Vamos aqui hoje fazer algumas divagações
acerca da Magia de ser Maçom!
Como
em um ninho de pássaros cheio de ovos prontos para se quebrarem e deles
surgirem inúmeros e assustados filhotes, assim podemos fazer uma comparação
ainda que grotesca com o surgimento de mais um ou vários maçons.
Muitos
deles estão enclausurados em seus afazeres diários, com as suas atividades
terrenas, prontos para serem chamados a deixarem os seus ninhos para conhecer
os mistérios de uma Instituição milenar que muitos chamam de Arte Real.
Ali,
como nos ninhos, estão sendo chocados em todo o mundo, milhares de novos maçons
ainda implumes à espera da vestimenta que os farão resplandecer com toda a
plenitude espargindo luzes para si e para aqueles que com eles certamente
conviverão.
O alvorecer
maçônico se dá diuturnamente em todo o Universo quando várias gaiolas vão sendo
abertas paulatinamente para deixar livres aqueles que já são considerados por
muitos outros como livres e de bons costumes.
Quando
iniciam são considerados Aprendizes, pequenos pintainhos em busca de proteção e
direcionamento por parte daqueles que estarão sempre á disposição para fazê-los
trilharem o caminho do bem.
Mais
à frente, agora como Companheiros, já um pouco mais desenvolvidos, vestirão a
roupagem de um franguinho já bastante curioso para penetrar sorrateiramente nos
conhecimentos dos Grandes Mistérios.
Durante
algum tempo fica se alimentando para tornar-se num futuro não muito longínquo
um galo com a crista bem avermelhada e com esporas afiadas para enfrentar as
vicissitudes que a vida, sem qualquer dúvida, reserva para todos nós, para
alguns mais cedo, para outros um pouco mais tarde e para uma grande maioria já
no final de suas experiências terrenas.
O
galo, como é do conhecimento de todos os maçons, representa a vigilância,
aquele que ainda na aurora do dia, com o seu canto estridente, acorda homens e
mulheres para o trabalho, crianças para se prepararem para ir para as escolas
para o aprendizado tão importante e imprescindível para todos os seres humanos.
O
galo significa que um maçom deve estar sempre vigilante contra os inimigos da
Ordem. O galo é relacionado ao Orador, que é o Guardião da Lei, responsável por
vigiar se a lei maçônica está sempre sendo observada.
No
simbolismo dos três princípios herméticos, o Galo representa Mercúrio,
princípio da Inteligência e da sabedoria. Esta ave é, também, símbolo da
pureza.
O
Galo é o gerador da esperança, o anunciador da Ressurreição, pois o seu canto
marca à hora sagrada do alvorecer, ou seja, o triunfo da Luz sobre as Trevas. A
sua presença na Câmara das Reflexões simboliza o alvorecer de uma nova
existência, visto que o recipiendário vai morrer para a vida profana e renascer
para a vida maçônica, sendo ele o signo exotérico da Luz que o recipiendário
vai receber.
Em
seu último simbolismo, o galo alude ao despertar das forças adormecidas que a
iniciação pretende realizar, simbolizando também esotericamente, a "Força
Moral", indestrutível, guiando os passos do maçom dentro e fora do Templo.
A difícil tarefa de desbastar a pedra bruta que só se pode alcançar com algum
êxito, quando realizada com a mais firme perseverança e vigilância constante.
Na
vida maçônica, esta alegoria tem como figura central o Mestre Maçom, aquele
responsável pela indicação, pela iniciação e pelo constante acompanhamento da
evolução daquele pintainho que um dia, no momento certo, fez a casca do ovo se
romper para dele sair para enfrentar as agruras e as alegrias do cotidiano da
vida.
Ele
será o responsável pelo aprimoramento, pelo entusiasmo e pela dedicação daquele
que um dia teve a felicidade de ser tão carinhosa e respeitosamente acolhido em
um Templo de sabedoria, de tolerância e de fraternidade na verdadeira acepção
da palavra.
De
bom alvitre lembrar que o alvorecer maçônico acontece todos os dias, pois o
verdadeiro apologista do aprofundamento consciente sabe que ele nunca atingirá
o seu final. Estará sim, sempre se renovando e se aperfeiçoando como a medicina
do corpo no seu mister de ser a responsável pelo nascimento de seres saudáveis,
aptos a enfrentarem as agruras constantes do cotidiano.
Que
a maçonaria nunca tenha o seu anoitecer e sempre se mantenha altaneira e
vibrante em cada alvorecer.
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