domingo, 27 de janeiro de 2013

A VAIDADE


A Vaidade, do latim “vanitate” é definida como qualidade do que é vão, instável ou de pouca duração, (presunção ridícula, ostentação, vanglória egocentrismo e futilidade) encerra em muitas ocasiões, situações gravíssimas no comportamento do ser humano, com conseqüências desastrosas.

A vaidade é a cultuação do ego, é o comportamento que nos mantém voltados para nós mesmos, e nos leva à pratica instável da presunção ridícula e malformada de nós, ostentação de coisas, vanglória de comportamento e futilidade.

Dessas qualidades a vanglória é a mais séria e perniciosa pois torna o indivíduo presunçoso, arrogante e frívolo.

A presunção malformada traz consigo situações embaraçosas, notadamente em grupos de uma comunidade espírita, pois é de se desejar que em todo grupo exista a fraternidade, a tolerância e a caridade. É presumível que nessas células da comunidade espírita a verdade deva prevalecer sempre. Os detentores do comando ou diretores, quando investidos do poder de gerência se julgam superiores aos demais, subjugando-os e fazendo com que todos sejam dependentes da sua vaidosa vontade, sempre ocultando e dissimulando a verdade, pois eles, possuídos pela presunção, constroem, sempre, uma versão adequada à sua arrogância.

Os tarefeiros, por sua vez, por sua própria característica simples e tolerante, ou até mesmo por caridade - pois compreendem a fraqueza do companheiro - se submetem aos seus caprichos, obedecendo regras absurdas que só servem para enaltecer o seu ego. Quando isso não acontece, levantam-se suspeitas da seriedade do grupo, causando a evasão daqueles que não concordam com tal leviandade e partem à procura de melhor sentido para sua atuação.

A tão discutida vaidade feminina não tem conseqüência tão desastrosa, pois está tão somente, voltada para a estética. Já a masculina quando não se limita às futilidades, torna-se preocupante, pois resulta, muitas vezes, em disputas desnecessárias, gerando graves problemas de ordem interna principalmente quando essa vaidade inclui o fator poder. O poder acompanha o ser humano desde que ele existe. Quase eterna, também, é a tentação de apropriar-se dele e usa-lo em benefício próprio. A disputa pelo poder tem desvirtuado a atuação do espírita o qual está sempre na expectativa de disputar a direção de uma casa ou no mínimo, a de um Departamento, onde lhe seja possível exercitar a sua vaidade. Enquanto este devia galgar os degraus do conhecimento da doutrina, procura subir cada vez mais na escala do mando.

As Casas Espíritas, como instituições respeitáveis que são necessitam contar com a renúncia das vaidades de seus membros para o bem comum. Mas não é, somente, o que presenciamos.

Vemos com freqüência companheiros que se fazem de desentendidos, querendo manter a ferro e fogo o seu circulo de poder.

A sede do poder apesar de ser natural no ser humano, não deve ser praticado pelo o espírita, pois o futuro de uma instituição depende do grau de entendimento dos seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças. Por isso, cabe a cada um de seus obreiros renunciar às vaidades e presunções infundadas para o bem comum. Vivermos em igualdade, sem qualquer grau de subordinação, é muito difícil, porem, nesse caso torna-se necessário.

É obrigação respeitar a todos como irmãos e companheiros de trabalho, não importando sua condição intelectual e financeira. Lembremos que o Mestre Jesus nos ensinou que “Ninguém é dono de nada, apenas o seu guardião”. Lembremos, portanto, que o nivelamento pelo valor monetário disponível por cada um, não serve para a caracterização do reconhecimento e vinculação à autoridade.

Nossa dedicação à causa Espírita Cristã deve crescer sempre em nosso próprio benefício e de nosso semelhante e não transformar-se em um poço de egoísmo e vaidade. Orgulhar-se de ser um Espírita e estar trabalhando para a causa de Jesus é, sem dúvida, um estímulo proveitoso, mas tornar-se um Espírita vaidoso e preso à causa do poder, certamente não trará nenhum benefício à ela, muito pelo contrário, será prejudicial e deixará uma impressão muito negativa aos olhos dos freqüentadores.

Portanto, dento das Casas Espíritas, não há espaço para a vaidade pessoal. Devemos sim preserva-las e mantê-las fora dessas situações tão comprometedoras que só contribuem para denegrir a sua imagem. Não temos o direito de atentar contra seus princípios básicos: a fé, a esperança e a caridade.

IrNêodo Ambrosio de Castro
A\ R\ LSBenso di Cavour nº 028
Or\ Juiz de Fora - MG
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