O Irmão assíduo se faz, não resta dúvida, no sabedor do que sucede, se
faça, ou seja, resolvido em Loja. Tem sempre conhecimento direto de todos os
eventos templários. O maçom ativo - Para se dizer maçom não é bastante ter se
iniciado no primeiro grau simbólico ou ter sido colado em outros mais
avançados. Para ser maçom, na verdadeira acepção da palavra, é preciso estar em
atividade plena, mostrar-se valente, manter-se disposto, ser estudioso, enfim,
demonstrar-se trabalhador, diligente e consciencioso. A isso tudo se pode
acrescentar ainda: Para se anunciar como maçom urge que, além de ativo e
resoluto, seja aplicado, interessado e frequente aos trabalhos da Loja.
De fato, o trabalho sempre foi e o será a máxima ideia da Maçonaria. Traduz
seu pensamento dominante em todos os rituais. Faz-se num dos incondicionais
deveres do iniciado. A totalidade das fórmulas ritualísticas com seus símbolos,
alegorias ou emblemas, bem como todas as cerimônias com suas tradições
normativas de deveres e obrigações, têm suas fontes generosas na ideia do
trabalho, através dos quais aprofundamos os conhecimentos, aprimoramos a
educação, mais nos amamos e nos instruímos.
Assiduidade – é o hábito que leva o indivíduo a achar-se presente onde deve estar
para cumprimento de seus deveres. A assiduidade é garantia para ação contínua e
eficaz de qualquer esforço de indivíduos ou comunidades. Ela se completa pela
pontualidade. Assiduidade e pontualidade são traços positivos de personalidade
bem formada, revelando uma consciência madura das próprias responsabilidades.
Constitui uma das virtudes do maçom; não diz respeito apenas ao comportamento
social, ao compromisso assumido, mas à participação em uma Egrégora que
beneficia a quem se encontra ao seu lado; diz respeito ao elo da corrente; à
necessidade para a formação do grupo. Quem se ausentar sem motivo aparente ou
justificado estará solapando aos demais a oportunidade de reforçar as vibrações
e a soma dos fluídos destinados à formação grupal.
Todos os Maçons assumem o compromisso, como regra geral e iniludível, de
assistir os trabalhos da Oficina a que pertencem. As Constituições e
Regulamentos Gerais de todas as Potências maçônicas dispõem sobre este dever,
recomendando a justificação por escrito, dirigida ao Venerável, ao Maçom que,
por qualquer motivo, não puder comparecer às sessões. Consoante às regras
maçônicas, a falta de assiduidade impede o ato de votar e ser votado; o
“aumento do salário”, podendo ser suspenso ou até eliminado do quadro.
A frequência aos Trabalhos - Não raro, as colunas estão quase desertas.
Por isso é comum ouvir-se o anúncio contristador de “reinar silêncio nas
colunas”. Ninguém faz uso da palavra. Muitas decepções poderiam ser evitadas se
obreiros recalcitrantes adquirissem o hábito da assiduidade. A frequência dos
Irmãos aos Trabalhos é um dos itens constantes de todas as pautas das reuniões
administrativas. Há os que não vão aos Trabalhos da Oficina porque acham que a
mesma nada tem a lhes ensinar. São os presunçosos. Se forem trolhados, não
sabem fazer o Sinal de Aprendiz. Há os que não vão à Oficina porque acham que
as reuniões se tornaram desinteressantes e monótonas. Estes fazem parte daquele
grande grupo que “entrou para a Maçonaria, mas a Maçonaria não entrou neles”.
Acham as reuniões desinteressantes, mas nada fazem para torná-las melhores. São
os reformistas e críticos de palavras. Nada fazem porque lhes faltam luzes para
fazer, ou porque egoístas, não querem dividir os seus conhecimentos, quando
raramente possuem algum. São os verdadeiros inoperantes da Ordem.
Os argumentos, de todos os grupos
de faladores, são extremamente frágeis e na realidade se baseiam, também com a
Maçonaria, em três colunas, ou melhor, três anti-colunas: a ignorância, o
desinteresse e o perjúrio. Perjuro não é somente quem revela os nossos Segredos
Iniciáticos, mas também é perjuro aquele que não cumpre com as obrigações
contraídas para com a Sublime Ordem no Cerimonial da Iniciação. Enriqueça sua Oficina,
abrilhantando-a com sua presença, com sua luz e conduzindo-a com suas opiniões.
O bom maçom - não se pertence nos dias das reuniões. A não ser por motivos que
independam da sua vontade, deve lhe doer, no íntimo, furtar-se à convivência
amistosa dos seus companheiros de colunas. É necessário não se esquecer de que
os velhos amigos que comparecem à Loja, um dia o aplaudiram entre aquelas
mesmas colunas tão pouco transpostas por ele. Deve predominar na sua lembrança
que antes da sua recepção, os sindicantes trouxeram ao quadro da Loja a
informação que dispunha de tempo suficiente para ser assíduo aos trabalhos da
Oficina, sem prejuízo das obrigações sociais-profanas.
Não deve consentir, nem concorrer para que as colunas da sua Loja sejam
olvidadas ou permaneçam na desolação. Ao iniciado incumbe estudar, aprender,
conhecer os “Landmarks”, as Regras, a Constituição, os Regulamentos, os Atos e
Decretos da Ordem, para que adquira fundamentos de longa duração, enriquecidos
pelos estímulos fertilizantes da boa vontade, e se firme em alicerces seguros e
de fina estrutura moral que edifiquem as obras que falam mais alto das
eficiências da Sublime Instituição.
Os golpes de malhetes devem, portanto, ecoar sempre aos seus ouvidos,
dentro do limiar do Templo. As palavras sagradas e de passes devem configurar,
permanentemente, algo positivo para a sua vida real. A cadeia de união deve ser
deveras frequentada com assiduidade, porque nela é que se consagra o
cumprimento do solene compromisso do maçom com a humanidade. As peças de
arquitetura devem ser tidas como causa determinante da sua vida templária,
tornando-se fontes de luz iluminadora dos feitos e realizações do conjunto de
todos os Irmãos.
Querer é poder – No ato iniciático, o Neófito recebe do Venerável o
Avental - a mais honrosa insígnia do Maçom - pois é o emblema do Trabalho e a
indicar que devemos sempre ser ativos e laboriosos, em cumprir o dever de
assiduidade à Oficina, sem ele não podemos comparecer às nossas reuniões. A
resposta afirmativa é testemunhada por todos os presentes. Ser assíduo depende
da vontade, ou melhor, dizendo, da boa vontade do obreiro. Se a intuição de uma
vontade que representa o querer for atendida, os empecilhos que se apresentarem
para tolher aquela iniciativa, nos dias de reuniões, serão removidos ou
sobrepujados. Não resta dúvida que quem
se disponha a querer, supera os obstáculos, desfaz as dificuldades e não
encontra impossíveis que detenha nos seus intentos. O que planeja fazer, o faz,
com toda certeza. Conhecendo a si mesmo como alma, o ser humano estará
predisposto a mudar seus rumos de vida, ou seja, o querer. Entretanto não basta
querer, é preciso saber como, e o apoio da Loja Maçônica é fundamental, pois
nela o Irmão encontra, ou deveria encontrar, a plenitude da Maçonaria como
filosofia estruturada em argumentos incontestáveis e de vastas consequências
morais.
Tomando essa direção que as condições pessoais permitem sem qualquer
motivação contrária, o espírito do individualismo mais afeito ao comodismo
desaparecerá ante o incentivo do movimento de grupo mais ajustado com a
fraternidade. Somente pela assiduidade e pela intelectualização que adquirir na
escola do progresso maçônico, é que o iniciado poderá dirigir suas inclinações,
seus desejos e propósitos sociais e templários. Concluindo - Meus caríssimos
Irmãos, o maçom que se afasta de seus Irmãos e de sua Loja estará dando um
passo impensado e cruel, uma vez que, com sua ausência, atingirá a todos,
rompendo a Cadeia de União, por ser ele um elo indispensável; sua ausência
“enlutará” sua comunidade. Ele para manter a Luz dos conhecimentos, o calor da
fraternidade e a chama do ideal, necessário é que esteja no convívio permanente
de seus Irmãos. Necessitamos do convívio constante. Retorne e encontrará seus
Irmãos prontos a recebê-lo e abraçá-lo. O Grande Arquiteto do Universo que tudo
fez; que tudo sabe e que tudo vê; que nos fez Maçons, porquanto não nos
fizemos, nem sequer nos tornamos – simplesmente somos – porque ELE assim o
quis! Somos simples elos – parte de um todo que se faz UM – um por todos e em
cada um.
PS – Não se faz Maçonaria fora do Templo.
A Maçonaria
que se pratica na vida profana é uma obrigação do Iniciado e é reativada a
cada Sessão, como uma espécie de bateria que precisa ser recarregada. Se
algum Irmão acha que nada mais tem a aprender, então ele deve ter atingido a
Gnose Perfeita e é chegado o momento dele começar a ensinar.
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