sexta-feira, 31 de maio de 2013

AFINAL, QUAL É O PERFIL?

Saiu no blog de Daltro Emerenciano, o principal veículo de comunicação da cidade de São José de Mipibu e adjacências:
"Os vereadores do município de Nísia Floresta estão articulando a antecipação da nova eleição na Casa. O que se comenta no meio político de Nísia Floresta é que a o atual presidente, vereador Jorge Januário, não conta com a simpatia da maioria dos seus pares. Como quase todo mundo é aliado da prefeita Camila Ferreira, o silêncio fala mais alto.
O vereador Eugênio Gondim, ex-presidente da Casa, já adiantou ao Blog que não pretende colocar o seu nome na disputa. Eu não pretendo ser candidato, porém já tenho minha posição defininida, vou votar no nome que tiver a simpatia da prefeitaCamila Ferreira. Ainda não conversei com Marcone, mas já adianto que o meu voto passa pelo entendimento dele(Marcone), declarou.
Em conversa com outro vereador que não desejou se identificar, a resposta foi a seguinte: “Não sendo Jorge qualquer um fica bom. Não que Jorge tenha se conduzido de forma errada, de maneira nenhuma, Jorge é um homem sério, honesto e responsável, o problema é que o perfil dele está mais para diretor de escola”, afirmou."
A finalidade deste blog nunca foi e nunca será de conotação política. Porém, não podemos nos calar quando um Ir.'. de nossa Loja, reconhecidamente honesto e probo, é indevidamente qualificado sob um ponto de vista supostamente negativo.
Digo supostamente porque os adjetivos associados ao seu nome foram: sério, honesto e responsável.
Desde que li esta matéria no blog de Daltro fiquei me perguntando: se um homem com essas qualidades não tem o perfil para presidir a câmara municipal de Nísia Floresta, então qual será o perfil adequado?
Sinceramente, prefiro nem imaginar...

Por Edison Teixeira
Chanc.'.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

APAGANDO VELINHAS

Quem está apagando velinhas hoje é o Ir.'. Celso Lucena.

Desejamos que o G.'.A.'.D.'.U.'. continue guiando seus passos pelo caminho da virtude, abençoando a você e sua família com muita saúde, paz e felicidades.

terça-feira, 28 de maio de 2013

MAÇONARIA X ELITE ESTRATÉGICA

Alguns intelectuais maçons tem apregoado a necessidade da Maçonaria Brasileira tornar a ser uma “elite estratégica” do país. Infelizmente, essa ideia tem sido atualmente abraçada por líderes e candidatos a líderes da instituição, sem muita ou qualquer reflexão sobre o que isso significa.
Mas o que diabos é uma “elite estratégica”? Trata-se de uma minoria dominante, a qual se considera superior hierarquicamente ao restante da sociedade, e que tem a pretensão de definir o futuro do país. Só isso. Legal né? Só se for para o Darth Vader.
O conceito de elite estratégica tem por raiz a Teoria das Elites, cujos pensadores pioneiros foram Gaetano Mosca e Vilfredo Pareto. Porém, antes deles, Maquiavel, Montesquieu, Marx e outros já haviam alertado para esse fenômeno de minorias governantes. No caso da elite estratégica, o grupo minoritário exerce seu poder influenciando política, econômica e intelectualmente tanto o governo quanto a sociedade. Pretensiosos, não?
O termo “elite estratégica” caiu nas graças dos milicos durante a Ditadura Militar, passando o alto escalão das Forças Armadas a se autodeclarar a elite estratégica do país, posição essa mantida por meio de métodos arbitrários e violentos contra seus opositores, como os pensadores da Teoria das Elites já haviam previsto. A velha-guarda intelectual da Maçonaria Brasileira, educada nessa época, parece não apenas ter aprendido o termo como também almejar ser considerado como pertencente de tal.
Entretanto, os desejosos de tal posição para a Ordem Maçônica parecem ter esquecido apenas de um pequeno detalhe: o conceito de elite estratégica é contrário aos princípios maçônicos de igualdade e de emancipação do homem por meio da razão, além de ser incoerente com o consenso mundial de democratização da informação, democratização do conhecimento, democratização da comunicação, democratização do ensino, gestão participativa e tantos outros conceitos cujo objetivo em comum é o de dar à maioria condições e espaço para participarem das decisões que, infelizmente, hoje se concentram nas mãos da minoria, da “elite”.
O mais irônico de tudo isso é que os sonhadores da Maçonaria Brasileira como elite estratégica costumam declarar em seus discursos defender “ideais iluministas”. Talvez seja necessário recapitular qual era o principal ideal iluminista para melhor compreender tamanha ironia. A ideia central do movimento iluminista era a de que a razão, e não a fé ou a tradição, deveria constituir o principal guia para a conduta humana. Dessa forma, por meio da razão, o homem poderia se libertar das amarras da ignorância, da tirania e do fanatismo, e não mais precisar se sujeitar à opressão das elites. Assim sendo, desejar a existência de uma elite estratégica enquanto se fala em ideais iluministas é como defender a necessidade de uma ditadura enquanto se declara ser um democrata. Em outras palavras, uma total incoerência de discurso.
Por fim, sem o risco de exageros, desejar ser membro de uma elite estratégica é quase a mesma coisa que desejar ser dono de escravos. A diferença é que na escravatura convencional o escravo sabe que é escravo e o dono não esconde o chicote. Já a elite estratégica é covarde, é “eminência parda”. E agora, depois da Maçonaria em todo o Continente Americano ter lutado, entre o final do Século XVIII e o do XIX, pela igualdade entre os homens e pela independência de seus países, para então poder deixar de ser elite e se juntar às massas, atualmente também compostas por homens pensantes, eis que surgem aqueles ávidos por retroceder no tempo e na evolução que houve com o mesmo. Parecem preferir uma Maçonaria Brasileira feita por 100 membros influentes da classe alta, do que por 200.000 membros livres e de bons costumes de todas as classes, ignorando completamente o fato de que a Maçonaria existe para servir a sociedade, e não a sociedade para servir a Maçonaria. E o que a sociedade brasileira parece querer hoje é uma Maçonaria solidária, que realmente procure colaborar com a felicidade da humanidade, estendendo a mão ao próximo e reduzindo o sofrimento dos enfermos e menos afortunados. Não um grupo de “elite”, mas um grupo de “iguais”, organizados e engajados nessa nobre causa.

Fonte: www.noesquadro.com

domingo, 26 de maio de 2013

APAGANDO VELINHAS

Nesta segunda-feira (27/05) quem completa mais um ano de vida é o Ir.'. Jorge Teixeira.


Desejamos que o G.'.A.'.D.'.U.'. te cubra de bênçãos, proporcionando-lhe muita saúde, paz e felicidades e te conduza pelo caminho da virtude, para que continues a ser o grande Maçom que és.

sábado, 25 de maio de 2013

VISITA À LOJA LEAL INDEPENDÊNCIA Nº30

Na noite de ontem (24/05) uma comitiva formada por 11 OObr.'. da Loja São José nº14 realizou uma cordial visita à Loja Leal Independência nº30, no Or.'. de Macaíba, colocando em prática uma proposta de maior integração entre as Lojas e, consequentemente, entre os IIr.'..
É apenas a primeira visita, dentre as várias programadas, às Lojas jurisdicionadas à GLERN, com o objetivo de conhecermos melhor os IIr.'., haja vista que muitos OObr.'. frequentam apenas as suas Lojas, e fortalecer os laços de fraternidade que devem existir entre nós.
Após a Sessão foi servido um Ágape fraternal para que pudéssemos nos confraternizar batendo aquele papo informalmente.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

APAGANDO VELINHAS!

Nesta quinta-feira (23/05) quem apagou velinhas foi o Ir.'. Rui Marques.

Desejamos que o Ir.'. tenha muita saúde, paz e felicidades, e tenha um breve restabelecimento para que retorne ao seio de nossa Loja.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

PRINCÍPIOS E POSTULADOS MAÇÔNICOS


A Maçonaria como qualquer Instituição possui seus princípios e postulados que servem para seu governo e sobrevivência ao longo dos séculos.
Sem essas medidas iniciais não haveria nenhuma chance de atravessar os tempos desde sua criação até nossos dias com seus ensinamentos puros de moralidade, ética, crença no GADU, vida eterna, filosóficos, esotéricos, simbólicos, alegóricos, amor ao próximo e tantos outros sentimentos nobres que devem ser cultivados pelos seres humanos, especialmente os iniciados na Ordem.
Todo esse acervo de virtudes e conhecimentos consubstancia a doutrina maçônica que com o passar da vida, o maçom deve aprender e executá-lo, na esperança de ser um bom obreiro honrando a si mesmo e homenageando a Fraternidade da qual é um membro.
Assim, podemos afirmar que princípio é o ponto inicial, que algo tem sua origem ou o instante em que uma ação ou omissão desencadeia um processo de conhecimento objetivando um resultado.
Na Sublime Ordem esses princípios são iniciático, filosófico, filantrópico, progressista e evolucionista, cuja finalidade suprema nos conduz à Liberdade, Igualdade e Fraternidade, reminiscência da Revolução Francesa que, por sua vez, inspirou-se no Iluminismo do século XVII.
Além desses princípios e objetivos, a Ordem preconiza 14 cultivos para auxiliar sua caminhada no âmbito social que são: prevalência do espírito sobre a matéria; pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade; proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um; declara a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito fundamental do ser humano, observada correlata responsabilidade; reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável; considera IIr.’. todos os maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, convicções ou crenças; afirma que os maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei; determina que os maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os homens esparsos pela superfície da terra; recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate, terminantemente, o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos; adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica; defende que nenhum maçom seja obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei; condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo, porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade; declara que o sectarismo político, religioso e racial são incompatíveis com a universalidade do espírito maçônico e, por fim, combate a ignorância, a superstição e a tirania.
Esses são, portanto, os princípios, fins e cultivos ou recomendações sociais que o sistema maçônico enumera para cumprimento de sua comunidade.
Por outro lado, os postulados são afirmações consideradas verdadeiras e que não precisam ser comprovadas face as evidências.
Estes postulados a seguir enumerados são os adotados pela Maçonaria Universal e, assim, temos a existência de um Ser que não teve começo e não terá fim, que é o Grande Arquiteto do Universo; o sigilo que é da essência da entidade maçônica em se tratando de matéria esotérica; o simbolismo que é uma comunicação de uma geração para outra; a Maçonaria Azul dividida em três graus, também conhecida como Simbólica ou ainda Operativa; a Lenda do Terceiro Grau e sua incorporação aos Rituais; exclusividade de iniciação masculina; proibição de discussão ou controvérsia sobre matéria político-partidária, religiosa e racial, dentro dos templos ou fora deles, em seu nome; manutenção das Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, sempre à vista, em todas as sessões das Lojas e o uso de avental durante as sessões.
Esses princípios, fins, cultivos sociais e postulados estão previstos nos artigos primeiro e segundo da Constituição do Grande Oriente do Brasil promulgada em 25 de junho de 2007.
Observe-se ainda que essa Carta Magna Maçônica vige somente no âmbito da Maçonaria Operativa Brasileira e se amolda expressa e implicitamente ao “Código Landmarks de Mackey.”
O Decreto nº 0879 da mesma data da promulgação (25/6/2007, E.V.) editado pelo Grão-Mestrado Geral do Grande Oriente do Brasil reza na parte que ora interessa a essa exposição à comunicação “a todos Grandes Orientes Estaduais, Delegacias, Lojas e Maçons da Jurisdição, para que cumpram e façam cumprir, que a Assembleia Federal Constituinte adotou e promulgou a Nova Constituição do Grande Oriente do Brasil, pela qual passará a reger-se a Maçonaria Simbólica Brasileira, com validade a partir de 25 de junho de 2007 da E. V., ficando o Grande Secretário Geral de Administração incumbido da notificação.”
Esses preceitos constituem todo alicerce da Instituição Maçônica Universal inspirados nos Landmarks compilados por Albert Galletin Mackey em 1856.
Oportunamente poderemos tecer algumas considerações sobre essas regras maçônicas.
 Ir.’. José Geraldo de Lucena Soares • ARLS Fraternidade Judiciária Nº 3614 • GOSP/GOB

quarta-feira, 22 de maio de 2013

ORDO AB CHAO


“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. (Gênesis, 1:1-3).
Como poderia ser? As sombras não partem da luz. O fogo não parte da água. Como pode algo surgir ou ser criado a partir de seu oposto? Ora, os opostos se atraem e se cancelam mutuamente. Então, não. A Ordem não pode vir através do Caos. A não ser por um milagre…
A Terra estava sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo. A primeira parte da criação já havia sido realizada: a criação do universo. No entanto, em se tratando da história da raça humana, esse livro, como muitos de outras tantas religiões, começa a partir da criação da vida neste mundo. A Terra estava sem forma.
Ou seja, o plano material não tinha organização, não estava submetido às Leis Cósmicas. As trevas podem significar tanto a ausência do Astro que permitiu a vida nesse planeta como as trevas da ignorância que nos separavam da existência do Divino. O Espírito de Deus pairava sobre os Oceanos do Não Manifesto, a não matéria dos metafísicos, o Potencial Criador, a argila de Deus. Então, Ele lança Sua Luz no mundo e começa Seu trabalho: arquitetar e construir o Templo de Sua Criação.
Organizando o Não Manifesto, que é o Caos por essência, Ele cria as primeiras partículas que darão origem a átomos, dispersos, desconexos. Átomos que formarão moléculas, substâncias, matéria. Moléculas que formarão células, tecidos, órgãos, organismos. Vontade e verbo, que formarão almas, que encarnarão espíritos nos corpos.
Então, sim, O Grande Criador é capaz de conseguir a Ordem a partir do Caos.
No entanto estamos falando de um lema criado por homens para uma associação de homens. A que ela remeteria? A um objetivo inalcançável? À blasfêmia de equiparar-se a Deus? Certamente, não.
Os novos conceitos da Química, da Matemática e da Física dizem que “tudo tende para o Caos”. Por mais desencorajadora, aterradora e cruel pareça essa sentença, ela é um fato nas equações, nos laboratórios, na natureza, na vida. Tarefa ainda mais difícil, então a de cumprir com o lema. O trabalho de um dia seria desfeito segundos, horas, meses ou séculos depois.
Nos T.’., o M.’.Cer.’. nomeia os cargos da L.’., dando a cada Obr.’. sua alfaia, como que se fazendo valer do Verbo ao ordenar cada planeta em sua órbita, cada átomo em sua posição na molécula. Ele nomeia um a um para que a L.’.esteja composta, aguardando as ordens para iniciar mais um dia, como no primeiro dia em que Deus fez Luz.
Se o T.’. é a representação deste Plano, se cada Sessão é a representação da Vida a cada dia, então façamos valer a vontade que o Criador nos delegou de fazer prevalecer a Ordem sobre o Caos. Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, como parte de Si, como deuses que somos. Então, podemos também impor nossa vontade sobre o Caos e criar Ordem. Em sua infinita sabedoria, ele fez com que sua criação definhasse constantemente para o Caos para que nós, seus fiéis arquitetos, nos mantivéssemos em constante alerta, tendo sempre algo a aprimorar e regenerar.
Não fosse pela degeneração das moléculas que compõem o DNA de uma célula, pela desestruturação “espontânea” de seus átomos, não procuraríamos a cura para o câncer. Não fosse pelo constante retroceder na evolução humana, pela ganância, vaidade, fanatismo, não praticaríamos a caridade, a modéstia e a tolerância. Não fosse pelas constantes tentações de nos desvirtuarmos do que é correto, não seríamos chamados dia a dia a desbastar as asperezas e polir a P.’. B.’..
Ordem a partir do Caos significa, em última análise, Evolução. Seria muito fácil encarnarmos com todas as qualidades e virtudes e fazer um esforço mínimo para mantê-las. Jamais evoluiríamos, jamais nos tornaríamos de novo Um com o Indivisível.
Ao contrário, devemos buscar nos nossos defeitos os motivos para fazer brilhar a Luz. Como a lótus que nasce da podridão dos pântanos, ergamos das masmorras de nossos vícios os templos às nossas virtudes, sempre vigilantes ao Caos que nos rodeia. Façamos valer o aprimoramento constante frente a inexorável degeneração do todo.
Fiat voluntas Dei: Ordo ab Chao.
Ir.’.Mario Guanaes Simões Filho • Liberdade, Dever e Poder Nº 631
S.’.L.’.R.’. A GLESP     www.revistauniversomaconico.com.br

terça-feira, 21 de maio de 2013

O BALANDRAU MAÇÔNICO E SEU USO EM LOJA


Embora, na minha opinião, não seja esta uma discussão tão importante, é, de fato, uma questão interna de Loja que sempre causa alguns transtornos nas Sessões Maçônicas, entre aqueles que condenam o uso do balandrau e aqueles que o defendem. Para alguns Irmãos, o traje maçônico correto é o terno escuro, de preferência preto ou azul-marinho, especialmente em sessões magnas, sendo tolerado o uso do balandrau.
Outros sustentam a ideia de que tanto em Sessões Magnas, quanto Ordinárias, pode-se usar apenas o balandrau. 
Discussões à parte, para mim o mais importante é o Maçom participar da Sessão com todo o seu coração, imbuído da seriedade que o momento exige. É como diz o ditado “o hábito não faz o monge”.
Lendo alguns artigos de autores maçônicos da atualidade, percebi que há até entre eles algumas ideias que, se não chegam a se contradizerem, mostram algumas diferenças de pensamento, principalmente em relação ao uso do balandrau em Loja.
Este trabalho visa trazer algum esclarecimento sobre o tema aos meus irmãos da Loja Maçônica Asilo da Virtude, Loja essa que me proporcionou enxergar a luz maçônica e da qual tanto me orgulho. Tentarei ir por partes e peço um pouco de paciência, caso venha extrapolar um pouco o tempo, que eu sei ser de 15 minutos.
1) A vestimenta maçônica (traje maçônico)
Quando se fala em traje maçônico, logo se pensa em paletó, gravata, sapato preto. Entretanto, temos de levar em consideração que o traje maçônico mesmo é o Avental, sem o qual o obreiro é considerado nu, na acepção de Castellani. Temos de concordar com isto, pois embora a cor da vestimenta (calça, gravata, etc) possa ser diferente para cada Rito ou mesmo dependendo de cada país, o Avental, como diz Jaime Pusch, é a insígnia obrigatória do maçom em loja, não podendo sem ele participar dos trabalhos.
Não há muito o que discutir sobre traje maçônico, pois como diz Castellani: “discutir traje em loja é o mesmo que discutir o sexo dos anjos”, devido às variações sofridas nos trajes masculinos através dos tempos, inclusive de povo para povo; em algumas partes do mundo, principalmente em regiões quentes dos estados unidos, os maçons vão às sessões até em mangas de camisa, mas não se esquecem do avental; no Brasil, o traje, antigamente, era previsto nos Rituais (Séc. XIX e início do Séc. XX)como indicação e não imposição, devido à diversidade de ritos. Posteriormente é que a exigência do traje foi colocada na legislação das obediências, padronizando conforme o rito majoritário no Brasil (REAA); a palavra “terno”, gramaticalmente falando, quer dizer um traje que se compõe tradicionalmente de um trio de peças de roupa: calça, colete e paletó. Os mais antigos talvez se lembrem que era assim que os homens algumas décadas atrás se vestiam, completando este trio com o uso do chapéu e da bengala. Posteriormente, o colete foi abolido, talvez devido ao clima tropical do brasil. o terno tornou-se, então, um parelho, ou seja, um par, constituído da calça e do paletó, equivocadamente chamado atualmente de terno.
Grande é a controvérsia do uso ou não de terno ou na ausência deste, o balandrau. No Brasil, e só no Brasil, convencionou-se o uso deste, e de acordo com os estatutos de várias obediências o balandrau é “tolerado” em Sessões Ordinárias;
2. Traje maçônico segundo o RGF-GOB
O RGF do GOB traz em seu Art. 110 que “Os Maçons presentes às sessões magnas estarão trajados de acordo com o seu Rito, com gravata na cor por ele estabelecida, terno preto ou azul marinho, camisa branca, sapatos e meias pretos, podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos”.
“§ 1º – Nas demais sessões, se o rito permitir, admite-se o uso do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer símbolo ou insígnia estampados”.
O traje maçônico no RGF é definido em relação às sessões magnas, admitindo-se o balandrau nas outras sessões, de forma eventual. Faço aqui os seguintes questionamentos: Por que se exigiu de forma mais clara somente em relação às Sessões Magnas? A palavra terno diz respeito ao trio paletó, colete e calça, como sempre foi tradicionalmente e gramaticalmente, ou somente ao paletó e calça, já que a palavra terno quer dizer ternário, trio? A palavra eventual significa um acontecimento incerto, casual, fortuito; o verbete eventualmente no RGF tem o mesmo significado? Se tiver, o balandrau pode ser admitido casualmente, em quantidade incerta? Não deveria conter o RGF uma exclusão de proibição do balandrau em sessão magna, já que é usado pelo experto nas iniciações?
Antes de concluir, quero falar um pouco do que é o balandrau, motivo maior deste trabalho.
3. Definição, origem e uso do balandrau na Maçonaria
Balandrau – do latim medieval balandrana, designa a antiga vestimenta com capuz e mangas largas, abotoada na frente; e designa também, certo tipo de roupa usada por membros de confrarias, geralmente em cerimônias religiosas. Assim, o balandrau não é exclusividade maçônica.
Embora alguns autores insistam em afirmar que o balandrau não é veste maçônica, o seu uso, na realidade remonta a primeira das associações de ofício organizadas (Maçonaria Operativa), a dos “Collegia Fabrorum”, criada no século VI a.C., em Roma. Quando as legiões romanas saiam para as suas conquistas bélicas, os Collegiati acompanhavam os legionários para reconstruir o que fosse destruído pela ação guerreira, usando nesses deslocamentos uma túnica negra.
Da mesma maneira, os membros das confrarias operativas dos Franco-Maçons medievais (Séc XIV e XV), quando viajavam pela Europa Ocidental, usavam o balandrau negro. Segundo outros autores, o uso do balandrau teve início nas funções do Primeiro Experto, durante os trabalhos de iniciação em que atendia o profano na Câmara de Reflexões. Para outros, como Jaime Pusch e Rizzardo Da Camino, o balandrau foi inicialmente restritivo à Câmara do Meio, no Grau de Mestre de alguns ritos, mas que depois foi aceito nos outros graus.
Percebemos, através deste pequeno relato, que o balandrau está presente na história da Maçonaria desde o princípio, pois era uma forma de igualar os participantes e proteger suas identidades através do capuz, principalmente da perseguição da inquisição. Hoje, a vestimenta é tolerada pelas altas autoridades das potências maçônicas e muitas lojas adotam o balandrau como vestimenta oficial para as Sessões Ordinárias, deixando o terno somente para as Sessões Magnas. Isto acontece muito nas cidades grandes, principalmente em função da distância casa-trabalho-loja maçônica. Outras lojas admitem o uso do balandrau somente para visitantes, desde que seja do mesmo rito da loja visitada.
4. Algumas conclusões sobre o tema em questão
Diante do que foi exposto cheguei a algumas conclusões que, de antemão, afirmo serem bem pessoais. Não peço a ninguém que concorde comigo, mas que respeite a minha forma de pensar como pretendo respeitar o pensamento alheio. Vamos a elas:
  • A verdadeira veste maçônica é o Avental. Sem ele o Obreiro é considerado nu, não podendo participar dos Trabalhos;
· Sob o Avental deve haver, porém uma roupa sóbria e decente, sendo o balandrau uma forma de igualar e uniformizar o traje. O uso do balandrau iguala e nivela os maçons em loja. Nada de exigência de ternos, cores de gravata etc. A igualdade na vestimenta demonstra um desapego a toda e qualquer vaidade humana – tão combatida pela Maçonaria – e nivela os IIr.’. em Loja, por uma única veste.
  • Em um ponto, os IIr.’. têm opiniões coincidentes: o balandrau é veste talar, deve ir até os calcanhares, e pode ser considerado um dos primeiros trajes maçônicos, sendo plenamente justificado o seu uso em Loja;
  • Terno quer dizer um traje que se compõe de calça, colete e paletó. Assim, a maioria dos maçons atuais está irregular em loja, já que usamos somente calça e paletó, duas peças, a que se dá o nome de parelho (par);
  • deve haver um equívoco no RGF do GOB no que diz respeito ao terno, usando este termo no sentido do já citado parelho;
  • Se observarmos nosso padrão climático e o tecido mais leve, me parece ser o balandrau uma boa ou, talvez, a melhor e mais justificada alternativa. O balandrau tira de nós a aparência de riqueza, do saber, da ambição, da vaidade; nos iguala e nos mostra que, independentemente de qualquer posição profana, somos todos iguais, todos IIr.’. em todos os momentos;
  • concluindo este trabalho, quero dizer que, de acordo com a vontade da Loja, ou talvez de sua diretoria, e também de acordo com o RGF, procurarei ao máximo comparecer às sessões em nossa Loja de parelho ou, como nós mesmos denominamos o conjunto calça e paletó, de terno, para que assim possa haver mais harmonia nos trabalhos, já que o meu balandrau parece incomodar sobremaneira a Diretoria de nossa Loja;
  • O mais importante em uma Sessão Maçônica é o clima fraternal criado a partir de emanações de energia dos IIr.’.; – em nossas reuniões, dentro do Templo, muitas são as vibrações emanadas de todos os nossos IIr.’., sejam eles Offic.’. ou não. Principalmente durante a abertura do Templo, temos a formação da Egrégora. Este é um momento em que todos nós emitimos radiações, e ao usarmos a veste preta, estaremos absorvendo todas essas energias, reativando os nossos Chacras, ou nossos centros de forças, de emissão e recebimento de energia;
  • Quando usamos terno preto ou o balandrau, permanecem descobertos nossos Chacras: frontal, laríngeo e coronário. Assim poderemos emitir, receber e refletir vibrações diretamente em nossos centros de força, pois estes estarão descobertos. Em contrapartida, nosso Chacras mais sensíveis estarão protegidos de enviar vibrações negativas durante os trabalhos.
  • e a questão maior que deixo hoje para todos nós é justamente esta: Estamos, de fato, emanando bons fluidos? Estamos de fato vivenciando o amor fraternal? Cada um responda por si e a si mesmo somente, que é o mais importante.
Trabalho de autoria do Resp.’. Ir.’. IRIS ANTONIO FERREIRA DE SOUZA

Mestre Maçom

A.’.R.’.L.’.S.’. Asilo da Virtude nº 1132-GOEG/GOB

Or.’. Goiandira-GO              www.revistauniversomaconico.com.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

V.'.I.'.T.'.R.'.I.'.O.'.L.'.


O primeiro contato que tive com o termo V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’. foi durante a minha iniciação quando me encontrava na Câmara das Reflexões.
Confesso que naquele momento, até mesmo em virtude das emoções que tomavam conta de mim em face daquela ocasião única, não tive a menor ideia do significado de tal expressão e não lhe dediquei esforços para compreendê-la, porém, hoje, sei que ela representa de forma resumida, nos dizeres do saudoso Ir.’. Nicola Aslan, o único trabalho do Aprendiz Maçom.
O V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’. é uma fórmula alquímica e hermética cuja sigla é composta de 7 (sete) letras e significa “VISITA INTERIOREM TERRAE RECTIFICANDOQUE INVENIES OCCULTUM LAPIDEM”, ou seja, Visita o Interior da Terra Retificando-te Encontrarás a Pedra Oculta.
Essa importante expressão em si não é outra coisa senão a profunda descoberta de si mesmo, na solidão, no seio da Terra, ou, doutro modo, é o símbolo universal da constante busca do homem para melhorar a si mesmo e a Sociedade em geral.
Para que possamos efetuar o V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’. é necessário, inicialmente, descermos nas profundezas da terra, ou seja, debaixo da superfície da aparência exterior que esconde a realidade interior das coisas e a revela. Isto é, necessitamos ir ao nosso interior, sem demagogias e falsas aparências.
Depois de nos encontrarmos com nós mesmos, é imperioso meditarmos e retificarmos o nosso ponto de vista e a nossa visão mental com o esquadro da razão e do discernimento espiritual e com isso encontraremos daquela pedra oculta ou filosofal que constitui o Segredo dos Sábios e a verdadeira Sabedoria.
A “pedra oculta” é a PEDRA DO SÁBIO que se pode transformar na PEDRA FILOSOFAL, a pérola da Filosofia Divina, e é essa que torna o homem um ser sublime, mais evoluído, justo e perfeito, no trajeto da Vida Universal. Tal é o objetivo do verdadeiro iniciado (Maçom, Templário, Rosacruz ou outro) que busca o conhecimento Sagrado e Divino.
O homem, ao se retificar interiormente, deixando de lado todos os vícios de uma vida anterior para adotar novos padrões de conduta moral, transforma-se em um novo homem e deixa à mostra a pedra oculta que há dentro de todos. Tal pedra ainda se encontra em estado bruto, necessitando ser trabalhada, lapidada.
O que só acontece com o aprendizado constante, com a prática incessante das boas ações, com o respeito às normas, com a presença constante em Loja, com a aplicação dos princípios fundamentais da Maçonaria, como a fraternidade e a humildade!
De nada adianta descobrir que em seu interior há uma pedra bruta, se essa pedra não é tocada, não tem a sua rusticidade conhecida, se nada se faz para seu polimento.
Esse polimento é pesado, o desbaste das arestas, dos excessos, é doloroso, mas necessário, para fazer crescer aquele que encontrou dentro de si o que o diferencia dos demais animais: a pedra oculta, isto é, a inteligência, a capacidade de raciocinar, de discernir entre o certo e o errado, de dominar o desejo pessoal, de vencer paixões e submeter vontades!
A menção à pedra oculta, ainda, significa atingir o mais profundo do EGO e é usada como originária da força dos alquimistas, que acreditavam na PEDRA FILOSOFAL, ou seja, aquela pedra que transformava os metais inferiores em ouro.
Esse processo de transmutação, visto pela alquimia prática como “pedra filosofal”, é também conhecido como Obra do Sol, ou Crisopeia, ou Arte Real.
Portanto, a prática do V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’. é um convite ao conhecimento do ser interior, da espiritualidade, já que a Arte Real é a transformação do homem inferior em um homem superior. A PEDRA OCULTA é a PEDRA DO SÁBIO, que pode se transformar na PEDRA FILOSOFAL, ou seja, dentro de cada homem há uma PEDRA OCULTA, conhecida também como PEDRA DO SÁBIO, que o diferencia do animal irracional e que qualifica o ser humano como tal.
Trabalhada a PEDRA DO SÁBIO, tem-se a PEDRA FILOSOFAL, ou a PEDRA POLIDA, surgida com a transformação do bruto Profano, em um novo homem, um Maçom.
Encontrada a pedra oculta, ou a PEDRA DO SÁBIO, mas esquecendo-se de que o trabalho com essa pedra bruta deve ser constante, o homem não avança, não cresce espiritualmente e a pedra permanece bruta, não mostrando a sua beleza interior, permanecendo carregada de impureza que a obscurece e a torna imprestável para o uso a que se destina.
O Maçom que mantém a sua pedra oculta com traços de impureza, causados por ações ou omissões denominadas vícios, não pode ser chamado de Maçom. Daí, pode-se afirmar, sem temor, que o trabalho do Maçom na pedra bruta deve ser diário, incessante, devendo ele com constância, visitar o interior da terra, retificando-se, na busca da pedra oculta.
 Ir.’. Apr.’. Sérgio Ricardo Trigo de Castro
ARLS Templários do Sul Nº 2152 • Or.’.de São Paulo
  • Comentários ao Ritual de APRENDIZ, VADE-MECUM INICIÁTICO, 3ª edição, Nícola Aslan, Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda.;
  • “V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’. no ritual da iniciação maçônica” texto colhido do site Alquimia Interior
  • “V.’.I.’.T.’.R.’.I.’.O.’.L.’.” texto de autoria do Ir.’. Rui Gonçalves Doca do Grande Oriente de Goiás, Loja Maçônica Liberdade e União 1158 do Oriente de Goiânia, divulgado no site do Grande Oriente do Estado de Góiás
  • Extraído da página www.revistauniversomaconico.com.br

domingo, 19 de maio de 2013

FALA-SE PRIMEIRO A SI MESMO


Propus-me a escrever algum trabalho para a loja e então passei a recordar o que eu já havia lido de interessante e que contivesse algo relacionado a crescimento pessoal, moral ou algo ligado a isso. Lembrei-me então de três livros que me chamaram a atenção pela mensagem que eu havia encontrado e gostado.
O primeiro foi o livro Ilusões Perdidas, de Balzac, em que ele em determinada parte narra o encontro do personagem principal com uma pessoa misteriosa, no qual esta aconselha aquela.
O segundo foi o livro As Vinhas da Ira, de Steinbeck, que narra a saga de uma família norte-americana no início do século XX, que sai do leste dos Estados Unidos da América e segue para o oeste, em direção à Califórnia em busca de uma vida melhor, sendo que, em certo momento, o escritor narra o diálogo de duas pessoas, em que um pregador comenta para o outro a vida de um terceiro.
O terceiro foi o livro O Tempo da Memória, de Norberto Bobbio, uma autobiografia, em que ele, em certo capítulo, disserta sobre quais as coisas que ele sente que foram mais importantes para ele na sua vida.
Não possuía nenhum deles em casa para relê-los e embasar um texto, mas o que me veio em mente foi que os assuntos que me chamaram mais a atenção para a feitura de um trabalho, possuíam o mesmo tema. Eles falavam sobre a preocupação com o exterior e o material e lembravam que o mais importante era lembrar do interior e do simples.
Então, prosseguindo na análise, percebi que muitas vezes eu distanciava-me dos ensinamentos constantes do Sermão da Montanha (Matheus, cap. 6, vers. 25-34), bem como, também pude perceber, que muitas vezes, quando nós admiramos certa obra ou ensinamento, como uma verdade a ser seguida ou uma filosofia a ser aceita, principalmente para ser recomendada aos outros, em verdade, muito mais serve a mensagem para nós mesmos do que para qualquer outra pessoa, pois compreendi que se fala primeiro a si mesmo.
Autor: Ir∴ Jeferson de Andrade Hartemink • M∴ M∴ 
Loja Farol Guia das Missões n.º 69 
www.revistauniversomaconico.com.br

HOMENAGEM ÀS MÃES

Na tarde deste sábado fomos presenteados com uma das mais belas cerimônias da Ordem DeMolay: a Cerimônia das Flores. Como não fosse suficiente sua beleza por si só, a excelência da execução provocou a emoção em todos os presentes.
O Capítulo Príncipe do Agreste reviveu seus melhores dias e provou que o brio ainda é uma das principais qualidades dos seus membros.
A cerimônia realizada em homenagem ao dia das mães contou com a presença dos maçons da Loja São José, patrocinadora do capítulo, e de convidados, familiares dos Tios e Sobrinhos.
Foram momentos de verdadeira integração entre a Loja e o Capítulo e, temos certeza, não houve quem não se regozijasse com as demonstrações de amor filial presenciadas.
Esse é o verdadeiro espírito DeMolay.














sexta-feira, 17 de maio de 2013

POESIA - SEGREDOS E VERDADES

Onde estará o segredo mágico
do olho que a tudo enxerga?
No limiar da iniciação da poesia,
na luz que ilumina o trabalho do meio-dia, nas masmorras profundas do coração e na reflexão do poeta
ou na harmonia e concórdia dos seres diferentes?
Poderei um dia subir os degraus da escada do conhecimento e marcar presença nas páginas do Oriente?
Como alcançar a eternidade
se morrer é preciso quando se busca a verdade?
Como alcançar o segredo
dos velhos mestres, que da auréola da balaustrada do “Sanctus Sanctorum”
disparam suas setas silenciosas?
Será que essa mensagem sagrada
e preciosa atravessa as almas invisíveis
emudece os IIr.’. do ocidente
e perde-se em meio às vaidades orgulhosas?
Quando verdadeiros “Homens de Preto” reúnem-se em lojas para buscar a verdade, despem-se dos vícios, escorregam pelos íngremes penhascos do tempo e mergulham com humildade pela senda hermética da sabedoria.
Será que os deuses
traçaram com precisão
Os riscos da hipotenusa
Desta longa escadaria?
Serão os catetos e a geometria,
paralelos do novo universo,
o segredo da Maçonaria?

Ir.’.Wildon Lopes da Silva
ARLS Mount Moriah Nº 3327 • GOSP/GOB

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O CHAPÉU DO VENERÁVEL MESTRE


Sempre chamou a atenção dos Aprendizes no Rito Escocês Antigo e Aceito, o porque o Venerável Mestre usa chapéu nas sessões e porque em determinados momentos ele tira o chapéu e coloca-o novamente.

O simbolismo maçônico desde o século XVIII, pede do Venerável Mestre usar chapéu, como um símbolo de autoridade e que, aparentemente este uso vem das cortes da época quando o Rei cobria sua cabeça ficando todos os outros cortesãos inclusive nobres de alta patente, descobertos.

Mas no ocultismo, encontramos uma explicação que nos convence mais porque a Maçonaria sempre tem tomado das ciências ocultas ou de muita sabedoria seus usos e costumes, para preservar tudo o que de mais elevado o Homem produziu através da história. Os ocultistas dizem que os pêlos curtos e grossos das sobrancelhas e da barba do homem, são emissores de energia, enquanto que os pêlos finos e longos dos cabelos são catadores de energia.

Por este motivo o Venerável Mestre mantendo-se de cabeça coberta, indica que ele nada mais tem a receber dos demais membros da Loja, uma vez que chegou ao termo final de sua iniciação. O chapéu de aba abaixada, lhe confere o poder e a autoridade que ele está pronto a exercer, perante os irmãos da Loja que ainda não chegaram aos seus conhecimentos plenos. Mais, em certos momentos, o venerável Mestre tira o chapéu quando, na apertura do Livro da Lei que é a verdade revelada de Deus, são lidos versículos da Bíblia e depois são elevadas preces ao Grande Arquiteto do Universo; nesse momento a Loja está invocando a presença de Deus e o Venerável Mestre descobre-se para poder receber também os influxos divinos. Terminado esse momento, cobre-se novamente.

Fonte: www.construtoresdavirtude.com.br
Colaboração do Ir.'.Nil Marques

terça-feira, 14 de maio de 2013

DANIEL SENRA: O PRIMEIRO CHEVALIER DO AGRESTE

O Grau de Chevalier é a maior honraria que um DeMolay ativo pode receber. Para o Sênior DeMolay, esta honraria esta atrás apenas da Legião de Honra. O Supremo Conselho poderá conferir o Grau de Chevalier a um membro da Ordem DeMolay, ou a um Sênior DeMolay que tenha desempenhado serviços notáveis e meritórios em beneficio da Ordem DeMolay e que tenha sido um membro conceituado e atuante durante um período de pelo menos 04 anos consecutivos.
O Capítulo Príncipe do Agreste, apesar de seus 10 anos de fundação, ainda não tinha o seu representante na Côrte, lapso este que foi corrigido no último CEOD, quando o Sênior Demolay Daniel Senra, Past Mestre Conselheiro Estadual, finalmente recebeu o Colar, mais que merecido.
Outros membros foram muito importantes para o Capítulo mas Daniel foi indicado por seus serviços ininterruptos prestados à Ordem Demolay, tendo em vista que ainda hoje, sempre que pode, frequenta o Príncipe do Agreste.






A ILUMINAÇÃO


“O maçom deverá compreender que não poderá ser utilizado pelo Grande Arquiteto para qualquer trabalho místico enquanto não adquirir uma impecável natureza moral”.
O iniciado no estudo maçônico precisa primeiro, saber que está mudando seu curso de vida. Está penetrando no mundo, tão diferente do anterior, que o neófito não conseguira, sem ajuda, reconhecer o caminho que deverá trilhar. É provável, também, que não consiga nele permanecer sem o encorajamento e orientação. A despeito de entrar no caminho por um profundo anseio de conhecimento e intenso desejo de desenvolvimento espiritual ou por estar profundamente entediado com sua vida, o neófito ficará ao menos um pouco perdido aos primeiros esforços de se unir a nós.
A primeira coisa que ele deve aprender é, ao receber a instrução, perceber que, iniciando um programa de treinamento e disciplina com objetivo de despertar os poderes da alma, os quais vão testá-lo até as raízes de seu ser. Essa instrução consiste na aquisição de certo conhecimento ou regeneração, resultando também numa disciplina que tornara impossível o irmão arruinarem-se antes as tensões da vida.
O maçom deve compreender que não poderá ser utilizado pelo Grande Arquiteto do Universo para qualquer tipo de trabalho místico enquanto não adquirir uma impecável natureza moral.
O Grande Arquiteto do Universo não colocará uma pessoa numa posição de poder e importância no sentido de cumprir a vontade divina enquanto ela estiver sujeita a usar seu semelhante para seus propósitos. Além disso, o neófito deve aprender que as críticas, a ridicularização e julgamento dos outros são próprios daqueles que desejam viver em termos exclusivamente mundanos. Se não apreender isso cedo na vida, ver-se-á enredado nas aberrações intelectuais e emocionais das pessoas do mundo e não estará livre para cumprir a vontade do Pai.
A pessoa que não é digna de confiança não pode receber responsabilidades. Muitos irmãos pensam que o amor é tudo o que é necessário para ser maçom. Mas o amor sem conhecimento e sem o intelecto bem treinado é como um veículo de extraordinária potência de locomoção, mas sem direção.
As reações emocionais estão ocultas no subconsciente há séculos por estar o maçom próximo das questões normais do mundo e é fácil para ele participar das reações cotidianas de ressentimento, raiva, depressão de ressentimento, raiva, depressão, cobiça e temor.
Esses estados emocionais fazem parte da nossa vida desde a mais tenra idade. Embora estejam em nossa natureza com propósito de auto preservação a nível animal, no aspecto criativo da alma nada produzem, além de destruição.
Quanto mais difícil se torna a vida, mais o maçom se sente militante e ardoroso e mais intensamente busca o conhecimento intelectual maçônico, que pode ser a chave para a solução dos problemas. Ele passa a compreender que todo contato tem significado, cada ser humano aparece em sua vida por uma razão, cada experiência lhe revela algum novo aspecto de sabedoria que lança a luz sobre o caminho do maçom. Suas próprias reações emocionais lhe revelam atitudes éticas e morais ocultas em seu subconsciente há séculos, as quais ele nunca sonhou existirem.
A própria vida se torna um campo de treinamento e toda a atividade mundana se torna um meio pelo qual ele afia a espada mística para golpear o mal, de modo que através dele a Luz e a Verdade possam brilhar no mundo.
Meus irmãos, para finalizar, convém concluir que a sinceridade de propósito é a lei que prevalece em qualquer nível de desenvolvimento que se encontra o maçom que realmente deseja o que é correto segundo seu elevado senso moral, que sempre poderá adquirir paz pelo conhecimento de que a Vontade do Grande Arquiteto do Universo está sendo cumprida. Isso o levará fatalmente ao objetivo a que ele aspira, recebendo toda iluminação procurada, e aí haverá a harmonização com o Cósmico, acontecendo a maravilhosa experiência da união com o Grande Arquiteto do Universo.
 Ir.’. Milo Bazaga M.’.M.’. – Capitólio das Águias Uberabense Nº 284 – GLM-MG – REAA