Símbolo maior
de uma nação, a bandeira representa seu povo, sua história e nos remete a
posicionamentos e aos valores que devemos assegurar perante nossa Pátria.
Diante da
realidade atual, não há como desconsiderar a gravidade dos problemas
econômicos, políticos e institucionais pelos quais passa a nação. Para o Maçom
é imprescindível uma ação enérgica diante deste quadro, desde que se mantenha
preservado o posicionamento estritamente maçônico de não nos deixarmos levar
pelo vício da paixão e, menos ainda, nos engajarmos em atitudes violentas e
desrespeitosas com as opiniões contrárias.
Todo momento de
incerteza e desconfiança, seja política, ética ou moral encontra sua reação por
meio de investigações, julgamentos dos delitos e as consequentes punições, que
desaguarão no fortalecimento das leis e das instituições. Neste momento
especial da História de nosso país, sejamos sinceros e atentos ao risco de
cometermos o equívoco de manifestações desrespeitosas e destemperadas, pró ou
contra seja quem for. O resultado desta postura irrefletida será,
necessariamente, a criação de zonas de atrito entre Irmãos.
E fica a
pergunta: Quem ganha com isto? Combater a tirania, a ignorância, os
preconceitos e os erros, glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, são estas
as diretrizes da política, da moral e da ética, que conduzem os labores
maçônicos, baseados na garantia do Direito, na aplicação da Justiça e, acima de
tudo, na incansável busca da Verdade dos fatos. Indiferentemente das opiniões
pessoais e do posicionamento político partidário, nós Maçons não podemos perder
nossa identidade de Irmãos, unidos por compromissos acima das paixões profanas.
Não devemos esquecer dos laços de fraternidade que nos unem. E dos valores
consolidados que regem nossa Fraternidade. A nossa Nação, representada em
nossos Templos pela Bandeira Nacional, deve ser reverenciada, respeitada e
amada. Pregar a violência, usar frases clichês como “pegar em armas”, o insulto
ao outro pela divergência de opinião, não condizem com o Maçom e nem com a
mensagem de nossa bandeira.
“Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo
augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.”
Não há dúvidas
de que seja um desejo sincero de todos os Maçons um futuro melhor para o
Brasil. Somente conseguiremos atingir essa meta tendo em nós a clara convicção
de que devemos transformar nossa indignação em ação concreta contra a grande
mazela da sociedade brasileira, que é a corrupção, em todos os níveis, de forma
apartidária sendo nós mesmos vigilantes de nossa própria conduta. Contra a
corrupção, que é a origem e a consequência de toda essa mazela pela qual
passamos hoje, a Maçonaria tem uma ação séria e comprometida com o Brasil, que
é o projeto Corrupção Nunca Mais (www.corrupcaonuncamais.com.br).
O Irmão está
colaborando? Tem, de fato, como Maçom, consciência de seu dever em promover o
bem-estar da Pátria?
“Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amados, poderoso e
feliz há de ser!”
Este artigo foi
inspirado no livro “MAÇONARIA PARA MAÇOM” do Irmão e Amigo Jorge Vicente, que
na página 109, relata uma experiência diante da apresentação do Pavilhão
Nacional:
“Eis que surge o Porta-Bandeira na postura
correta, emocionante, trazendo a Bandeira do Brasil, sem que ela se curvasse um
só instante. Ele, o Irmão que conduzia o Pavilhão, seguia ereto, como que
estando a Ordem.”
Neste décimo ano de compartilhamento de
instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a
desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura,
enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os
Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo
cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
lr.´. Sérgio Quirino Guimarães.
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