quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O PERJÚRIO


A sociedade como um todo vive sob mecanismos de sustentação, os quais são capazes de manter a continuidade da convivência social, sem o que, induvidosamente, a vida em grupo se tornaria insuportável e até mesmo impossível.
Nas últimas décadas o homem se desenvolveu e se multiplicou sob a face da terra, chegando ao ponto atual depois que a ciência se desenvolveu, de se adaptar às novas regras estabelecidas. Basta lembrar que somente no último século foi que a população mundial conseguiu dobrar o seu total várias vezes. Daí porque, cada instituição, no particular, para que pudesse existir e garantir aos seus participantes o mínimo necessário daquilo que se propôs, buscou estabelecer regras que pudessem assegurar a todos a inviolabilidade, os segredos internos, a privacidade, o bem estar, os benefícios e tudo o mais de sua especificidade.
No caso específico da Maçonaria, tais regras não foram relegadas, muito pelo contrário, foram implementadas em um arcabouço de normas e princípios que lhe são próprios, os quais servem para a orientação do maçom. Essas disposições se apresentam na forma escrita em seus mais diversos diplomas legais, mas, também, na forma consuetudinária e que são seguidas e transmitidas de geração a geração.
Diante dessa rápida amostragem, e, focado nos fatos que vem acontecendo nos dias atuais no meio maçônico, notadamente com a questão defendida por muitos a respeito da abertura das lojas; por alguns não maçons – os “goteiras”, sobre a revelação dos segredos da Instituição através dos meios de comunicação de massa; e, por ultimo, com a revelação a profanos dos assuntos sigilosos tratados nas reuniões fechadas, forçoso é reconhecer que algo está errado e é preciso por um basta nessa situação.
Com efeito, embora todos os fatos mereçam muita atenção por parte dos maçons, nos ocuparemos neste momento da abordagem desse último tema, qual seja, o do perjúrio, ora praticado por alguns. Todos sabem que aquilo que se discute dentro de uma loja maçônica não pode ser revelado lá fora, nem mesmo aos irmãos que não participaram da reunião, exceto se o Venerável Mestre assim o deliberar. Ora, se assim o é, toda a vez que alguém descumpre essa regra comete perjúrio. E o que é perjúrio?
Perjúrio é jurar falso, quebrar o juramento feito. Então, quem jura dentro da loja não revelar os segredos maçônicos e assim não cumpre, rigorosamente está cometendo esse deslize e, no dizer de uma daquelas regras mencionadas, deve cumprir o ritual de quem está à ordem, naturalmente dentro do seu grau… “por não ter sido capaz de guardar um segredo que lhe foi confiado”. A Maçonaria sempre foi respeitada pela qualidade, postura moral e ética dos seus membros, pelos segredos milenarmente mantidos.
Seguramente, toda a vez que um assunto interno é revelado ao profano, ou, repita-se, aos irmãos que não participaram da reunião, o desgaste da instituição é evidente, sem se falar do desconforto do irmão que foi citado em determinado episódio. Não é aceitável que um assunto trazido em loja por um irmão seja motivo de especulação profana, levando-o a ser alvo de comentários nas ruas e até mesmo de ser atingido moral e fisicamente. Os efeitos nefastos de um perjúrio vão além do que possamos imaginar, e isso não se pode tolerar. Quem não tem condições de viver em uma sociedade séria como a Maçonaria, dela deve se licenciar (afastar mesmo), sob pena de, com suas faltas, ter seu comportamento levado à apreciação do Egrégio Tribunal de Justiça Maçônico, a quem compete deliberar sobre a matéria. Concluindo, ao perjúrio advirão efeitos e conseqüências indesejáveis, todavia, a fala do momento não tem o condão de ser inquisitiva, muito menos, um caráter de estimular censura ou punição a qualquer irmão, até mesmo, porque desconhecemos quem assim procede, mas, tão somente, como um alerta a todos nós contra fatos de tamanha gravidade.
Que o G.’.A.’.D.’.U.’. nos ajude.
 Ir.’. Adilson Miranda de Oliveira
LOJA MAÇÔNICA OBREIROS DO AREÓPAGO Nº 33
IBICARAÍ-BAHIA

PARABÉNS PATRÍCIA!

A alegria de um Irmão deve ser compartilhada por todos. Obedecendo a esta máxima, parabenizamos à nossa sobrinha Patrícia pela aprovação no vestibular da UFPE para o curso de medicina e, é claro, também aos pais, Adelúcia e o Ir.'.Celso Lucena, que estão orgulhosos pelo fato.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

COM FORMALIDADES, POR FAVOR!


Sou faixa-preta de judô há mais de dez anos, e sempre observei que desde a faixa branca, antes dos meus treinamentos e aprendizados seguíamos religiosamente um ritual que vinha de gerações e gerações sem nunca ter mudado.
Antes de adentrar ao tatame deve-se estar devidamente trajado do judogui (kimono), cumprimentar-se o dojô, depois todos devem ajoelhar e cumprimentar o quadro do Jigoro Kano (criador do Judô), após todos os alunos cumprimentam o mestre, que corresponde, e, por último cada aluno cumprimenta seu adversário antes de começar o combate. Aprendi desde cedo que tal “ritual” tinha sua importância não só para mostrar respeito mútuo, mas também para que adentrássemos no espírito do judô e compreendêssemos que apesar das diferentes faixas e graus todos éramos iguais e nenhum deveria tentar se sobrepor a seus companheiros.
Dessa forma, podemos afirmar, que ritos e rituais não são realidades exclusivas da Maçonaria, pois existem em muitas atividades sociais de diferentes naturezas. Por regra, tudo que assume alguma importância para um conjunto de pessoas é ritualizado. A espécie humana sente-se confortável com rituais, uma vez que transmitem-lhe segurança e identificação. O ritual influencia o humano através de algo que só muito recentemente a ciência começou a dar atenção: a inteligência emocional, aquele espaço que está entre a razão e a emoção, ou se quisermos, o ponto onde os sentimentos e as emoções influenciam a razão. E, inversamente, o território onde, através da razão, se influenciam as emoções.
Um ritual, bem elaborado, bem executado, bem dirigido, pode, à pessoa certa e apta, preparada, para tal, influenciar, desenvolver, abrir horizontes mais largos do que todo um curso com longas e trabalhosas horas de estudo. Um ritual bem feito, relevante, é normalmente complexo e pormenorizado. E há aspectos que só se revelam após se ter aprendido noções que previamente se impunham fossem aprendidas.
A Maçonaria é uma instituição em cujo centro se desenrola um renascimento espiritual do homem. Trata-se de uma evolução para a maturidade, de um processo psíquico e íntimo, para uma iniciação. Para se obtê-la, a Maçonaria encontrou um método especial que, por meio de repetições ritualísticas e mais um desenvolvimento gradual, põe em andamento o autoencontro e a individualização do homem.
São os rituais e símbolos em que inicialmente se inspiraram os costumes das antigas irmandades de pedreiros. Além disso, entraram nos rituais dos maçons ideais do gnosticismo, da kabbala, dos pythagoraes e do cristianismo. O ritual maçônico torna-se, para cada participante, um portador de venturas e um centro dos seus pensamentos e ações. Em todas as lojas do mundo, os rituais, no seu desenrolar essencial, são parecidos, de tal maneira que cada um poderá entender sentido e conteúdo mesmo não entendendo a língua do respectivo país. O ritual é parte essencial. Com efeito, pela eficácia de sua forma, deve produzir um ambiente geral positivo, que se eleva por cima dos acontecimentos da vida cotidiana.
Hoje, embora faça parte desta Augusta Ordem há tão pouco tempo, tenho observado em minhas visitas que a maioria das Lojas, sem distinção de potência, vem em seus trabalhos dispensando o uso dos paramentos e muitas vezes encurtando o ritual em virtude da pretensa falta de tempo, com a famosa frase “sem Formalidades por favor”. Em algumas ocasiões, cheguei a deparar com o triste acontecimento de uma Loja encurtar os trabalhos ritualísticos em virtude do tempo, porém, após os trabalhos passar longas horas no momento do ágape. Sei que para mim, que sou apenas um aprendiz, e por enquanto tudo é novidade, participar dos rituais é sempre um aprendizado, é sempre uma novidade em que em cada ato procuro encontrar um significado e que para os IIr:. mais elevados uma ritualística mais demorada possa ter o aspecto de cansativa e que não haja necessidade de uso de todos os paramentos. Entretanto, após deparar mais uma vez com o excelente blog do honrado Ir:. Rui Bandeira da ARLS Affonso Domingues do Oriente de Lisboa – Portugal vi-me retratado em seu depoimento que em seguida transcrevo:
“Executo e assisto a rituais maçônicos há vinte anos. Alguns rituais já foram por mim presenciados dezenas, centenas de vezes. Não me é incomum, subitamente, uma qualquer passagem, um qualquer gesto ou ato, uma qualquer chamada de atenção, despertar em mim o acesso a um novo significado, uma distinta relação, um inesperado caminho de análise ou especulação.
Não porque nas dezenas ou centenas de vezes anteriores tenha estado desatento. Mas porque é então, e só então, que estou preparado para descortinar esse aspecto.” Rui Bandeira. Não vou aqui ter a pretensão de desvendar o significado dos diversos atos dos variados ritos e rituais maçônicos, e tenho a certeza de que não vem ao caso. O que quero chamar a atenção é para o pouco valor que as vezes damos as pequenas coisas que num contexto maior fazem a diferença. Acredito que tudo em um ritual, desde a vestimenta, até a trajetória a ser tomada dentro do templo tenha uma razão de ser, e se não é específica, ao menos serve para que entremos no espírito maçônico e que não nos esqueçamos o motivo pelo qual estamos reunidos naquele momento. O tempo que dispensamos aos nossos trabalhos em Loja já são demasiadamente curtos se levarmos em conta o que muitas vezes gastamos em nosso lazer. E se não por isso, levarmos em conta apenas que nossos rituais são seguidos a risca por anos e por pessoas muitas vezes mais ocupadas do que nós e que se empenharam, em nome dos preceitos maçônicos, em fazer diferença e mudar o rumo das coisas em favor da humanidade.
 Ir.’.Ivan Barbosa Teixeira C.’.M.’.
ARLS Vale do Itapemirim Nº 1859 • Marataízes • ES
www.revistauniversomaconico.com.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MENTE E ALMA


www.brasilmacom.com.br - MENTE E ALMA
Em meus olhos podes ver o brilho de minha alma, sem invadir a minha mente.

A alma é a energia vibratória que, em sua frequência, pode atrair proteção, curar e afastar a negatividade.

A mente é uma célula blindada – o núcleo divino – onde habita o livre arbítrio, a sabedoria e as sóbrias intenções.

Como energia, a alma pode ganhar ou perder forças, pois está cercada de outros seres com maiores ou menores intensidades energéticas. Uns a sugam como vampiros sedentos, outros a absorvem numa doação intencional reanimadora com o intuito de fortalecer áreas ora debilitadas.
A alma varia de acordo com as condições psicofísicas.

Já a mente é perene, lúcida e inviolável. É protegida por uma cápsula que distingue o homem dos demais animais em sua vocação racional. Porém, sua vulnerabilidade pode trazer o desequilíbrio e a loucura.

Mentes brilhantes auxiliam o planeta em sua evolução espiritual.

Almas solitárias são inócuas. O grande valor está no conjunto vibracional. Isso permite um consonante fluxo energético na busca da harmonia da existência. Assim, a união potencializa as intenções humanas, proporcionando maiores chances de êxito em seus propósitos.

A mente sadia é consciente que o equilíbrio está na soma energizante das almas, do bem viver no coletivo, dando e recebendo de acordo com suas necessidades.

O homem é um ser social que tem a medida de seu semelhante e o reconhece como tal.

Rogério Francisco Vieira
biólogo e professor
TFA.

HUMOR - NAZISMO ESPIONA A MAÇONARIA


www.brasilmacom.com.br - HUMOR - NAZISMO ESPIONA A MAÇONARIA
foto: divulgação
Na Alemanha de Hitler, alguns oficiais das SS queriam espiar os maçons, e introduziram uma câmera espiã e uns microfones no interior do Templo.


- Agora saberemos os mistérios inerentes à maçonaria!


Dias depois de uma extensa espionagem, Hitler recebe o relatório:

1 - Os maçons não têm a idade que diz que eles têm.
2 - Os maçons sempre estão errados quando lhes perguntam que horas são.
3 - Os maçons dizem que estão indo para o trabalho e nunca trabalham na Loja.


Conclusão: Maçons não são perigosos, são apenas loucos!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

NAPOLEÃO BONAPARTE


Pode parecer estranho a alguns o fato de termos tantos ilustres maçons brasileiros e eu me propor a escrever sobre um estrangeiro.
Primeiramente, lembro a todos que a Maçonaria é universal e seus Obreiros se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças, o que nos tornam a todos simplesmente IIr.’. E esse Ir.’. influenciou em muito a história brasileira. Ao planejar a invasão de Portugal fez com que a Corte viesse para o Brasil (nov/1807) e acompanhando vieram autoridades legislativas, militares, judiciárias, alto clero, maçons, objetos de arte e mais de 60.000 mil livros.
Aqui em Paris, encontrei um antagonismo muito curioso: alguns livros “provam” que Napoleão nunca foi maçom e outros que “provam” sua iniciação em nossos Augustos Mistérios. Porém, desde já esclareço que Napoleão não foi iniciado na França e sim no Egito! Quando Napoleão resolveu anexar esse país, promoveu a Campanha do Egito (1798) e esse é mais um dos episódios na vida de Napoleão em que aprendemos a diferença entre ser “O Chefe” e ser “O Líder”.
Ele partiu com 400 navios, 10.000 marinheiros e 40.000 homens para combate; todos viam nele alguém “a seguir” e não “alguém que manda”. Napoleão era o exemplo claro de honra e nacionalismo. Dizia constantemente: “Qualquer homem que acredita que a vida é mais do que a glória nacional e a estima de seus companheiros, não deve fazer parte do exército francês.” “O amor à Pátria é a primeira religião do homem civilizado”.
Mais do que conquistar, ele também procurava aprender com a cultura local e era comum em suas Campanhas estar acompanhado de historiadores, botânicos, desenhistas e um bom vinho francês, afinal: “Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”. É nesse período que Napoleão Bonaparte foi iniciado por Cagliostro na Maçonaria Egípcia, e o uso dos ícones “Abelha” e “Águia” nos governos napoleônicos foram influência desse intercâmbio de culturas. A Maçonaria francesa havia sofrido grandes baixas por causa da Revolução Francesa, mas em 1805, Napoleão fez uma aliança com o Grande Oriente da França favorecendo o crescimento da Ordem.
Na verdade foi uma boa articulação política (muito parecida com a feita com D. Pedro I). Napoleão era filho de Maçom, seu Ir.’. carnal era Maçom, 17 dos 24 Marechais do Império eram Maçons (ver foto do Arco do Triunfo) e as grandes autoridades também o eram. Como bom estrategista, ele tinha três preocupações: os inimigos, os falsos amigos e a imprensa: “Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas”.
No livro: “Historique de la Révolutions Française et de l’Emprire” (1916) o autor (Roger Vallentin du Cheylard) traz dados bem sólidos sobre a filiação de Bonaparte à Maçonaria.  Fotos  colhidas em livros e documentos vinculam Napoleão à Ordem. Aos Fratres eu peço que apresentem uma pesquisa se Napoleão foi Rosacruz, pois no livro “Gouvernants invisibles et sociétés secretes, (editora J’Ai Lu) escrito por Serge Hutin, há uma passagem que afirma tal fato. Os livros de história nos brindam com fantásticas passagens da vida desse Ir.’., grandes vitórias e também grandes derrotas. Em suas frases podemos aprender muito sobre a política profana e assim ficarmos mais atentos.
Vejamos: “Todo homem luta com bravura mais pelos seus interesses, do que pelos seus direitos.” “A ambição de dominar as almas é a pior das ambições.” “A Revolução é uma opinião que encontra o apoio das baionetas.” “A mais insuportável tirania é a tirania dos inferiores.” “Nas revoluções há duas espécies de pessoas: as que as fazem e as que delas tiram proveito.” “A maioria dos que não querem ser oprimidos, querem ser opressores.” “O homem é como carneiro, segue o primeiro que passa.” “A glória é fugaz, mas a obscuridade é eterna.” Para os amantes da matemática há um teorema atribuído a Bonaparte, chama-se Teorema de Napoleão que consiste em projetar um triângulo qualquer e cada lado desse forma um triângulo equilátero, contudo marcando o baricentro de cada triângulo e juntando os pontos sempre obter-se-á um triângulo equilátero.
A intenção deste pequeno artigo é motivar os IIr.’. a pesquisarem quem são nossos “chefes” e quem são nossos “líderes”, precisamos despertar em nós o sentimento de brasilidade, a vontade de liderar e não de simplesmente chefiar. O Brasil é mais que um governo, é mais do que os Poderes, é a razão de ser de uma Nação, é o seu povo! Somos nós! Sigamos este conselho: “Em tudo quanto se empreende, há que atribuir dois terços à razão e o outro terço ao acaso. Se aumentardes a primeira fração, sereis pusilânime. Aumentai a segunda, sereis temerário”.

 Ir.’.Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt 025

domingo, 24 de fevereiro de 2013

POSSE DO NOVO VENERÁVEL

Ontem(23/02) foi realizada a cerimônia de Instalação e Posse do V.'.M.'. Mário Azevedo de Paiva para a Gestão 2013/2014 da Loja São José Nº14.
A Instalação foi brilhantemente presidida pelo Sereníssimo Grão Mestre Luiz Carlos Rocha da Silva e abrilhantada não somente pelos Obreiros de nossa Loja como também pelos Irmãos visitantes. 

O V.'.M.'. de Honra Nilton Fagundes, Grão Mestre Luiz Carlos Rocha da Silva e o V.'.M.'.Mário Azevedo de Paiva.
O Grão Mestre ladeado pela Comissão Instaladora: Analdo Meira, Nilton Fagundes, Rui Marques, Luiz Carlos, Mário Paiva, Afrânio Isaías e Edvar de Souza.

Os Oobr.'. que abrilhantaram a Sessão Magna.

Como de costume, após a solenidade foi servido um ágape fraternal aos Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos e convidados.
As Samaritanas sempre presentes






sábado, 23 de fevereiro de 2013

OS SEGREDOS DA CAPELA ROSSLYN


A história da Maçonaria é distorcida por defesas ideológicas que pretendem impor uma visão preconcebida sobre as provas documentais sem o mínimo rigor histórico.
Assim como os obreiros operativos do século XV construíam seus templos e Igrejas sobre o alicerce sólido das pedras e da argamassa o historiador deve construir suas interpretações baseado na sobriedade dos documentos. Provas imagéticas, escritas e materiais que corroborem e permitam a mínima interpretação dos fatos são essenciais.
Falar da ligação entre Templários e Maçonaria, procurando pontes, transferências e transposições é como procurar as soluções para uma equação de duas incógnitas que convergem: o que antecede e leva à formalização da Maçonaria nos princípios do século XVIII e o que sucede e permanece depois da dissolução dos Templários e do ato papal de Clemente II durante o século XIV. São mais de 400 anos que separam o fim dos Cavaleiros Templários e a fundação da Grande Loja de Londres.
Essa influência, no entanto, está presente em nossa ritualística, na organização juvenil patrocinada pela Maçonaria - a Ordem Demolay - e em vários outros aspectos de nossa Ordem. De onde ela vem? Ela é uma origem direta ou uma incorporação posterior?
Em primeiro lugar, a Maçonaria moderna só foi “fundada” em 1717. As agremiações que fomentaram a Maçonaria, segundo pesquisas da loja Quatuor Coronati de Londres, são modernas, o registro mais antigo sendo do século XVI. Mas a bula papal dissolvendo os Templários data de 1312. Como foi possível os Templários fundarem a Maçonaria? Nesse instante podemos nos perguntar: Há provas documentais que liguem a Maçonaria aos Cavaleiros Templários? Evidências? Suspeitas? Sim, elas existem. A mais intrigante delas é a Capela Rosslyn em Edimburgo na Escócia.
A capela tornou-se extremamente popular após aparecer no romance O código Da Vinci e no filme de mesmo nome. Apesar de ser uma obra de ficção, o autor Dan Brown utilizou de evidências históricas para confeccioná-la o que apenas aumentou as especulações sobre essa misteriosa capela.
Como vimos, 400 anos separam a criação da Grande Loja de Londres e o fim dos Cavaleiros Templários. Exatamente nesse intervalo encontra-se a Capela Rosslyn. Suas fundações remontam ao século XV, em 1446. Em seu interior encontram-se fortes evidências de uma possível ligação entre os Templários e a Maçonaria. Ela foi um projeto de Willian Saint Clair, um nobre do século XV e patrono da associação local de pedreiros.
Como sabemos, os cavaleiros templários faziam parte da Ordem do Templo, ordem cristã de cavalaria fundada em 1118 para proteger os peregrinos que viajavam até a Terra Santa. Durante sua atuação em toda Europa e Ásia Menor construíram muitas Igrejas, frequentemente em forma circular, similar a Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém. Um dos exemplos desta arquitetura é a Igreja Templária em Londres. Como podemos ver abaixo, um dos símbolos dos “pobres cavaleiros de Cristo” era a representação de dois cavaleiros sobre uma só montaria. Este símbolo ressalta o sentimento de irmandade e humildade da Ordem. Abaixo à esquerda encontra-se a estátua da Igreja Templária em Londres; à direita encontra-se a estátua que ornamenta a capela Rosslyn.
Outros indícios nos levam a crer na corelação entre a capela Rosslyn, a Maçonaria e os Templários. A estrutura do prédio da capela é idêntica ao templo judeu de Herodes, que substituiu o famigerado templo de Salomão. Como sabemos, o templo de Salomão é palco de uma lenda central para os maçons: a morte de Hiram Abiff, o construtor assassinado por aprendizes invejosos. Repleta de entalhes e esculturas, a capela Rosslyn possui em uma de suas colunas um mito correspondente à lenda maçônica: o pilar do aprendiz.
No entanto, talvez a mais intrigante escultura seja a que vemos ao lado. Nela, teoricamente, podemos ver um candidato sendo iniciado. Há uma corda em torno do pescoço do candidato e uma venda que lhe oculta os olhos. Quem o segura, logo atrás, aparece com uma cruz templária no peito. As confluências entre esta imagem e o ritual moderno de iniciação da Maçonaria especulativa são, no mínimo, intrigantes.
Esse enigma construído em pedra parece tornar-se ainda mais nebuloso à medida que nos debruçamos sobre ele. Ela sugere através de suas imagens e alegorias que os Templários tiveram relação com sua construção 150 anos após terem sido extintos. Ao mesmo tempo, alimentam a ideia de que a Maçonaria fez representar ali seus símbolos e sua suposta ligação com os Pobres Cavaleiros de Cristo, 250 anos antes de sua fundação formal.
Não podemos afirmar que nenhum templário sobrevivente ao massacre promovido por Felipe, o Belo e o Papa Clemente II tenha mais tarde ingressado nas antigas ordens de construtores da Maçonaria operativa e influenciado sua ritualística. No fundo há uma transição essencial que assenta no fato de que a Maçonaria especulativa tenha herdado as vivências das sociedades anteriores então organizadas na Maçonaria operativa; essa transição foi necessariamente longa, progressiva, não deliberada, diversificada e por sucessivas incorporações de conhecimento, de saber e de práticas.
De acordo com o historiador Burman “Em Portugal, muitos ex-Templários haviam tido permissão para entrar para a nova ordem de Jesus Cristo, que recebeu propriedades deles naquele país, e manter sua posição anterior.” Além disso, o autor afirma que nas demais partes da Europa “muitos continuaram a viver e trabalhar em suas propriedades rurais, exatamente como faziam antes.” (p. 219)
É minha convicção como historiador que as organizações maçônicas que aparecem formalmente no século XVIII se encontram entre o conjunto de instituições que herdaram o conhecimento, as práticas, os rituais e símbolos templários no que se refere à sua ala oculta. Igual sorte e benefício tiveram muitas outras organizações, ora centradas na investigação científica e alquímica, ora no aprofundamento do espiritualismo, do hermetismo ou dos rituais antigos. Porém, dizer que a Capela Rosslyn é uma prova incontestável da ligação entre Cavaleiros Templários e Maçonaria não é possível. Essa dúvida permanecerá como a própria Escócia, envolvida em brumas e mistérios.
 Ir.’. Igor Guedes de Carvalho, Bacharel em História pela Universidade Federal de Ouro Preto e Companheiro Maçom da Loja Vigilantes da Colina Nº 68, Jurisdicionada à Grande Loja de Minas Gerais.

A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DA MAÇONARIA


Para se falar na Origem Documentada da Maçonaria, foi preciso fazer esse giro pelos arraiais da Maçonaria Mística.
E depois demonstrar que até o ano 1000, o que servia de proteção, como Casa e Lar do homem – era a Madeira. E que a profissão que predominava e sobressaia, era a de Carpinteiro e Marceneiro. Tanto era verdade, que as primitivas Organizações – as Guildas – eram compostas de homens que praticavam essas duas Antigas Profissões.
Com o advento das Construções de Pedras e Alvenarias, começa a florescer e destacar-se outra profissão – a dos Canteiros, Entalhadores. Isso começou a acontecer a partir do século XII. Grandes quantidades de guerreiros seguiram na Primeira Cruzada rumo à Cidade Santa de Jerusalém, que estavam nas mãos dos Sarracenos, dos Infiéis. Nas Estradas precárias da Europa, grupos de Salteadores e Bandoleiros cresciam em número e em audácia. As Propriedades do começo do 1º século do 2º milênio, eram atacadas por hordas de famintos e estrangeiros. Daí a necessidade de se erguerem muralhas, fortalezas para proteger os Burgos e seus proprietários, famílias e servos.
O Cristianismo estava em pleno progresso. Povos e mais povos eram catequizados pelos Soldados de Cristo – isto é, Bispo de grandes capacidades de catequeses. E a Igreja ao receber Reis e a Nobreza, em suas fileiras, passou a contar, também, com uma ajuda financeira muito grande de seus novos Fiéis. E com dinheiro se faz muitas coisas. Então aqueles feios amontoados de madeira sujeito ao fogo e aos raios e outros fenômenos da natureza, começavam a dar lugar às Grandes Catedrais de Pedras. Entre os anos de 1100 e 1300,  milhares de Igrejas, Catedrais, Mosteiros, conventos, etc, foram erguidos na Europa.  E para dar conta de tanto Trabalho, uma leva de homens foi se especializando na arte de Construir. Uma Arte Antiga, mas pouco divulgada. E essa leva de Profissionais de Pedra, precisava se organizar. Precisavam de um Estatuto. Precisavam de um espaço só seu. Foi então que Doze Freemasons (Pedreiro especializados em trabalhar na Pedra Franca), liderados por Henry Yevele, é bom guardar bem esse nome – Henry Yevele, nasceu em 1320 e morreu no ano de 1400 – foram até à Prefeitura de Londres, levando um esboço de um Estatuto do Trabalhador da Pedra e, numa audiência com o Alderman (Prefeito) e os Edis, apresentaram seu esboço de Estatuto, onde previa, além da Obediência às autoridades locais, também previa uma fidelidade (quase canina), ao Rei e à Religião Vigente, e, ainda, um pedido para que suas reuniões fossem fechadas, sem a presença de pessoas que não estivessem ligadas a ela.
Esses 12 homens saíram daqui, do local onde está Igreja, Antiga Guilda – desta Guildhall, no dia 2 de fevereiro de 1356. É bom repetir – dois de fevereiro de 1356.
Aqui está o Berço, o Dia, o Mês e o Ano do Nascimento da Maçonaria Documentada. Enquanto não apresentarem outro Documento, confiável, mais antigo. Este Documento que se encontra ainda hoje, na Biblioteca da Prefeitura de Londres, levará a glória e terá o privilégio de ser o Documento Maçônico mais Antigo.
Mas para que não surja ou permaneça nenhuma dúvida, segundo o pesquisador da Quatuor Coronati, o Irmão G. H. T. French:
“O Primeiro Código ou Regulamento dos Maçons da Inglaterra, é datada de 2 de fevereiro de 1356, quando, como resultado da disputa entre Carvoeiros e Maçons, Pintores, Doze Mestres de uma Obra, representando aquele ramo da Arte de Construir, foram até ao Prefeito e Edis de Londres, na sede da Prefeitura e eles obtiveram uma Autorização Oficial, para que fizessem um Código e um Regulamento Interno, para a Instalação de uma Sociedade e, acabar, de vez, com a disputa e, também, para que de uma forma geral, ajudasse nos Trabalhos. O Preâmbulo do Código, confirma que aqueles homens, foram lá, realmente juntos; porque o seu Ofício, até então, não havia sido regulamentado, de nenhuma forma pelo Governo do Povo, como já acontecia com outras Profissões.”
Essa Sociedade dos Maçons (The Fellowship of Masons), durou, ou prevaleceu sozinha durante 20 anos – até 1376, quando foi fundada a Companhia dos Maçons de Londres.
Incidentemente, a primeira Regra desse Regulamento, regido naquela ocasião, como objetivo, da “Delimitação em Disputa”, quando estabelecida “que, muitos homens da profissão, podiam trabalhar em qualquer serviço relacionado com a sua profissão, desde que ele fosse perfeitamente hábil e conhecesse muito bem a profissão.”
Daí por diante, eles passaram a trabalhar segundo esse Código. E muitos outros foram surgindo, formando o que chamamos de Old Charges, ou Constituições Góticas.

Fonte: www.revistauniversomaconico.com.br

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

OS CARGOS NA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA


Uma Oficina tem como um de seus pontos primordiais para um funcionamento justo e perfeito a troca de vibrações harmônicas entre os OObr.’.. Por isso quanto mais conhece a administração de uma Loja, mais competente torna-se o Maçom para exercer cada um de seus cargos. É essencial, assim, que o Maçom tenha pleno conhecimento dos cargos ocupados em Loja, bem como conheça as atribuições de cada um de seus ocupantes.
O número e a denominação dos cargos variam de Rito para Rito, sendo alguns cargos, no entanto, integrantes de todos Ritos. Dentre os Ritos adotados em nosso País, daremos mais ênfase neste trabalho ao RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO, adotado por esta Augusta e Respeitável Loja Simbólica. Esse Rito organiza seus cargos desta forma:
Ven.’.M.’., 1º Vig.’., 2º Vig.’., Orad.’., Secret.’., Tesour.’., Chanc.’., Hospit.’., M.’.de CCerim.’., 1º Diac.’., 2º Diac.’., 1º Exp.’., 2º Exp.’., Porta-Band.’., Porta-Estand.’., Porta-Esp.’., Cobr.’.Int.’., Cobr.’.Ext.’., M.’.de Banq.’., M.’.de Harm.’.M.’.Bibliotecário e M.’.Arq.’.
Vale deixar bem claro que, tanto a definição de cargos, como a localização física dos ocupantes em Loja ainda hoje são motivo de divergência entre os estudiosos. Adotamos aqui o entendimento dos especialistas Francisco de Assis Carvalho, Walter Pacheco Junior e José Castellani. Essa visão pode ser diferente daquela de outros Maçons.
Todos sabemos que os cargos em Loja são enormemente carregados de simbolismo. É aliás próprio da essência maçônica tal simbolismo. Temos a mais firme convicção disso. Entretanto, neste modesto e despretensioso trabalho, procuramos agrupar os cargos em Loja em função da condução administrativa de uma Oficina. Nunca é demais enfatizar que, mesmo com esse enfoque burocrático- -administrativo, não podemos nem devemos esquecer o sentido esotérico que cada Dignidade e Oficial devem imprimir a sua função. Afinal, somos uma Loja, e não uma repartição pública.
Fique bem claro que não é pretensão nossa dissecar de forma definitiva os atributos de cada cargo e todas as inúmeras obrigações das dignidades e Oficiais de Loja. Existe uma extensa literatura, de competentes autores, nacionais e estrangeiros, tratando desse assunto. A nossa ideia é definir parâmetros que permitam montar uma estrutura na qual os processos administrativos possua fluir sem solução de continuidade.
Pode-se visualisar essa estrutura como um conjunto de células de ação agrupadas em torno de um eixo coordenador central. Note-se que, nas células definidas a seguir, um ocupante de determinado cargo pode atuar em mais de uma área. Essa flexibilidade é particularmente bem-vinda em Lojas cujo pequeno Quadro de OObr.’. não permite que todos os cargos sejam efetivamente ocupados. Uma estrutura a adotar seria a seguinte:

COORDENAÇÃO GERAL

É muito comum considerar-se que a administração de uma Loja cabe inteiramente a seu Venerável. Data vênia, não concordamos com essa premissa. Entendemos a Loja como um corpo com diversos órgãos que, embora tenham funcionamento distinto, interagem uns com os outros, todos sob o controle do cérebro – o Ven.’.M.’. – que tudo coordena. Ou seja, indiscutivelmente, o Ven.’.M.’.deve imprimir sua marca pessoal em todas as áreas, mas jamais procurar tolher ou inibir os ocupantes dos cargos.

ATUANTES

Ven.’.M.’.
1º Vig.’.
2º Vig.’.

Venerável Mestre

Uma Oficina é reconhecida pela atuação de seu Venerável e ele deve obter de forma espontânea o reconhecimento de seus pares, realizando-se, assim, todas as Reuniões em comunhão fraternal. Não é a rigidez na condução da Loja que a faz crescer, mas sim uma perfeita distribuição de atividades, sempre supervisionadas pelo Ven.’.M.’..
Dessa forma, sendo atividades como as de Controle, Orientação, Coordenação e Planejamento, inerentes ao cargo do Venerável, deve essa dignidade exercer esse munus definindo atividades para todos os Oobr.’., seja designando-os para Comissões, seja solicitando-lhes trabalhos maçônicos. Um Ven.’.M.’. não deve permitir o ócio entre seus Oobr.’.. pugnando para que todos sem exceção, do Ap.’.M.’. ao M.’. M.’., enfronhem-se nas atividades da Oficina.

Primeiro e Segundo Vigilantes

Sendo os substitutos do Ven.’.M.’., devem os VVig.’.estar sempre a par do modelo administrativo posto em prática pelo Venerável de sua Loja, para que nos impedimentos desse, aqueles possam dar seguimento, sem rupturas, à administração da Loja, consoante o estilo que vinha sendo adotado. Os VVig.’.devem dividir com o Venerável a tarefa de Instrução e cobrança de trabalhos dos OObr.’.da Loja.

SETOR ADMINISTATIVO

ATUANTES

Sec.’.
Orad.’.
Chanc.’.
Arquit.’.

O Sec.’. atua na escrituração e conservação dos Livros e Arquivos da Loja, assim como coordena o fluxo de correspondência e expedição de certidões Ao Orad.’.cabe receber do Irm.’.Sec.’. Decretos e Leis expedidos pelos Grãos-Mestrados, para serem lidos em Loja; fiscalizar a leitura da cédula de eleição, conferir a coleta do Tronc.’.de Benef.
O Irm.’.Chanc.’.Guarda Fiel do Timbre e do Selo da Loja tem a seu cargo Manutenção do Livro de Frequência.
É bom lembrar que os Livros de Frequência devem ser dois, um para OObr.’. do Quadro da Loja, e outro para registro dos visitantes; emissão de Certificados de Presenças de Visitantes; elaboração de Mapa Mensal de Freqüência para definição daqueles IIr.’. que podem exercer o direito de voto nas eleições; mantêm sob sua vigilância os Livros Amarelo e Negro.
O primeiro onde são lançados os nomes daqueles profanos que tiveram seu ingresso na Ordem recusado, por motivos transitórios, e o segundo onde anotam-se os nomes dos profanos que foram recusados por motivos de ordem moral ou algum outro mote insanável.
O Arq.’. controla o material de expediente; em Livro de Carga inventário das alfaias, móveis e utensílios do T.’.zelando por sua conservação.

SETOR FINANCEIRO

Todo o trânsito de metais na Loja é controlado pelos Oficiais dessa célula.

ATUANTES

Tes.’.
Hospit.’.

Ao Tes.’.cabe elaborar balanços e balancetes, arrecadar as taxas devidas pelos OObr.’. pagar despesas, desde que autorizadas pelo Venerável. O Ir.’.Hospit.’. vela para que os metais arrecadados pelo Tronc.’.de Benef.’. sejam utilizados de acordo com as normas maçônicas.

SETOR SOCIAL

A área Social tem ingerência tanto sobre as relações internas da Loja – frequência, participação, evolução maçônica dos OObr.’.- como as relações externas da Loja, suas coirmãs, e com a comunidade onde se insere.

ATUANTES

Chanc.’.
Hospit.’.
M.’.de Banq.’.

O Ir.’.Chanc.’.mantém o fichário de OObr.’. contendo datas as mais gratas aos IIr.’. inclusive de seus parentes mais chegados; programa visitas a Lojas coirmãs e de outras Obediências; incentiva o congraçamento feminino, promovendo a união de mães, esposas, filhas, etc. dos IIr.’.do quadro; atualiza o Quadro de IIr.’. da Loja para repassar a cada Sessão, ao Ir.’. Hosp.’. os nomes dos IIr.’. faltosos.
O Irm.’. Hospit.’. deverá ser um Ir.’. que goze da simpatia de todos os outros OObr.’.. Isso porque o trabalho do Hospit.’.dentro do T.’. é relativamente fácil, pois ali cabe-lhe fazer girar o Tronc.’. de Benf.’.. A sua missão, fora do T.’., é muito preciosa , pois deve agir como se fosse um parente chegado de cada Obr.’. visitando periodicamente lares e tomando conhecimento de seus problemas, de saúde, conjugais ou financeiros.
Ao Hospit.’. cabe levar ao Ven.’.M.’. os problemas dos demais IIr.’. para que juntos possam definir uma solução.
Em caso de falecimento de um Ir.’. do Quadro cabe ao Hospit.’. comunicar o desenlace a todas as outras Lojas de seu Oriente, assinando as PPranc.’. com o Ven.’. M.’. e o Ir.’. Sec.’. com o Irm.’. Tes.’. cabe-lhe velar para que os metais arrecadados pelo Tronc.’. de Benef.’. sejam utilizados de acordo com as normas maçônicas.
O Ir.’.M.’. de Banq.’. tem a seu cargo a logística da preparação de Banquetes e Festas, ritualísticas ou não.

SETOR CULTURAL

Cultura maçônica não é passatempo nem exibicionismo. É obrigação!
É comum que livros, revistas, jornais, boletins, discos, fitas, e outras peças que possam trazer mais conhecimento maçônico, passem à guarda pessoal do Venerável da Loja ou de seu Secretário. Isso é intolerável porque todo esse material é destinado à Loja e não a um de seus Membros.

ATUANTES

Orad.’., M.’. de Harm.’. , Bibliotec.’.
 Orad.’.: manutenção de fichário atualizado de palestrantes de outras Lojas.
M.’. de Harm.’. mantém o controle, por meio de Livro de Carga, de discos, fitas e aparelhos reprodutores destinados a abrilhantar as Sessões e Banquetes.
Bibliotec.’. Guarda acervo literário da Loja. Na falta de Bibliotec.’. o acervo literário da Loja deve ser controlado pelo Irm.’. Orad.’. e posto à disposição dos OObr.’. da Loja.

SETOR LITÚRGICO

Os cargos agrupados nesse setor são de primordial importância para a Loja e já foram gastos rios de tinta em livros tratando deles. Como estamos tratando de estrutura administrativa a abordagem desses cargos será “en passant”, nunca, no entanto, olvidando-se o seu imenso valor e fenomenal conteúdo maçônico.

ATUANTES

Orad.’., M.’. Cer.’., DDiac.’., EExp.’., CCob.’.
O Ir.’. Orad.’. é o Guarda da Lei e como tal obra por cumprir e fazer cumprir os deveres maçônicos. Quanto ao M.’. Cer.’. para ilustrar sua importância, basta transcrevermos o Ir.’. Castellani: “Nota-se … que o M.’.Cer.’. é um Oficial importantíssimo, devendo ser um perfeito conhecedor da Ritualística. Ele é tão importante que tem o direito de, estando Entre Colunas, pedir a Palavra diretamente ao Ven.’.M.’. através de uma simples pancada com as palmas das mãos.”
Há ainda os DDiac.’., que transmitem as ordens em Loja, o 1º Diac.’. levando a palavra do Ven.’.M.’. ao 1º Vig.’. e o 2º Diac.’., do 1º Vig.’. ao 2º Vig.’. às CCl.’. Os Ir.’. responsáveis pelo acompanhamento dos iniciados em suas viagens templárias.
Embora seja do conhecimento de poucos, é o Ir.’.1º Exp.’. que arbitra os conflitos maçônicos entre o Ven.’.M.’. e seus VVig.’.. A célula abriga também os CCob.’. , nossos guardiões do T.’., interna e externamente de espada em punho guardando nosso Sagrado Local, de impertinentes e curiosos.
As ações litúrgicas especiais pedem também presença dos Porta-Estandartes e Porta-Bandeiras. Já o Porta-Espada exerce seus deveres nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação. É bom lembrar que o cargo de Porta-Espada não existe nos Ritos Brasileiros, Francês (ou Moderno), de York e Schroeder. É utilizado nos Ritos, Escocês Antigo e Aceito, e Adonhiramita.
E, assim findamos nossa exposição de uma estrutura administrativa em Loja. Para que não pairem dúvidas confessamos nossa mais absoluta fé na ortodoxia dos cânones maçônicos. Esse trabalho sugere tão somente que há reais possibilidades de se aliar ao formalismo dos regulamentos e rituais, a flexibilidade de técnicas modernas de administração.
Tudo para promover o crescimento intelectual, aperfeiçoar o perfil moral e promover o insumo social na Augusta e Respeitável Loja a que pertencemos.
Enviado pelo Ir.’. Moisés Ramos Pimentel M.’.M.’.
ARLS Vigilância e Justiça 2132 • GOB/CE • Fortaleza • CE
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O PODER DO VERBO


O Verbo é criador. O G.’.A.’.D.’.U.’. criou o universo e os seres vivos por meio da vibração. Por isso que se diz que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era o próprio Deus”
Se o Verbo é a origem, a consequência é a existência humana e sendo assim fica caracterizado que o verbo possui poder e reside em cada ser humano.
Deus, quando no processo de criação do universo, usou o poder do Verbo (vibração) para materializar a sua vontade. Dessa forma, os homens também podem usar o poder que emana do chakra da garganta (que é o chakra do poder e da manifestação), para contatar as esferas superiores.
O poder mágico do verbo ou palavra está presente principalmente naquilo que emitimos no dia a dia.
O poder da palavra falada é mágico, transformador e trasmutador de nossas vidas. Pelo fruto se reconhece a árvore. É pelo modo que se usa a palavra no dia a dia que se reconhece um maçom.
No antigo Egito, não se falava aleatoriamente sobre catástrofes e doenças. Especialmente em templos sagrados, que são verdadeiros geradores e canalizadores de energias poderosíssimas.
Para os Hierofantes Egípcios, falar não é somente pronunciar ideias. Verbalizar é irradiar toda a energia que temos potencializada em nosso interior. Por isso diziam que quando alguém verbaliza lembranças de desgraças, elas voltam poderosamente a quem as proferiu.
Isso ocorre por meio do verbo concentrado que mais cedo ou mais tarde gera reação (Lei da ação e reação) naquele que a direcionou.
No plano físico, sabemos que temos em nosso interior os mesmos elementos que existem na natureza (ar, fogo, água e terra). Quando pronunciamos uma palavra, uma frase, uma oração ou uma maldição, pelo principio da vibração fazemos vibrar primeiro em nosso interior um desses quatro elementos para em alguns milésimos de segundos após exteriorizar essa palavra.
O M.’.M.’. Jorge Adoum afirma em seu livro, Do Mestre Eleito dos 9 “O homem fala como age, age como pensa e pensa como sente”.
Portanto, tudo o que falamos tem em sua essência um pouco do poder de nossa mente e de nossas emoções.
Podemos afirmar que uma única palavra pode salvar um país, uma única palavra pode destruir uma nação.

Por isso o mestre BUDA sempre falava a seus seguidores cuidarem das palavras. Ele dizia; “É extremamente fácil dizer a coisa errada. E extremamente difícil concertar o que falou, não é mesmo?”
As quatro transgressões da boca:
  • A Mentira
  • A Duplicidade
  • As Palavras ásperas
  • As Palavras vãs
mentira é extremamente repreensível porque além de não condizer com os preceitos da Ordem é uma arma que contribui para a o fortalecimento da ilusão. Em que as pessoas que se prendem a mentiras ficam vivendo em um mundo fora do real um mundo de ilusões que não lhes deixa ver a verdadeira verdade.
O ensinamento iniciatico visa despertar a consciência e o aperfeiçoamento do iniciado por isso devemos repudiar a mentira.
duplicidade é dizer uma coisa a uma pessoa e outra a outra pessoa. Falar algo, pensar outra coisa totalmente diferente. Com a duplicidade enganamos e prejudicamos emocionalmente a outra pessoa e a nos mesmos. As energias negativas da adulação e do embuste geram deformações na moral de quem as profere. Quem sorri e elogia e pelas costas pensa e fala o contrário, incorre em um erro grave para própria consciência. Seja verdadeiro no falar, sem ser áspero.
As palavras ásperas não são somente palavras vulgares e de baixo calão, mas principalmente aquelas que magoam alguém. Se nos auto-observarmos, poderemos conter esses tipos de palavras que às vezes inconscientemente jogamos ao vento.
Um texto tântrico afirma:
As pessoas nascem com um machado dentro da boca e com ele se cortam a proferir palavras ásperas. O resultado desse comportamento volta-se contra elas e assim, lhes é impossível conhecer a felicidade.
As palavras vãs podem ser palavras verdadeiras proferidas no momento errado. Palavras verdadeiras que causam sofrimento a outrem. Palavras verdadeiras sem começo nem fim, palavras verdadeiras que são desorganizadas ou apresentadas de forma insensata.
Podemos estudar o verbo sob a visão social, psicológica, mágica, moral ou espiritual.
Quando usamos a régua durante as 24 horas do dia e temos controle sobre as palavras que saem de nossa boca, sabemos nos controlar verbalmente, conhecemos, direcionamos e aplicamos a energia da palavra e não somente seus fonemas, nos tornaremos pedras polidas prontas para erguermos templos a virtude e masmorras ao vício.
“Palavras bem ditas tornam-se benditas, e, mal ditas tornam-se malditas”!
 Ir.’. Rudi Petri Gautério de Antoni – A.’.M.’. • A.’.R.’.L.’.S.’. Guardiões do Templo Nº225 • Rito Schröder
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