quinta-feira, 14 de abril de 2016

O PAVILHÃO NACIONAL E O MAÇOM



Símbolo maior de uma nação, a bandeira representa seu povo, sua história e nos remete a posicionamentos e aos valores que devemos assegurar perante nossa Pátria.
Diante da realidade atual, não há como desconsiderar a gravidade dos problemas econômicos, políticos e institucionais pelos quais passa a nação. Para o Maçom é imprescindível uma ação enérgica diante deste quadro, desde que se mantenha preservado o posicionamento estritamente maçônico de não nos deixarmos levar pelo vício da paixão e, menos ainda, nos engajarmos em atitudes violentas e desrespeitosas com as opiniões contrárias.
Todo momento de incerteza e desconfiança, seja política, ética ou moral encontra sua reação por meio de investigações, julgamentos dos delitos e as consequentes punições, que desaguarão no fortalecimento das leis e das instituições. Neste momento especial da História de nosso país, sejamos sinceros e atentos ao risco de cometermos o equívoco de manifestações desrespeitosas e destemperadas, pró ou contra seja quem for. O resultado desta postura irrefletida será, necessariamente, a criação de zonas de atrito entre Irmãos.
E fica a pergunta: Quem ganha com isto? Combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, são estas as diretrizes da política, da moral e da ética, que conduzem os labores maçônicos, baseados na garantia do Direito, na aplicação da Justiça e, acima de tudo, na incansável busca da Verdade dos fatos. Indiferentemente das opiniões pessoais e do posicionamento político partidário, nós Maçons não podemos perder nossa identidade de Irmãos, unidos por compromissos acima das paixões profanas. Não devemos esquecer dos laços de fraternidade que nos unem. E dos valores consolidados que regem nossa Fraternidade. A nossa Nação, representada em nossos Templos pela Bandeira Nacional, deve ser reverenciada, respeitada e amada. Pregar a violência, usar frases clichês como “pegar em armas”, o insulto ao outro pela divergência de opinião, não condizem com o Maçom e nem com a mensagem de nossa bandeira.
“Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.”
Não há dúvidas de que seja um desejo sincero de todos os Maçons um futuro melhor para o Brasil. Somente conseguiremos atingir essa meta tendo em nós a clara convicção de que devemos transformar nossa indignação em ação concreta contra a grande mazela da sociedade brasileira, que é a corrupção, em todos os níveis, de forma apartidária sendo nós mesmos vigilantes de nossa própria conduta. Contra a corrupção, que é a origem e a consequência de toda essa mazela pela qual passamos hoje, a Maçonaria tem uma ação séria e comprometida com o Brasil, que é o projeto Corrupção Nunca Mais (www.corrupcaonuncamais.com.br).
O Irmão está colaborando? Tem, de fato, como Maçom, consciência de seu dever em promover o bem-estar da Pátria?
“Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amados, poderoso e feliz há de ser!”
Este artigo foi inspirado no livro “MAÇONARIA PARA MAÇOM” do Irmão e Amigo Jorge Vicente, que na página 109, relata uma experiência diante da apresentação do Pavilhão Nacional:
“Eis que surge o Porta-Bandeira na postura correta, emocionante, trazendo a Bandeira do Brasil, sem que ela se curvasse um só instante. Ele, o Irmão que conduzia o Pavilhão, seguia ereto, como que estando a Ordem.”
 Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

Fraternalmente lr.´. Sérgio Quirino Guimarães.

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