constante de preceitos e regras, por isto a tratamos como LIVRO DA LEI.
Para todos que aspiram vivenciar o JUSTO e
PERFEITO há a Lei no Livro de Efésios, capítulo 6, versículo 14:
“Assim, mantenham-se firmes,
cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça”.
Este
artigo foi inspirado no livro “ENCONTROS” da Loja “Fraternidade Brazileira de
Estudos e Pesquisas” (2008) onde na página 95, nosso Grão-Mestre Advitam Lázaro
Emanuel Franco Salles, sentencia:
“O Maçom tem por obrigação praticar
a justiça, como tem todo cidadão comprometido com a verdade”.
Neste
ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem os temas tratado e apresentarem Prancha de
Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos
incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como
ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente,
Quirino Sérgio Quirino - ARLS
Presidente Roosevelt 025 – GLMMG.
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